Justiça ou vingança...?

Jorge Luiz Thais Martins, este é nome do coronel ex comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, que é suspeito de matar 9 usuários de drogas em Curitiba, onde mora e onde seu filho foi morto durante um assalto realizado por usuários de drogas em 2009, com apenas 26 anos de idade.

É inevitável se perguntar o que você faria se alguém sob o efeito de drogas tentasse um assalto contra um filho seu e o matasse no ato.

O autor do assalto foi preso e solto por falta de provas, o que se deduz que a ira do Coronel , se mesmo existiu, tenha aí a procedência e motivação.
Talvez as provas contra o Coronel venham mais rápidas em comparação com as contra os executores do crime hediondo.

Nada, absolutamente nada justifica a morte de um ser humano por motivo fútil e que não ofereça defesa a vítima, foi o caso do filho do Coronel e talvez de suas vítimas, se for efetivada a suspeita.
Do que se sabe do Coronel Martins, trata-se de uma pessoa íntegra, comandante justo e competente, guarda-vidas que comandou quase todas as unidades da corporação no Paraná, e no fundo todos que são pais sabem o que vai ao coração de cada um, ainda mais sabendo que a justiça humana não é feita adequadamente e beneficia os bandidos.

A impunidade que gera abusos provém de leis ultrapassadas e penas brandas na maioria dos crimes no Brasil.

Esta tragédia está à espreita a espera de todos nós, infelizmente, ontem foi o filho do coronel e amanhã?

A insegurança gera o medo e pior ainda é o sentimento de impotência diante do mal, e é exatamente este sentimento que levam homens de bem a procurar a justiça com as próprias mãos, a dor da perda de um ente querido é maior que a paciência para esperar que a justiça dos homens, falha, retrógrada e imperfeita haja em beneficio da vítima.

Estes medos, esta insegurança, fazem pessoas mais velhas abreviarem seus dias nas prisões, fazendo a justiça que as leis não são capazes, acredito que o pensamento de um pai sempre vai clamar por justiça quando um filho seu for assassinado covardemente, mas no avançado da idade, com tudo realizado na vida, é óbvio que em não vendo a justiça feita pelos meios legais, vai procurar o ilícito para fazer a justiça que lhe parece justa, pois nada mais almeja na vida, a partir daí.

Esta não é uma defesa de quem quer que seja, esta é a realidade de nossos dias que vem a tona de uma maneira até banal  diante das leis que não condenam adequadamente. Seria sempre a minha resposta pela dor causada a mim e a minha família, não é um ato humano do ponto de vista do ser humano, mas perfeitamente aceitável em se tratando de animais. Um animal que matou e não é punido e outro que se formou a partir do ato benevolente da lei que falhou em seu disignio básico.

Malgaxe