Mundo de Leis e Guerras

Senhores e crianças, vou lhes contar como tudo começou. Há muitos milênios, antes mesmo que a roda fosse inventada, a vida na sociedade humana já era uma pancadaria só. Pauladas, pedradas e flechadas em disputas por comida, por território e, mais de agora, por comércio e seu famigerado dinheiro. Era realmente uma situação de cada um por si. Uma selva de pedras. “Uma guerra de todos contra todos”, como dissera o filósofo Thomas Hobbes.

E como essa “terra sem lei” veio a ter um pouco de ordem e tranqüilidade? Justamente através da criação das leis. As leis foram a grande invenção (ou quem diga: a descoberta) com o objetivo de intimidar, limitar, punir as atitudes dos perigosos e cruéis homens que molestavam os mais calmos. Era a lei o instrumento a ditar o que era “proibido fazer”. Documentos históricos de apresentação de leis apareceram em hieróglifos e desenhos coloridos nas paredes das pirâmides egípcias, na Idade Antiga. Isso bem antes de Cristo. Tempos e templos de grande inspiração divina vieram através do profeta Moisés oferecer ao povo hebreu as famosas placas talhadas em pedra: Os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

Percebeu, o historiador, o quão importante foram sacerdotes e religiosos na feitura das leis. Leis, como assim diziam os senhores daqueles longínquos tempos, a serem sopros da voz de Deus. Depois, cidades e multidões explodiram ao longo das eras. Então, os antigos sacerdotes se dividiram com a complexidade da sociedade, cuja divisão de classes foi aumentando, criando-se, em fases, as figuras de juízes e políticos – pessoas encarregadas de indicar e fazer cumprir a lei. Também vieram os guardas fortemente armados para impedir a quebra das tábuas das leis e proteger os cidadãos corretos.

Talvez pouca coisa tenha mudado da Idade das Pirâmides até os dias de hoje. Leis são criadas a toda hora ao redor do mundo e, ainda assim, há guerras de todos contra todos num mesmo conto infeliz... Certo, nós, todavia, de que LEI NENHUMA na face do planeta vai acabar com os conflitos! Somente, sim: a sonhada PAZ; a CONSCIÊNCIA; e o tão desejado AMOR!

Diego Rocha