“Agressão” verbal

Pseudônimo. De acordo com o dicionário Aurélio, essa palavra significa nome falso ou suposto, com que um (a) autor (a) assina algumas ou todas as suas obras ou no popular, apelido. A diferença entre os dois é que em o pseudônimo é assinado por alguém, ou seja, a pessoa cria o próprio, já o apelido é algo atribuído a pessoa, por terceiros.

Esse termo é de significado simples, mas na maioria dos casos prejudica a pessoa que o recebe. A maioria dos apelidos são atribuídos as pessoas, utilizando como referência seu tipo físico, étnico, religioso, cultural... Um exemplo simples é perguntar para alguém que foi, durante a infância, ou é acima do peso, se nunca recebeu alguma apelido referente à sua à forma física, se essa pergunta for feita para 10 pessoas, provavelmente 09 delas responderão que foram vítimas de preconceito físico, sim. Isso é fato. De acordo com a lei, todos têm direitos iguais, porém fora do papel acontece de forma diferente. E o apelido é uma das formas utilizadas para a prática da discriminação, do preconceito.

Tanto no Brasil quanto fora dele esse tipo de “brincadeira” acontece. Na Grã-Bretanha, uma mulher brasileira de 31 anos, teve estresse pós-traumático, depressão e agorafobia (medo de espaços abertos ou situações sociais fora de controle) depois de 18 meses trabalhando em uma empresa na qual sofria preconceito racial. Os funcionários a chamavam de Bob Esponja, personagem de desenho animado caracterizado pela voz aguda e anasalada, também foi discriminada na distribuição de bônus pelos chefes da empresa, recebia “insultos” por sua origem sul-americana, ou seja, foi tratada menos favoravelmente por questão racial. Em 2008 ela saiu da empresa, entretanto esse desfecho teve um término favorável à funcionária, em questão financeira, pois ganhou na justiça britânica 142 mil libras, cerca de R$ 387 mil em indenização. Esse caso é um dos vários que acontecem e que não são divulgados na mídia.

Enfim, existem várias formas de “brincar” com os amigos ou conhecidos, por esse motivo, antes de atribuir algum apelido a alguém pergunte se isso não o incomoda, peça autorização, seja educado, pense primeiro no bem estar da pessoa e procure se colocar no lugar dela, pois sabemos que ninguém gosta de “ganhar” apelidos. Então pense bem antes de agir de forma prejudique alguém. Esteja sempre consciente da maneira como se comporta.

Artigo escrito por: Mariane Souza