A PRODUÇÃO DA BORRACHA

A PRODUÇÃO DA BORRACHA

GEOVANI CAMÕES SILVA **

ILZA LAUNÉ DE OLIVEIRA *

RESUMO

A produção da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Esta exploração teve o seu centro na região amazônica; proporcionando grande expansão da colonização, atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande impulso às cidades de Manaus, Porto Velho e Belém; até hoje maiores centros e capitais de seus Estados, Amazonas, Rondônia e Pará, respectivamente. No mesmo período foi criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia por meio de uma compra por dois milhões de libras esterlinas em 1903, a produção da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912.Onde as principais características da borracha natural que a tornam uma excelente matéria-prima para setores tão variados, que são de grande relevância: elasticidade, flexibilidade, resistência à abrasão e à corrosão, impermeabilidade e fácil adesão a tecidos e ao aço.

Palavras-Chaves: Borracha. Economia. Sociedade.

ABSTRACT

The production of rubber was a important part of economic and social history of Brazil, being related to the extraction and marketing of rubber. This operation wasits center in the Amazon region, providing great expansion of settlement, attracting wealth and causing cultural and social transformations, al mgiving great impetus to the cities of Manaus, Porto Old and Bethlehem, today the major centers and capitalof their states, Amazonas, Rondônia and Pará,respectively. In the same period was created Federal Territory of Acre, now the state of Acre, whose area was acquired in Bolivia through apurchase of 2 million pounds in 1903.rubber production experienced its heyday between 1879 to1912. Where the main characteristics of natural rubber that make it an excellent raw material for industries as varied are: elasticity, flexibility, abrasion resistance and corrosion resistance, waterproof and easy adhesion to fabrics and steel.

Keywords:Rubber.Economy. Society.

1 INTRODUÇÃO

A importância econômica e industrial da borracha natural fazia da seringueira uma árvore estratégica, sendo que sementes foram levadas pelos ingleses para serem plantadas em suas colônias na Ásia. Naqueles países a seringueira foi cultivada como uma espécie comercial, diferentemente do Brasil, onde estava em seu habitat natural. Analisar que enquanto o sistema de produção brasileiro era o extrativismo, o asiático se baseava na exploração comercial. Esse foi o principal fator de sucesso da produção de borracha na Ásia. Além desse aspecto agronômico, na Ásia não existia o fungo causador do mal das folhas (Microcyclus ulei), que é uma das doenças mais comuns dos seringais - sobretudo na Amazônia. Onde era praticamente impossível para o Brasil competir com a Ásia no mercado mundial, uma vez que o sistema de cultivo asiático era intensivo e não havia o mal das folhas.

No Brasil, o governo insistia na extração de borracha na região amazônica, gastando muito dinheiro para subsidiar esse sistema de produção, a partir sentimos a necessidade de trabalharmos a temática: Da produção da borracha onde procuramos demonstrar para que seria necessário a produção da borracha a qual perpassou por muitos anos como principal economia do Brasil na época da colonização a qual sempre chegamos a conclusão por que não deu certo está maneira de extração da borracha? Sabe-se também que essa produção da borracha serviu muito para a construção de varias ferrovias onde podemos citar entre elas a ferrovia da madeira Mamoré a qual ate hoje e a mais famosa do período; tendo como apresentação do tipo de pesquisa que si deu através de pesquisa qualitativa e bibliográfica onde temos como principal justificativa os tópicos:Reconhecer a importância que teve a produção da borracha em todos os âmbitos; Articular o processo de organização da sociedade humana à dinâmica de desenvolvimento das relações de trabalho; Explicar a situação sócio - econômica e política do Brasil e o seu papel no cenário internacional. Cujo seus principais objetivos: Si deu para que a produção da borracha a qual teve como plano central o programa agro - alimentar de onde saem vários subprogramas voltados para promover a interiorização da economia de base primária no Amazonas. Essa nova produção da borracha teve como objetivos principais: Interiorizar o desenvolvimento; Conter e/ou reverter o fluxo migratório; Proporcionar o desenvolvimento-sustentável; Aumentar a qualidade de vida e elevar a casta educacional.

