PRECONCEITO, CONCEITO E PRÓS-CONCEITO

Em consequência do meu texto CONCEITO E PRECONCEITO, pretendo definir em termos práticos o que é preconceito, conceito e pós-conceito. Ou seja, desejo identificar entre os movimentos filosóficos atuais o que essas palavras significam além do sentido que a elas tem sido popularmente atribuído. Quanto a palavra pós-conceito, esta não tem sido relacionada no rol de palavras de efeito do movimento atual, mas com ela pretendo mostrar que muitos dos novos conceitos que estão sendo estabelecidos sobre velhos conceitos nada mais são do que pós-conceitos.

E o que seria pós-conceito? Toda definição forçada de algo posterior ao estabelecimento de seu conceito próprio. Conceito próprio é a definição apropriada de algo, aquela que se adéqua do ponto de vista de lógico, de coerente, mecânica e naturalmente, querendo dizer aquela que realmente se adéqua em todos os aspectos a função para qual determinada coisa foi proposta. Com tábuas com macho e fêmea, por exemplo, onde só é possível encaixar a parte macho na parte fêmea; ou como neutro e fase, onde só é possível fechar o circuito unindo a parte positiva com a negativa.e assim por diante.

Como já tratei no texto anterior, pré-conceito é o que se supõe sobre algo antes de conhecê-lo, de examiná-lo e experimentá-lo. Após proceder-se a experimentação e avaliação de algo, o pré-conceito poderá ser confirmando, então passará a conceito ou poderá ser descartado, estabelecendo-se o conceito resultante da investigação em seu lugar. Já, preconceito é o negar-se a conhecer, examinar e experimentar algo e estabelecer a suposição (o pré-conceito) como com conceito. Portanto, apegar-se ao conceito pré-estabelecido é que é mau, mas sua manifestação inicial é preventiva. Sendo assim, pré-conceito todo mundo tem.

Exemplo real de preconceito são os fatos desconhecidos sobre determinado caso, se esses fatos são mesmo fatos e se eles são determinantes de algo em relação ao caso. A suposição sobre o caso sem os fatos pode ser preconceito. As suposições sobre os fatos podem ser preconceito. A relevância quanto aos fatos pode ser preconceito. Tudo o que se pensar sobre o caso e os fatos é preconceito até que se estabeleça ligação lógica e essa funcione num sentido óbvio. Antes disso tudo é preconceito.

Exemplo real de conceito é o conhecimento das características próprias comuns de determinados elementos, conhecendo suas motivações, ações e reações e mostrando que elas sempre se repetem, como uma característica comum a todos que usam drogas e álcool, piercing, tatuagens e vestimentas e aparência depressivas e irreverentes, bem como os indivíduos que alteram a própria sexualidade. Em geral essas pessoas sofreram algum tipo de decepção, sendo que a definição de decepção depende da forma como cada indivíduo a conceitua, o que depende do auto-conceito de cada um. Em geral esses indivíduos são mais suscetíveis as decepções do que os outros, haja vista que vêm a si mesmos como muito excelentes e por esperam reverência e muito mais dos indivíduos e da sociedade, sendo que pouco estão interessados em oferecer. Observa-se que cada um sofreu e sofre a decepção que justifica o comportamento que adota, sendo que a própria monotonia é colocada muitas vezes como causa de decepção, embora que a monotonia não seja uma ação de alguém, mas na visão do que tem uma auto-estima muito elevada é adaptada como falta de ação de quem deveria agir em seu benefício.

Outra característica comum a todos esses indivíduos é a rebeldia para com os pais, a sociedade, os padrões e Deus. Comumente eles jamais foram bons filhos e na maioria das vezes eles os agridem, principalmente com palavras, mas muitas vezes fisicamente. E as agressões físicas se tornarão sempre mais comuns, pois esses filhos perderam e perdem cada dia mais o senso de reverência a seus pais. Em geral, têm no pé da língua a resposta a qualquer objeção a seu comportamento, geralmente formulada com palavras de constrangimento e censura, fundamentadas na maioria das vezes nas falhas do outro. Jamais discutem pacificamente suas opções e condição, geralmente comunicando suas decisões incomuns aos familiares em forma de decreto, sem se importar com o constrangimento e tampouco o efeito negativo e sofrimento resultante de suas atitudes para seus familiares e amigos. Dizem que são sofredores escondendo seus desvios de conduta, o que justifica o pisar e destroçar os princípio originais e fundamentais do convívio pleno em sociedade.

