Mulher de coleira.

No carnaval de 1998, a modelo Luma de Oliveira então com 34 anos causou furor quando desfilou com uma coleira exibindo nela o nome do marido, Eike Batista, então com 42 anos.
Parece ser um costume de seres apaixonados destacarem os nomes de seus amados em seus corpos, ou como fez Luma de Oliveira, numa coleira.
Seria mesmo necessário uma afirmação tão veemente esta para expor a sua preferência amorosa, mesmo depois de 8 anos de união, como era o caso de Luma?
Esta indagação surge no momento em que fotógrafos em Brasília flagraram a parte posterior do pescoço da mulher de Michel Temer com o nome do deputado a mostra para quem quisesse ver.
Todo mundo conhece o multimilionário Eike Batista, e também o “talvez”, mas nem tão milionário Michel Temer...
Mas desta vez não é esta a pedra a bater, pois há atrás de tudo isto a meu ver uma insistente fraqueza em alguns seres humanos para proporcionar tais espetáculos.
Perdoem-me a verdade é explícita.
Generalizar jamais, mesmo porque todos sabem que variantes são capazes de alterar o comportamento humano, onde ele pode ir, o que é capaz de suportar e o que infligir a si mesmo na busca de objetivos sejam eles quais forem.
A meu ver há uma predisposição em algumas pessoas para o anonimato, assim como há para o exibicionismo, como há o amor, há também o respeito pelo que o parceiro possui materialmente, são realidades irrefutáveis.
Mas não há como deixar de medir estas esquisitices apenas com o olhar benevolente do “tudo normal”, é anormal sim, ridiculariza a pessoa sim, animais usam coleiras e não humanos, animais levam marcas de seus donos, humanos não.
Há uma tolerância burra de todos para com quem tem dinheiro, ou é artista ou expoente, parece um medo injustificável de frisar o ridículo, mas medo do que?
Lembro que não falo em direito, apenas friso a que ponto chega o ser humano quando ama, ou quando se propõem a viabilizar um futuro longo para seus sonhos de consumo, desrespeitam a si próprios e a dignidade, em favor do que necessita o finito corpo, mutilando-o com irreversíveis tatuagens, ou o expondo em público com acessórios próprios dos animais, denotando falta de zelo com a alma própria e a  de quem está ao seu lado.
São tão infinitamente surreais tais atitudes humanas, que os animais irracionais parecem ser mais previsíveis. Triste realidade.
 
Malgaxe 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 05/01/2011
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