NOSSA SOCIEDADE "À FRANCESA!"

" Por aqui...quase tudo igual"!

É o quê, com toda certeza, diriam os discursos dos políticos mais animados com a nossa tão cantada emergência mundial entre os países em desenvolvimento.

Porém, um fato assombra as faixas da nossa sociedade mais atenta, quando em plena campanha eleitoral para Presidente da República, fomos literalmente ASSOMBRADOS, com escândalos de corrupção de toda sorte, inclusive na área mais nobre do governo federal, a Casa Civil, por parte de pessoas que ocupam os famigerados cargos de confiança espalhados por todos os governos da nosso História.

Tudo quieto! Silêncio absoluto e absolutamente nenhuma manifestação do cidadão civil contra os escândalos da CASA CIVIL.

No mínimo curioso.Alguém saberia explicar? É melhor nem tentar.

A imprensa que explica é detonada como culpada pelas informações...que informam. Seria proibido informar?

Tudo absolutamente igual à histórica cidadania Francesa, que num ato de consciência tenra, por parte dos estudantes do país, nessa semana saiu às ruas para protestar veementemente contra a reforma previdenciária daquele país, que aumenta em apenas dois anos de trabalho o tempo para que o trabalhador faça jus ao benefício previdenciário. Os jovens temem pelo desemprego da sua geração.

E isso num país de primeiro mundo aonde as pessoas caminham com maior qualidade de vida e respeito cidadão!

Tudo igual a nós!

Aqui chegamos aos cinquentinha, na maioria da vezes, com cansaço de oitentinha!

Mas, bom seria se quem fizesse as reformas por aqui, de fato, trabalhasse. Digo...por aqui, obviamente, muito útil nos seria se os técnicos ao menos entendessem do desgaste que os anos de trabalho provocam nos seres trabalhadores...do trabalho "do mínimo", entenderam? E na política existem técnicos?

Utopia, eu bem sei.

É claro que o mundo envelheceu e nós brasileiros, até há pouco tempo tidos como um jovem país, também já contamos nossos anos de sobrevivência porque milagres existem.

Caminharemos pelas mesmas reformas, indiscutivelmente, porém em piores condições sanitárias.

Todavia, entram e saem os governos e tudo quanto é reforma de papel fica só nos projetos. As que nos beneficiam, obviamente.

Se for para o bem "deles"...a coisa muda de figura.

Todos têm grande diagnósticos sociais nos palanques e eu confesso que fico encantada ao sentir como os políticos enxergam com precisão de lince!

Fico encantada com todos eles! Encantamento pega, não? O que também é muito curioso. Tenho é que me desencantar, isso sim!

Enfim, nosso Chefe Maior diz que estamos inseridos no mundo, e que esse mundo já nos vê com outros olhos, puxa vida, descobrimos a América, vai ver que é isso. Só acredita nisto quem não tira o pé daqui! De que mundo ele fala, hein? É desse mesmo?

De toda sorte, de fato, estamos a redescobrirr sim, um "mundinho" por aqui, uma América Latina encantadora, de cidadania bem novinha em folha, e que caminha para reformas num uníssono um tanto preocupante.

Só não se encanta por aqui, quem não é poeta...e quem também não é POLÍTICO.

Por aqui, tudo bem igual à França: A sociedade, os cidadãos, a consciência política, a indignação e sua consequente manifestação.

Talvez eu citasse uma pequena diferença nossa quanto aos países de primeiro mundo:o fato de que nos surrupiam a paciência, a crença e a consciência com elegância indiscutível de primeiro mundo:sempre na calada da obnubilação social...em frente a tantos escândalos gravíssimos, aonde sempre se encontra uma saída "a francesa" pela incrível esperança do povo.Todo mundo acredita.

E ninguém diz absolutamente nada! Quase tudo igual.

Nas urnas até eu sairei à francesa...porque sempre sonhei em ser "algo" de primeiro mundo. Mesmo que seja só na poesia.

Mas quando desperto, sempre levo um susto, porque nunca vi uma emergência tão "emergente"...e tão emergencial!