COAHABs = Universidades do crime.

 

Eu sempre vi conjuntos habitacionais, como uma solução um tanto quanto indefinida para a questão da moradia, não digo o local para a proteção física da pessoa, mas psicologicamente há certa resignação em morar em tais lugares, a principio por falta de opção e de condições financeiras se moram nestes conjuntos, feitos pelo poder municipal, estadual ou federal.

É lógico e evidente que estes moradores gostariam de morar em outros lugares principalmente porque teriam, pelo menos em tese melhor segurança, melhor proteção estatal.

A explicação é simples: Há teoricamente uma proteção dos órgãos oficiais a estes moradores até a conclusão dos conjuntos, a meu ver apenas para proteger os materiais estatais usados na feitura das residências, depois a exemplo das favelas, a presença da segurança oficial só se faz quando há delito, não quero dizer a presença constante, mas aquela que eventualmente surge para dar alguma proteção, nem que seja uma falsa sensação de segurança.

Sem ser discriminatório, este artigo se propõem a uma reflexão, visto que estes conjuntos agregam não só pessoas de bem, mas pela própria natureza da medida estatal estão ali alocados pessoas de diversas índoles, portanto esta mescla pode resultar em uma sociabilidade voltada para o bem, ou e o que mais se vê a propensão cada vez mais explicita para o mal.

Numa expectativa razoável eu diria que o que se pode esperar em tais aglomerados humanos, sem a presença ostensiva do estado, é a degeneração cada vez mais acentuada da moral tendo em vista o campo fértil para a propagação de pensamentos ligados ao narcotráfico, aos furtos e roubos e aos homicídios patrocinados.

Não, não há lugar seguro onde não há muro para proteger você e sua família, onde desde o início cada família vê o conjunto como uma grande família onde a paternidade estatal lhes outorga o direito de mistura de índoles sem uma necessária invidualidade, que mostre principalmente aos jovens opções de vida que não sejam aquelas tidas como únicas e exercidas por todos, bons e maus numa promiscuidade que muitas vezes levam a duas únicas estradas, a penitenciária ou o cemitério.

É difícil, principalmente quando penso que estes tipos de residências, jamais levarão em conta o ser humano a longo e médio prazo, o importante é agora, e tudo que se usa para estes recém instalados núcleos habitacionais já existia, exemplo: Escolas, comercio e industria, não se pensa no individuo como ser humanos com necessidades de saúde, educação e desenvolvimento, apenas como uma massa precisando de um teto, e isto dado, tudo estará resolvido.

Como vemos os resultados deste descaso com o ser humano é catastrófico e a meu ver há algumas coisas a pensar quando se vai fundar um novo núcleo habitacional: As moradias, a segurança especifica destas moradias, a saúde neste novo núcleo, a educação de seus habitantes com escolas em todos os níveis e tudo isso com a presença do estado.

Enquanto isso não for posto em pratica estas Cohabs não passarão de deposito de gente, universidades do crime com cursos de graduação, pós graduação e doutorado em criminalidade em geral.


Malgaxe

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 20/11/2010
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