AS DROGAS E A RELIGIÃO

Vivemos num mundo onde a religiosidade anda abalada por diferentes fatores além do materialismo ateu. O imediatismo e a competição acirrada também são exemplos que afastam as pessoas desse sentimento que é inerente ao psiquismo humano, sufocado pela busca do terra a terra. Nessa corrida cotidiana, mesmo quem professa uma religião esquece-se muitas vezes dos valores morais e principalmente, do repasse desses valores às novas gerações.

Mesmo assim, as práticas religiosas, quando equilibradas e norteadas pelo exercício da caridade em seus diversos matizes, são de extrema importância para o desenvolvimento da juventude e sua inserção social em um ambiente sadio.

Não falo aqui acerca de determinada religião, pois, esses princípios morais permeiam todas as crenças e estão em todas as instituições religiosas legítimas. Eles agem no desenvolvimento da criança e do adolescente, moldando sua personalidade e possibilitando a esses jovens tornarem-se adultos respeitáveis, seguros de suas possibilidades intelectuais e posicionamos éticos e muito mais felizes num mundo com tantas tribulações.

A juventude é uma fase maravilhosa, mas, infelizmente muitos jovens nos dias atuais não sabem valorizar essa etapa da vida que é tão curta e se desgastam com futilidades. É certo que a fase juvenil vem cheia de arroubos e inconsequências que lhe são naturais devido à falta de maturidade, agravada muitas vezes, pelo histórico de dificuldades de cada individuo.

Entretanto, viver a cata de aventuras infantis, buscando nas más companhias e na autoafirmação violenta uma fuga para os seus medos e dúvidas ou uma coragem ilusória para continuar vivendo diante de uma realidade adversa na comunidade ou no lar, não traz benefício algum, pelo contrário, só torna ainda mais precária e sofrida a vida. Principalmente, quando o cálice da imprevidência ou da rebeldia transborda para ocorrências mais graves como a criminalidade e as drogas, tornando-se um caminho quase sem volta.

É uma armadilha que dificilmente aqueles que estão presos a ela conseguem sair sozinhos. Os exemplos estão por aí, a mancheias nos meios de comunicação. Quantos dramas, quantos filhos sofrendo a influência deletéria das drogas à vista de pais desesperados, quantas vidas ceifadas sem piedade pelo tráfico.

Desse modo, Levar a criança ou o adolescente a uma instituição religiosa é uma forma de prevenção, para que ele não seja aliciado, visto que as drogas e a criminalidade já há muito tempo, vêm se transformaram em uma epidemia tão perigosa quanto a que estamos vivendo presentemente. A indiferença diante desse perigo pode ser desastrosa, somente o cultivo de uma relação íntima com Deus trabalhando em prol do bem de si mesmo e da coletividade pode manter a juventude longe desses perigos.

Não que, mesmo estando numa instituição religiosa o jovem e principalmente os pais não tenham que ficar em alerta, pois infelizmente as drogas e as más companhias estão em todos os lugares. Sem contar aqueles que, mesmo recebendo instruções seguras para uma vivência correta se desviam, não reconhecendo o trabalho dos pais e dos companheiros de crença a seu favor. Questão de índole que a vida e o tempo podem fazer a semente da reforma íntima frutificar.

No entanto, nos ambientes religiosos existe muito mais dificuldade de aliciadores se infiltrarem e divulgarem seus produtos criminosos. A vivência de uma religiosidade equilibrada, o constante esclarecimento sobre os perigos que as drogas trazem e acima de tudo o exemplo dos pais, poderá criar “anticorpos” morais que tornarão a criança e o jovem imunes à influência de pessoas malfazejas, mantendo-as longe da criminalidade e das drogas, lícitas e ilícitas.