Outra característica comum a todos estes é que não estão dispostos a sacrificar suas vontades, seus instintos e prazeres por amor a quem quer que seja, mas não se importam de sacrificar a relação com todos que o amam em favor do próprio prazer. Ao contrário, geralmente colocam-se como perseguidos e não compreendidos, pelo que não faz-lhes a menor diferença destruir não só a relação, mas também qualquer indivíduo que se manifestar contra seu comportamento, não importando até mesmo o grau de parentesco da pessoa. Em regra, fazem somente o que querem e perseguem obstinadamente satisfazer seus impulsos, seus desejos e orgulho.

Exemplo real de pós-conceito é a tentativa atual de estabelecer nova definição para palavras como preconceito, discriminação e fundamentalismo, dando-lhes conotação pré-estabelecida de mau, como se a precaução natural contra o desconhecido fosse má, dando a entender que as pessoas são obrigadas a entregar-se abertamente a toda novidade sem antes examiná-la, sendo sua opinião contrária, mesmo após exame, e recusa previamente rotulados de preconceito; com se firmar-se sobre o conceito já estabelecido fosse fundamentalismo e, consequentemente, preconceito e como se ter preferências ou escolher entre isto ou aquilo fosse discriminação. Isto tudo é deturpação da realidade e, por conseguinte, deturpação do direito humano a liberdade de consciência, de opinião e de escolha.

Tentam estabelecer que sexualidade é questão cultural, sugerindo que se aprende e define o sexo conforme o convívio e o ambiente. Entretanto, isto é mais do que experimentado na história da humanidade, haja vista que embora meninos e meninas sempre tenham sido ensinados a ser como seus respectivos sexos, ocasionalmente um ou outro se desvia, adotando comportamento oposto. Tentam também estabelecer que a deturpação sexual é uma doença, mas, contrariando toda lógica sobre doenças, a distorção sexual é primeira doença que o portador não deseja curar. Ao contrário, quer portá-la e, estranhamente, luta pelo direito de ser dominado por ela. Ironicamente, o que se vê são os portadores dessa dita doença querendo mesmo é usufruí-la. Entretanto, não se pode negar que sua busca por prazer está aí posta acima de tudo.

Com o propósito de atrair adeptos e simpatizantes para angariar aprovação as suas práticas distorcidas e aplacar suas consciências, tentam desesperadamente estabelecer o conceito de que há um terceiro sexo (um sexo oscilante ou indefinido) e que o poder optar e ir contra a natureza, a lógica e a anatomia proposital do sexo é perfeitamente natural. Alguns até buscam fundamentação para isso na Bíblia e não lhes basta o direito de poder pratica a distorção livremente e serem respeitados pelos opositores desse comportamento simplesmente como seres humanos, trabalham para impor com a força da lei que a sociedade aceite tal comportamento e concorde que ele é natural. Por conta disso, muitas pessoas sentem-se constrangidas de expressar sua opinião e nesse caso mesmo que têm autoridade e conhecimento privam-se de opinar mostrando os danos já sentidos dessas práticas para a sociedade, bem como os que se poderá observar em médio e longo prazo.

A respeito de tudo isso, o conceito mais amplamente experimentado e por mais tempo estabelecido e re-experimentado é o de que tais comportamentos são próprios de indivíduos que põem sua vontade acima de tudo. Sendo assim, até que fosse nos dias atuais forçado por meio de leis a tolerância da sociedade, tais comportamentos somente foram classificados como defeitos de caráter, ou seja, simplesmente uma busca deturpada de prazer, forma bizarra e agressiva de produzir unicamente satisfação sexual.