Identificar que pode ser considerado como uma nova etapa da economia voltada para o interior em busca de um auto desenvolvimento a partir de diferentes vias econômicas como a pesca e derivados de peixe. Cogita-se hoje que o próximo produto que terá um ciclo importante para a região será o petróleo e o gás - natural.

O Programa de Desenvolvimento-sustentável Gasoduto Coari-Manaus, viabiliza a todas as comunidades distantes 5 km de onde irá passar o gasoduto tenham um aprendizado de como sobreviver de produtos originários da localidade referente para que não passem a depender exclusivamente do Gás natural. Quando descobriram o método da vulcanização, a borracha começou a ser utilizada para fins industriais e como as grandes empresas como a “Goodyear” ou “Pirelli” tinham clientes que almejavam muito mais a qualidade e a durabilidade que qualquer outra coisa em um pneu, a demanda externa pelo produto da Hevea brasiliensis aumentou, a economia daquela época elevou-se extraordinariamente. Sua principal conseqüência pode ser verificada nos tópicos: Povoamento da Amazônia; Genocídio indígena provocado pelas “correrias”, ou seja, expedições com o objetivo de expulsar os nativos de suas terras; Povoamento do Acre pelos nordestinos; Morte de centenas de nordestinos, vítimas dos males do “inferno verde”; Revolução Acreana e a conseqüente anexação do Acre ao Brasil (1889-1903); Desenvolvimento econômico das cidades de Manaus e Belém; Desenvolvimento dos transportes fluviais na região amazônica. Sendo que as metodologicamente fez –se primeiro uma pesquisa laboral, escrita publicada e depois socializada em mesa redonda, mediante as partes intituladas: História da produção da borracha e borracha lucro certo, tendo portanto, o intuito de contribuir com a ciência.

2 HISTÓRIA DA PRODUÇÃO DA BORRACHA

A produção da borracha que foi um evento na história econômica da Amazônia. Da atividade extrativa da borracha decorrem também outros fatos históricos como a conquista do Acre e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré. Em virtude desses fatos, as fronteiras amazônicas foram alargadas, surgindo novos estados: Acre e Rondônia. A seca nas zonas agrestes do sertão do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e outros estados nordestinos também estão estreitamente ligados a produção à medida que os milhares de nordestinos banidos por esse flagelo formaram o grande contingente de trabalhadores nos seringais do Pará, Amazonas e Acre. Acerca disso a população amazônica cresceu em demasia, como relata Caio Prado:

A Amazônia possuía 1872, população igual a 337 mil habitantes; em 1890, esse contingente subiu para 476 mil e, em 1906, atingiu 1,1 milhão de habitantes. Surgem vários povoados e pequenos núcleos urbanos, como ponto de apoio a atividade extrativista. Belém e Manaus consolidam-se como pontos estratégicos para a comercialização e o escoamento da borracha para os mercados europeus e norte-americanos. (PRADO, 2004. p. 59).

A borracha atraiu para a região amazônica muitos migrantes nordestinos (arigós) que se transformaram na mão-de-obra da extração do látex. A espécie que possibilitou a exploração extrativa e o decorrente fastígio econômico na Amazônia já era conhecida pelos povos americanos com os quais os colonizadores europeus tiveram contato. Cristóvão Colombo, na segunda viagem que fez à América, viu a goma sendo utilizada pelos índios do Haiti. E a goma já era conhecida por antigos povos do México – os Mayás e os Nauhás. Além do emprego para necessidade própria, eles estabeleciam o comércio da goma elástica com outros povos, chegando a promover exportação em grande quantidade.

A borracha estava destinada, nos fins do século XIX e começo do XX, a transformar-se na máteria-prima de procura em mais rápida expansão no mercado mundial.

Todavia, rapidez com que crescia a procura da borracha nos países industrializados, em fins do século XIX, exigia uma solução a curto prazo. A evolução da economia mundial desdobrou-se assim em duas etapas durante a primeira encontrou-se uma situação de emergencia para a oferta do produto extrativo; a segunda se caracteriza pela produção organizada em bases racionais permitindo que a oferta adiquirida a elasticidade requerida pela rápida expansão da procura mundial.(FURTADO,2004, p.191.)

