AMOR BANDIDO
 
A definição de amor bandido, não tem somente um definitivo parecer, pois tem várias maneiras de ser visto, analisado e até a exposição do que alguém acha ser, amor bandido, pode definir a opinião de outro ser humano, ou levá-lo a um labirinto de inacessível saída no tocante a dúvida.
Há a definição de quem conhece um casal, e por ser o rapaz alguém ligado ao crime de que vertente for, diz-se que o amor dedicado a ele por uma moça é um amor bandido, o contrário também é verdadeiro. E afirma-se também isso, se ambos pertencerem ao mundo oculto do crime, diz-se que se completam num amor bandido.
Um casal cujas praticas de sado-masoquismo seja habitual, e mutuamente se agridem em prol do prazer sexual, ou de uma parte ou de outra, é para muitos um amor bandido.
A lei Maria da Penha atenua muito a agressão do homem contra a mulher, mas mesmo assim muitas mulheres não denunciam seus companheiros por motivos diversos, e quando não se vêem motivos para a aceitação de uma agressão, costuma-se dizer, sem certeza, que a mulher gosta de ser agredida, daí a expressão “Vive um amor bandido”.
Há casos de que a agressão parte da mulher contra o homem, mas a definição de quem olha de fora é a mesma.
A meu ver são muitos os motivos que levam uma pessoa a amar alguém ligado a violência, seja ela qual for.
Eu diria que o amor puro e simples, é uma razão, não há como em certas ocasiões, separar a parte emocional da parte material quando se ama, pois precede em vantagem a parte emocional da parte material para o ser humano.
Então se vê absurdos relacionamentos, e um exemplo clássico é a da moça bem nascida que se envolve com bandidos traficantes e assaltantes, antecedendo este relacionamento, o flagelo atual da humanidade, as drogas.
Ou daquela que aliada a parte emocional vê no companheiro o caminho da estabilidade financeira, luxo e realização de sonhos de consumo, mesmo que pra isso, fisicamente a sua vida seja marcada por eventos chocantes e degradantes.
Mais sutil, porém não menos prejudicial para a parte emocional, é o amor dedicado a alguém que não compartilha do amor lhe dedicado, pelo sofrimento de amar sem ser amado, denominamos isto de amor bandido, que causa sofrimento.
O que venha a definir um amor bandido revestir-se-á da dramaticidade que repetirá as agressões, que tornará a dor cotidiana, parte de corações chorosos e doentiamente apaixonados.
Pessoas que vivem um amor bandido vêem cercadas suas vidas, seus sentimentos de frias sensações de que mais nada existe além daquilo que lhe causa arrepios de paixão e ao mesmo tempo um profundo sentimento de culpa, profundo, porém menos intenso que a paixão que sempre prevalecerá até que a extinção física de um dos cônjuges torne extinto também o amor.
E tudo isso pode ser de maneira natural, ou de maneira abrupta como este caso do goleiro Bruno, que está nos jornais, que neste caso envolveu sexo e drogas, e poderíamos dizer, amor bandido e falta de amor próprio e senso crítico por parte dela, e da parte dele, apenas sexo, e o que se pode deduzir do homicídio é que além do reconhecimento de paternidade, deve haver algo mais que a polícia deverá esclarecer.
Finalizando, eu jamais chamaria um amor intenso de amor bandido, a menos que de alguma forma, este cause dor a qualquer uma das partes.
O amor deve revestir da delicadeza do carinho e da ternura, mesmo que carnalmente intenso, a intenção não deve ser outra senão fazerem-se mutuamente felizes, sem hipótese alguma lançar mão da dor para a satisfação física e emocional.
 
Malgaxe
 
 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 09/07/2010
Reeditado em 09/07/2010
Código do texto: T2367607
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