PERDÃO

        Aqui onde moro cultivamos um grupo de mútua ajuda. Contamos nossas dores, escutamos nossos colegas, rezamos, nos abraçamos, nos cuidamos, descobrimos que nossas dores e aflições são nossos pontos em comum e que delas temos que tirar forças para reagir a esta doença que nos castiga a alma, a depressão.
      Nos encontramos sempre na última sexta-feira do mês. No dia 26 de novembro de 2010, ultimo encontro, os temas a serem debatidos eram: ansiedade, irritação e o perdão.
      Nos dois primeiros temas tínhamos opiniões parecidas. A ansiedade é a preocupação( preocupar-se com uma ação ou fato que ainda não aconteceu e pode não vir a acontecer). A irritação é não aceitar as coisas como elas se apresentam, o que agrava o problema, pois não respiramos direito , assim pouco oxigênio vai para o cérebro diminuindo o raciocínio lógico. A irritação é igual uma cadeira de balanço, você se mexe, mais não vai a lugar nenhum. 
      Chegamos então ao perdão. Eu perdôo facilmente as pessoas, fico magoado, sofro com isso mas não guardo rancor, outros tem outras reações, outras formas de encarar esta qualidade muito necessária nos dias de hoje.
      A todo momento estamos a beira de um ataque de nervos, esquecemos que cometemos erros, que falhamos, que somos egoístas.Não perdoamos os outros, mas queremos que tudo em nós seja compreendido e aceito.
     Mas sinto que o perdão mais difícil de se conceder é a si próprio.

Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 25/01/2011
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T2751169
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