O interesse pela borracha se deu através dos índios que trocavam, com os missionários portugueses, bolas, seringas ou borrachas por bugigangas. Os missionários haviam descoberto que a goma era útil para proteger seus pés da umidade excessiva e cobriam os sapatos com ela. Posteriormente, passaram a confeccionar os próprios sapatos da goma.

A partir de 1872 a borracha conheceu seu boom termo dado ao grande desenvolvimento da extração, para que a goma pudesse oferecer o máximo de rentabilidade à indústria, foi necessário descobrir uma forma de torná-la resistente ao calor e ao frio e manter sua elasticidade inalterada. Através do processo de vulcanização, desenvolvido simultaneamente pelo inglês Thomas Hancook e pelo americano Charles Goodyear em 1844, isso se tornou possível. A partir daí, a borracha deixa de representar um pequeno comércio de manufatura, existente desde os tempos da colônia, e passa a ser uma matéria-prima requisitada pelo comércio mundial

A procura intensiva que os mercados consumidores da Europa e da América passaram a fazer da borracha silvestre, ante a utilização cada vez maior por que ela se apresentava aos industriais, animando as solicitações pela alta dos preços que pagavam , deu um alento fora do comum à atividade coletora. Onde existia árvore produtora de látex, registrou-se a aventura.

A fabricação de artefatos de borracha em Belém cessara em 1850, mais o mercado externo tornava-se cada vez mais amplo. E pagava bem. A Amazônia começava a nadar em ouro. Estava em pleno boom da borracha. (BARSA, 1995, p.176)

Os preços em alta da borracha no mercado internacional atraíram uma corrida à extração do “ouro negro”. As terras agrárias foram sendo abandonadas em função da extração do leite das seringueiras nas regiões amazônicas. A extração do látex também se deu em terras da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. diante desse fato Fragoso diz:

Em 1892, a produção brasileira de borracha correspondia a 61% da produção mundial, e ainda em 1910 o Brasil era responsável por 50% do consumo internacional. O crescimento dessa economia pode ser indicado pela ampliação de suas exportações: entre 1852 e 1900 a exportação passa de 1.632t para 24.301.452t, ou seja, a um crescimento de 1.488.960%. na década de 1950 a borracha significava 2,3% das exportações brasileiras mas no decênio de 1901 a 1910 ela atingia a cifra de 28.2% das exportações sendo o segundo produto das vendas globais do Brasil. (FRAGOSO, 2000. p 176-177).

A falta de estabilidade na terra, o espírito aventureiro e arrivista que caracterizaram as relações econômicas no “ciclo da borracha” são, muitas vezes, apontados como falhas que levaram esse sistema extrativista da prosperidade econômica à derrocada. As bases que fundamentavam a lógica desse sistema, entretanto, não se apoiavam numa economia fixa e sim de transplante. A própria estrutura física dos seringais demonstrava que o negócio da borracha exigia apenas uma infra-estrutura primária que possibilitasse ao patrão ou seringalista dirigir o processo de extração do látex baseado numa contabilidade que atava o seringueiro ao trabalho. As condições de moradia do seringalista e do seringueiro eram improvisadas de modo que cumprissem seu papel no sistema extrativista.

Henry Wickham não pode ser condenado por ter levado as sementes de seringueiras sem que se condene também Francisco de Melo Palheta que, à semelhança do que fez o inglês, também teve de esconder as plantinhas de rubiáceas (café), trazendo-as de Caiena para as plantações do Pará e Amazonas, sendo que o café posteriormente seria transplantado para São Paulo e outros estados.

