Oilman, o super herói de Curitiba

Não sei se alguém irá reconhecer este super herói, mas eu o conheço, quer dizer o conheci a 20 anos andando nas calçadas de Matinhos, cidade do litoral paranaense.

E desde a primeira vez que ouvi seu pseudônimo fiquei curioso em saber por que OILMAN? É claro que aquela figura de sunga e o corpo coberto de óleo bronzeador, que anda a noite, chamaria a atenção de qualquer um, mas como muitos eu passei estes 20 anos sem saber ao certo o porque dele andar assim.

Outras vezes o vi em Matinhos mesmo e em Curitiba sua cidade natal e endereço atual, mas foi revirando o You Tube esta manhã que o Super herói curitibano descerrou a cortina que encobria o seu passado.

E não foi nenhuma revelação bombástica, ele é exatamente como eu previa alguém que faz isso por exibicionismo, mas não é um exibicionismo prejudicial, ele mesmo afirma ser uma manifestação esportiva, e acredito que além de sentir prazer em aparecer e ser reconhecido por todos, não há nada que faça mal a ele e nem às pessoas.

O fato é que são junto com O GRALHA, os dois super heróis de Curitiba, verdadeiros patrimônios das ruas curitibanas, por vezes até se encontraram na Rua das Flores, cartão postal da cidade, e dizem os mais exaltados que até trocaram olhares raivosos, mas ficaram só nisso como convém a super heróis diante de seus súditos.

Nelson Rebelo, hoje tem 50 anos, o criador do OILMAN, já foi professor, jogador de basquete e arriscou um violão e voz, imitando o grande Elvis Presley, guardadas as devidas proporções, eu acho que ele canta bem, ou cantava, de acordo com um vídeo dele no programa do Jô há 10 anos.

Pra mim, há pessoas que se destacam por ousarem no que fazem, seja no esporte, na musica, na poesia (não é meu caso), ou na interpretação.

E um ser humano só se destaca quando ele deixa gravado no coração das pessoas algo de bom, algo que ele faz e que de certa forma marca os anos de quem o vê, algo que mostra sua índole contaminada pela alegria de fazer os outros felizes e este mundo conturbado um pouco menos cinzento.

Eu já vi muito destes artistas de rua, cada um a seu modo expondo suas criações com olhares que deixam saudade, marcando não só o palco de suas apresentações com a ternura que lhes é peculiar, mas também o coração que os aplaudiu com os olhos molhados de emoção.

Não deviam morrer os verdadeiros heróis não deviam passar, não só aqueles que elegemos heróis, mas aquele que se fizeram heróis, porque tiveram a certeza de que com a sua alegria não passaram em vão, distribuindo alegria.

Eu tenho os meus heróis, mas especialmente tenho alguns ídolos, que beiram a esta condição, e que mais tarde podem somar-se àqueles, entre eles os curitibanos, Guto Russel, Nany Schneider, Zélia Nicolodi, o iratiense Joel Teixeira, e o admirável Nelson Rebelo, O OILMAN, uma página que todos os curitibanos deveriam escrever em letras douradas em suas histórias.

Longa vida a Nelson Rebelo, o OILMAN.

 

Malgaxe

 

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 11/12/2010
Reeditado em 11/07/2023
Código do texto: T2666345
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.