O cyberbullying, o happy slapping e o sexting!

No Brasil e em diversos países convencionou-se que o termo cyberbullying será usado somente na relação entre pares, o que fez perceber a diferença entre a referida prática e os crimes cibernéticos.

Por exemplo: não há cyberbullying entre aluno e professor. Caso um professor venha a sofrer agressões nas redes sociais por parte de um aluno ou por um grupo de alunos, o fato será considerado um crime contra a honra, passível de indenização por danos morais, caracterizando-se um crime cibernético e não cyberbullying, uma vez que não ocorreu entre pares.

Ramificações do cyberbullying!

Como ramificações ou tipos de cyberbullying existem o happy slapping, nascido em Londres e que é uma combinação do bullying (agressão física) com o bullying digital (agressão virtual), podendo ser traduzido como “bofetada divertida” ou “bofetada feliz”.

Neste, a vítima sofre diversos tipos de agressões, muitas vezes é segurada à força, imobilizada, retida ou agredida fisicamente por co-autores ou auxiliares enquanto o autor faz as filmagens ou fotografias, registrando tais atos para depois disponibilizá-los nas redes sociais.

Há ainda o sexting, também de origem inglesa, surgida da contração de “sex” (sexo) e “texting” (textos) e que consiste em difundir ou publicar conteúdos eróticos, principalmente fotos e vídeos, via mídias eletrônicas.

O autor invade a privacidade da vítima e rouba fotos íntimas de seus arquivos pessoais ou, muitas vezes, chega a manipular aquelas já conhecidas para divulgá-las na internet.

O sexting geralmente acontece após o fim de uma relação amorosa: uma das partes, sentindo-se ofendida, desprezada ou mesmo com raiva e por não aceitar o fim do relacionamento, divulga via redes sociais, fotos íntimas do casal na tentativa de se “vingar” da outra parte.

Ainda que inúmeros estudos tenham trabalhado a forma, a extensão e o impacto do cyberbullying na vida de vários adolescentes, nos últimos anos ou recentemente, faz-se importante lembrar que tais conclusões irão ajudar a entender somente parte desse quebra-cabeça.

Tudo isto porque é necessário observar a vivência dos adolescentes, o conjunto de influências que levam a tal “arte” e as reações que podem desencadear ou servir de modelos para novas reações, num curto espaço de tempo.

Sônia Maria dos Santos Araújo - Ms. em Educação

O respeitar faz bem!