ESCRAVIDÃO NO TEMPO COLONIAL

ESCRAVIDÃO NO TEMPO COLONIAL

No Brasil colonial, os escravos estavam presentes em quase todas as atividades econômicas. Explorados e agredidos, escravos tanto indígenas como africanos organizaram inúmeras rebeliões, jamais aceitaram sua condição. No sul das Treze colônias Inglesas e no caribe também havia plantations escravistas. Hoje, o quadro não mudou, visto que essas duas classes sofrem as agruras de seres desumanos desalmados que só pensam na locupletação. Continuam exterminando os reais donos das terras brasileiras e a exploração do negro continua firme e forte. É o ciclo do mal se reforçando dia a dia sem controle. Pense vocês serem arrancados abruptamente de suas casas, das suas moradias, do seu bem-estar social sem motivo aparente, e levado à força para outro lugar distante, de outra cultura e sem ter conhecimento da língua e dos costumes.

A ausência parcial, ou total de seus amigos e familiares e levar uma vida de trabalhado forçado à vida inteira?Além do mais sobrevivendo em péssimas condições de trabalho, se alimentando mal e apanhando até morrer. Muitos deles seviciados, fornicados por homens com taras sexuais, estupradores e sedentos de sexo. Somente alguns povos africanos vieram para o Brasil. De Guiné, Mina e Angola vinham os cativos negociados na costa de Mina. De Angola vinha os “congos”. De Moçambique e de Madagascar vieram em menor escala, no começo do século XIX. No período colonial o Brasil foi o País da escravidão. Hoje a situação apenas amenizou, mas a discriminação racial ainda existe e teima em não acabar. Presentes em toda colônia trabalhavam feito animais, nos serviços domésticos, nas plantações, nas manufaturas, na criação de gados, na construção de estradas, no comércio ambulante, auxiliando os ferreiros, carpinteiros, nas lojas entre outras atividades.

A escravidão foi à saída para os colonizadores portugueses, visto que encontraram graves problemas na mão de obra para conseguir colonizar o país. Os índios procuravam de todas as maneiras se defenderem do assédio português, que improvisaram negros como soldados para prender os índios. Era a luta titânica de escravo contra escravo. Hoje a luta é outra, a dos poderosos contra os pés descalços. Devido a grande porção de terra que encontraram tiveram que escravizar, pois a população do país português era de apenas um milhão de habitantes. Os índios jamais suportariam outro tipo de trabalho, pois viviam muito bem sem a presença perturbadora dos europeus. Os índios, antes dos negros africanos foram os primeiros escravos brasileiros. Os cientistas relutam em dizer e são unânimes em afirmar que não existem raças humanas.

Para eles, os comentários sobre a existência de raças brancas e negras é um tremendo absurdo, o mesmo que achar uma pessoa de orelha grande será mais inteligente do que uma de orelha pequena, nem o que tenha a cabeça grande (cabeçorra) será mais inteligente do que o possuidor de cabeça pequena. Os portugueses já tinham o mal da escravatura na cabeça, pois já usavam o trabalho escravo em Portugal no século XV no sul do país nas plantações e em ilhas do oceano Atlântico na plantação de cana de açúcar. Os portugueses costumavam a afirmar de que os índios eram preguiçosos, ma na realidade eles estavam bem cansados pela tarefa diária que fazia a rotina da vida, como pesca, caça, plantação, cavação de buracos e cortes de madeira, passavam muitas horas quebrando pedras para confeccionar seus machados de pedras.

Seria a mesma afirmação de que “brasileiro é pobre porque não gosta de tralhar”. Tire o brasileiro do ócio e verás o resultado. A cor dos olhos, o formato do rosto, o tamanho do pé tudo isso é determinado pelos nossos gens, que está associado à junção racial de portugueses, outros europeus que aqui estiveram índios e escravos africanos. Imagine o que os escravos passaram, pois até máscaras de ferro eles eram obrigados a usar. Não tinha a disposição o estudo e acordavam muito cedo para trabalhar, pelas cinco da manhã. Cortar cana de açúcar, vender balas nas esquinas e quebrar pedra o dia inteira nas indústrias de mármore era a rotina dos escravos brasileiros. Ao final da vida já bem velhote (velhinhos) recebiam merrecas, mixurucas de aposentadoria. O quadro hoje não mudou, pois a aposentadoria continua sendo mixuruca e merreca.

