O BRASIL QUE O PRESIDENTE NÃO VIU!

"Hoje o Brasil é um outro país!"

Frase dúbia mas de efeito, a ponto de me inspirar o pensamento.

Com o máximo de respeito a quem lidera e executa O PODER, penso que nós, os liderados e representados, temos o mínimo direito à palavra.

Em tempos de decisão de eleição presidencial, quase às vésperas do pleito, o Brasil se depara com inúmeros diagnósticos e promessas de tratamentos.

Ontem foram ao ar pela televisão aberta algumas reportagens sobre "assuntos e pautas sociais", problemáticas eleitas pela população como prioridades para o proximo poder executivo.

As imagens são de assustar.

Interessante, que uma das reportagens versava sobra a saúde pública, uma amostragem do caos Institucional que teve como cenário escabroso uma pessoa morta por falta de vagas de urgência.

Chegou-se a falar em "internação no posto de saúde" o que configura uma aberração, se isto realmente ocorreu.

Paralelamente às notícias nada pontuais em saúde, a reportagem mostrava a situação dum dos maiores hospitais de referência em cirurgia, lá no Distrito Federal, hospital que já teve seu dias de glória, totalmente abandonado a própria sorte, com superlotação e falta de profissionais no atendimento mais emergencial. Foi o quê nos mostraram.

Bem, mas no Distrito Federal, Capital da Nação, aonde teoricamente os olhos do nosso Presidente deveria cumprir ao menos seu deveres oculares com mais facilidade?

E a reportagem do nosso sistema carcerário que ganhou o prêmio Herzog? Alguém lá de Brasília viu? Quem falou que inferno não existe?

Se estivessemos falando do Sertão do país, ou dos demais locais de difíceis acessos à visão política, ao menos à esta hipertrofiada visão da hora, tão eufórica nos comícíos das vozes elevadas, se ao menos estivéssemos falando dum país que EM QUE NADA MUDOU...

Todavia não é o caso: Falamos dum país que nos últimos oito anos é ...UM OUTRO PAÍS!

Dum país que se nega a retroceder!

Falamos dum país em que a educação alavancou, todos sabem a tabuada da aritmética e ao menos desenham o nome, ninguém sofre Bullyng nas escolas, dum país em que a facilidade ao acesso universitário amplificou o cenário tecnológico autócne a nos permitir sair do perene blackout das ciências, dum país que consome sem dívida externa e interna, dum país em que todos comem três vezes por dia, vejam só, todos saem às ruas das grande metrópoles protegidos pelos olhos paternos do nosso Presidente, todos pensam e discernem com facilidade entre o ruim e o menos pior para si...e para o todo. Um altruísmo social que sequer ousaria em dividir o país que TANTO mudou.

Falamos dum país que exterminou a corrupção, o que é mais incrível.

Um país que preza pela vida de seus cidadãos, e que respeita o amplo e irrestrito "estado de direito"...inclusive o de se expressar livremente.

Enfim, falamos dum país que todos queríamos ter visto...mas que, infelizmente, nem o presidente, (quem mais queria ver)... viu.

-Ô Presidente, vem dar uma olhadinha, vai! É um convite de eleitor.

Deve ser por isso que nunca se vê grande evolução social, algo deveras impactante, aos ganhadores de quaisquer grandes prêmios, porque é preciso haver preparo "de base" para se ser legítimo ganhador. Ainda que seja de benefícios sociais esmolados.

Para pouca cidadania, nenhuma mudança já nos basta.