De pernas pro ar

Aqui no Brasil, a briga de gato e rato entre polícia e bandido está muito longe de chegar a um fim, porque o confronto aberto entre uma sociedade constituída, formada por leis regulamentares de conduta, e um bando de marginais, formados por “leis do cão”, mas que estão protegidos por direitos das leis sociais, passa a ser uma guerra perdida pelos cidadãos de bem, mesmo porque os fora da lei não têm nada a perder e encontram-se infiltrados no meio de um sem número de comunidades de famílias e de trabalhadores, que ficam à mercê do que possa acontecer de pior.

O engraçado é que a imprensa internacional tem feito críticas contundentes sobre os acontecimentos havidos neste país, atacando as instituições brasileiras, tachando-as de incompetentes para com o trato do problema da violência, mas, por que será que justamente o país que tem a pena de morte como lei, ao mesmo tempo em que lançou a campanha “tolerância zero”, é que está sempre sendo surpreendida por assassinatos gratuitos de estudantes, de forma brutal e irracional, dentro das próprias universidades? Líbano e Israel estão dando um exemplo perfeito de como se viver no Inferno; a China procura esconder do mundo a indecência da sua política escabrosa e escravocrata; o Continente Africano vive em convulsões localizadas, demonstrando o quanto a miséria e a intolerância podem ser responsáveis por atos de vandalismo; a Venezuela e a Bolívia são exemplos típicos de governantes populistas, ridículos e fanfarrões; O Irã está querendo provocar a 3ª guerra mundial; Cuba continua na mesma indigência política e social, e por aí vai o destino deste pobre planeta.

Pois é, o Brasil faz parte desse mundo maluco, logo seria querer demais que por aqui a situação fosse diferente, ainda mais que somos um país grassado pela fome; pela pobreza; pelas favelas; pelos sem-terra; pelos focos de escravidão até de crianças; pela corrupção desenfreada dos políticos, até os do mais alto escalão; pela mentalidade podre dos golpistas, dos sonegadores, dos agiotas; pela polícia e justiça venais; pelo caos na saúde pública; pelo contrabando aberto de armas, drogas e produtos piratas; em suma, vamos nos dar por muito felizes pelo fato de estarmos na posição em que estamos, embora sabendo que tudo vai piorar, e muito.

O tamanho da população carcerária deste país é mais do que preocupante, ainda mais que se encontram soltos por aí, cometendo toda a sorte de crimes, que vão desde a barbárie até os golpes do colarinho branco, uma quantidade incalculável de cidadãos, desde os “sem-nada” até chegando aos “respeitáveis” políticos do mais alto escalão. Alguns acham que a solução imediata seria a colocação da polícia na rua, prendendo todos os suspeitos de estelionato, de contrabando, de sonegação, de pedofilia, de propaganda enganosa, de latrocínio, de corrupção etc.. Agora pergunto: haveria lugar para se colocar todos esses em cárcere privado? Quem iria tomar conta dessa gente? Quem iria sustentar essa situação? E tem mais, nesse meio também encontraremos um enxame de maus policiais, juízes venais e mais outras autoridades “tranqueiras”, que seriam julgados e presos por quem?

Se entendermos que é o mundo invisível que dita os destinos dos moradores deste planeta, podemos concluir que os acontecimentos que nos atingem, a qualquer momento, sejam eles bons ou maus, demonstram em que nível espiritual nos encontramos e a quantas andam nossos débitos e créditos com o divino, nada mais do que isso. A “bala perdida” então não é o resultado do azar ou do acaso, mas sim por alguma razão bem definida e registrada nos anais do Alto e que, pelo cumprimento das Suas Leis, está provocando neste caso um processo determinante de efetivação de justiça – é simples assim.

É claro que, para aquele que está acorrentado nos parâmetros da mentalidade materialista, cuja estupidez está levando o mundo ao fim, fica difícil de acompanhar algo tão simples assim, porém alguns dos acontecimentos que acabei de mencionar me concedem o aval para afirmar, com toda segurança, que, fora da conscientização da existência da soberania das Leis Divinas, realmente nada mais há a fazer para a erradicação de todo esse quadro escabroso, daí só resta “pagar pra ver”.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 23/07/2009
Reeditado em 18/10/2011
Código do texto: T1714307