Os índios não aceitaram a escravidão e lutaram bravamente contra ela e pagaram até com a morte, muitos deles fugiram para outros lugares, visto que os portugueses não tinham ideia da dimensão territorial do Brasil. Os escravos também foram rebeldes e na sua rebeldia criaram os quilombos. Quilombo vem da palavra, quimbundo, quicongo, e umbundo lumbu, 'muro', 'paliçada', donde kilumbu, 'recinto murado', 'campo de guerra', 'povoação', ou do umbundo kilombo, 'associação guerreira’. No Brasil refere-se ao esconderijo, aldeia, cidade ou conjunto de povoações em que se abrigavam escravos fugidos, mocambo. Estado de tipo africano formado, nos sertões brasileiros, por escravos fugidos. Folguedo, usado no interior de AL durante o Natal, em que dois grupos numerosos, figurando negros fugidos e índios, vestidos a caráter e armados de compridas espadas e terçados, lutam pela posse da rainha índia, acabando a função pela derrota dos negros, vendidos aos espectadores como escravos; toré, torém.

Quilombo dos Palmares. Quilombo constituído de negros fugidos, os quais, no séc. XVII se estabeleceram no interior de Alagoas, formando um estado, os Palmares. O último rei dos Palmares foi o magnífico guerreiro Zumbi. Foi ele que comandou a luta contra os milhares de homens armados até os dentes, chefiados pelo bandeirante Domingos Jorge velho, mas o exército colonial era mais poderoso, tinham canhões, granadas e a derrocada aconteceu em 1695. Os quilombos existiram em todos os lugares da América onde havia escravidão dos africanos. Eram chamados de palanques em Cuba (colônia espanhola), marrones na Jamaica (colônia inglesa), busch negroes nas Antilhas holandesas.

Muitos índios morreram devido a doenças adquiridas dos brancos europeus, entre elas a (varíola, sarampo e gripe). Segundo afirma o grande historiador Mario Schmidt, quando Cabral aportou em terras brasileiras, a população indígena atingia cerca de quatro milhões de índios, hoje em dia ouço mais de 200 mil. Foi sem sombra de dúvidas um verdadeiro massacre. Se existisse justiça no Brasil, índios e negros teriam um tratamento todo especial, mas como a maioria não tem bom coração, índios e negros são tremendamente discriminados. A atuação da Igreja católica também explica o uso crescente de escravos africanos no lugar de indígenas. Devido às pressões da Igreja Católica, desde 1570 Portugal fazia leis proibindo a escravidão dos índios. Mas a lei também dizia que os índios poderiam ser escravizados numa guerra justa, ou seja, quando os colonos estivessem defendendo-se de um ataque. Existe guerra justa ou era apenas uma desculpa para os colonos?

Os padres diziam que a escravização dos índios era uma maneira viável de trazê-los ao orbe da religião, porém continuou permitindo a dos africanos. É o preço do pecado, e se forem obedientes teriam o caminho do Céu. Queriam catequizar os índios custe o que custar. Os escravos chegavam ao Brasil pelo lucro e eram conduzidos pelos navios negreiros. Vejam o que eles comiam durante a viagem, uma farinha gosmenta, pequenas porções de carne seca e água. A burguesia influía, pois a venda dos escravos tinha esse destino. Para quem não sabe Países como a Inglaterra, Holanda, França e Dinamarca passaram a disputar o sagrado direito de vender seres humanos na América colonial. Protestantes e católicos eram vezeiros nesse mister. Somente depois da “Lei Áurea” com a princesa Isabel, que a diminuição do sofrimento dos escravos veio à tona. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AVSPE- DA AOUVIRCE E DA UBT

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 25/08/2010
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