Quanto ao sexo, por exemplo, Deus estabeleceu o conceito de certo e errado, seja conforme a arquitetura (anatomia) que produziu nos indivíduos, seja conforme o propósito pelo qual formou cada anatomia, levando em consideração também o prazer na prática da união diária e íntima do casal e a conservação da semente da humanidade, que é a estrutura familiar ideal completa, tendo a família capacidade de conviver, se relacionar com prazer, se reproduzir e se manter coesa para poder repetir o ciclo perpetuamente, preservando a espécie. Tal e unicamente esta é a estrutura celular do núcleo estrutural da sociedade perpétua. Por isto é que na Bíblia diz no Gênese que homem e mulher Deus os fez e eis que tudo estava muito bom. Jamais se viu na Palavra de Deus dizer que homem, homossexual e mulher Deus os fez. Ao contrário, a bíblia chama tal comportamento de efêmero, distinguindo-o como profanação. E diz mais: que deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher e ambos serão aí uma só carne. Isto quer dizer que não só viverão tão comprometidamente um com o outro e com os ideais comuns a ponte de serem como um, mas da harmonia dessa união nascerão filhos, que serão cada num a mesma carne do pai e da mãe, sendo eles mesmos e tendo harmonia de pensamento e propósito com eles, formando assim uma verdadeira célula mater, a qual os interesses, desejos e prazeres individuais não podem dividir, pois são harmônicos. Sendo assim, união que não pode produzir filhos por questões anatômicas não é e jamais será uma só carne no sentido amplo da palavra e jamais serão uma unidade familiar capaz de produzir plenitude existencial, pois tal plenitude somente é produzida com reprodução e manutenção. Famílias de homossexuais jamais poderão se reproduzir. Isto sem considerar que o caráter da mulher, sua maneira de expressar as emoções, sua anatomia e tudo mais são fundamentais para a perfeita formação dos filhos, seja desde o feto até a faze adulta. De igual modo, de acordo com a maneira masculina de ser, as mesmas características no pai provêm a satisfação ideal das necessidades dos filhos.

Para que haja plenitude existencial na vida, seja humana, animal ou vegetal, nenhuma das características da família ideal pode ser desprezada, mudada ou eliminada, como é o caso do átomo, cuja natureza não pode ser mudada, e a composição de cada molécula, que ao ser alterada altera também a natureza do elemento, transformando-o em outro elemento. Um exemplo químico-físico disso são justamente os tumores, pois resultam de distorção química originada na composição molecular de cada célula.

Isto é um conceito, pois leva em conta toda coerência e propósito para o qual tudo foi formado e colocado no seu devido lugar. Qualquer estrutura fora da família original se extinguirá na primeira geração, a menos que tenha como auxiliar uma estrutura ideal, como a original. Entretanto, a estrutura deformada levará a outra a deformação muito mais rápido do que se possa imaginar, como é bem visto o caos que a sociedade se encontra atualmente e ele se amplia a medida que as pessoas vão se rebelando com a estrutura original com a força de taxá-la de preconceito e discriminação.

Portanto, essas tentativas de mudar forçosamente conceitos já estabelecidos nada mais são do que pós-conceitos, que, pior que preconceito, que parte da ignorância, o pós-conceito parte da intenção de deformar o conceito adaptando-o a própria vontade. E observe que o mal do mundo tem princípio no cada indivíduo forçar sua vontade sobre tudo o mais.

O pós-conceito não parte da desinformação, mas da intenção, por isto não se consegue vencê-lo. Ao contrário, os pós-conceitos avançam sobre a sociedade criando, inclusive, leis para amordaçar os opositores e disseminar a distorção livremente. Observemos, porém, que tudo que é forçosamente adaptado fica muito feio. Procure ver beleza nas pessoas que andam pela rua com aparência distorcida por seu comportamento inadequado. Veja como são belos o alcoólatras depois de uns anos, os drogados depois de uns poucos, os que se mutilam com piersing, tatuagens, aparência depressiva e coisas assim. Observe se você não perceberá que todos eles têm problemas existenciais a sufocar-lhes a alma.

Eles precisam de Jesus. O mundo está indo a bancarrota porque falta Cristo no coração das pessoas, que não Lhe abrem a porta preocupadas com seus prazeres, querendo fazer somente a suas próprias vontades.

Wilson do Amaral