O que é a Confissão de Augsburgo
É a transformação da primeira formulação teológica de Lutero denominada “Colóquio de Marburgo” – tentativa abortada de Filipe de Hanssen para reconciliar as posições de Lutero e Zwinglio.
Esta formulação foi revisada e reconhecida como Artigos de Schwabach, tornando-se a base para a Confissão de Augsburgo escrita por Melanchton.
Augsburgo foi a cidade alemão escolhida em 1530, pelo imperador Carlos V, convocador da dieta (encontro) dos grupos antagonistas que sustentavam as disputas religiosas em seu império e que haviam atingido grandes proporções e conseqüências assustadoras.
O papa, que ainda se lembrava do procedimento dos Conselhos de Worms e Spires, opôs-se a isso, e aconselhou medidas enérgicas. "As grandes congregações", dizia ele, "só servem para introduzir opiniões populares. Não é com decretos de concílios, mas com a ponta da espada que devemos decidir as controvérsias".
Carlos prometeu refletir sobre este conselho, mas, depois de vacilar por algum tempo entre as duas opiniões, optou pela sua, e convocou um conselho em Augsburgo.
Logo que se conheceram as razões do imperador para convocar o conselho, os protestantes prepararam uma fórmula de confissão para ser submetida.
Foi escrita por Melanchton, e nela se enumeravam claramente as principais doutrinas dos reformadores, sendo a matéria fornecida principalmente por Lutero que leu o documento e deu-lhe a sua aprovação, dizendo: "Eu nasci para ser um rude polemista; limpo a terra, arranco o joio, encho os fossos e endireito as estradas. Mas quanto ao edificar, plantar, semear, regar, embelezar o campo, isso pertence, pela graça de Deus, a Felipe Melanchton".
O documento foi chamado "Confissão de Augsburgo". Carlos incumbiu alguns teólogos católicos romanos de refutar a confissão e sem trabalho foi lido em agosto.
Melanchton então escreveu uma Apologia [Defesa] da Confissão de Augsburgo, que foi apresentada ao imperador em setembro – mas se recusou a aceitá-la.
O ano seguinte à confissão de Augsburgo foi publicada em latim e alemão e uma versão revidada da Apologia também foi publicada