A casa do seringueiro não era exatamente uma moradia, mas o local de trabalho onde ele transformava, num processo rudimentar, o látex extraído das seringueiras em pélas de borracha. O fato de que o sistema não promoveu uma fixação à terra está na razão de seu funcionamento, pois se tivesse promovido essa fixação não teria se realizado da forma que se realizou e os próprios elementos que o integravam não teriam tido na pirâmide do sistema extrativo a posição que tiveram. Passaremos a explicitar essas posições a seguir: seringal: unidade produtiva de borracha. barracão: sede administrativa e comercial do seringal. colocação: era a área do seringal onde a borracha era produzida. varadouro: pequenas estradas que ligam o barracão às colocações. gaiola: navio que transportava nordestino de Belém ou de Manaus aos seringais. Brabo: novato no seringal que necessitava aprender as técnicas de corte.Gerente: “braço-direito” do seringalista, inspecionava todas as atividades do seringal,guarda-livros: responsável por toda a escrituração no barracão.caixeiro: coordenava os armazéns de viveres e dos depósitos de borracha.comboieiros: responsáveis de levar as mercadorias para os seringueiros e trazer a borracha ao seringalista. Mateiro: identificava as áreas da floresta que continha o maior número de seringueiras. toqueiro: abriam as “estradas”. caçadores: abastecia o seringalista com carne de caça. meeiro: seringueiro que trabalhava para outro seringueiro, não se vinculando ao seringalista. regatão: negociantes fluviais que vendiam mercadorias aos seringueiros a um preço mais baixo. adjunto: Ajuda mútua entre os seringueiros no processo produtivo.

O perfil social do seringalista, que imprimia obediência no seringueiro e o mantinha subalterno, estava sustentado em uma fraqueza econômica: o capital fictício. Os seringalistas não possuíam verdadeiramente capitais, dependiam do financiamento de mercadorias das casas aviadoras. Sem essas mercadorias, não possuíam uma forma de manter o vínculo empregatício com o seringueiro, arruinando o seu empreendimento. Para obter lucro num negócio tão instável, lançavam mão da sobretaxa de preços nas mercadorias que repassavam aos seringueiros. O lucro que obtinham dessa sobretaxa era investido na compra de residências na capital Belém ou Manaus, em tratamentos de saúde, em viagens e em gastos supérfluos.

A Moeda da borracha: Libra esterlina: como forma de pagamento pela exportação da borracha, os seringalistas recebiam em libra esterlina, moeda do Reino Unido, que inclusive era a mesma que circulava em Manaus e Belém durante a Belle Epoque amazônica (BALKAR, 2008, p.03).

A extensa lista de produtos que eram despachados nos aviamentos, dos mais necessários ao trabalho de extração e para sobrevivência no meio da floresta, como as tijelinhas onde se aparava o látex e as armas para defesa, aos requisitados para outras necessidades, entre elas, o entretenimento, como é o caso do gramofone. Chamamos a atenção de que os custos dos aviamentos dependiam da importância dos seringais. Os que possuíam mais estradas e que, em virtude disso, produziam maior quantidade de látex, recebiam tratamento prioritário em relação aos seringais menores. O custo dos aviamentos tornava-se mais caro para aqueles seringais que se localizavam em áreas de difícil acesso, como as dos altos rios ou dos rios encachoeirados. Podemos também destaca que vezes e mais vezes o seringalista era devedor e não credor Isso se dava porque o comércio da borracha era de risco e daí aviadores e seringalistas estarem sempre preocupados com a oscilação do preço do produto, especialmente com a queda excessiva do preço que poderia significar a ruína financeira, o que de fato ocorreu o sistema social da borracha.

O auge e a decadência do ciclo econômico da borracha. Em 1901, a produção de borracha na Amazônia atingia mais de 24.300 toneladas, quase o dobro do número atingido em 1891, que fora de 1.632 toneladas. A partir daí, ocorreu uma produção crescente até 1911, quando se registrou o ponto mais alto – 44.296 toneladas. A quantidade de borracha produzida não oculta os sinais de queda nos preços ocorrida de forma mais intensa principalmente de 1913 em diante, mas é indicadora de que o mercado amazônico era, até então, o maior mercado produtor de borracha natural fina.

A fase áurea da produção foi caracterizada pela presença do capital internacional, notadamente inglês, nas capitais amazônicas. A comprovação de que os ingleses faziam a linha de frente na comercialização da borracha ostentava-se na instalação de uma agência do London Bankof South America em Manaus.

Alguns acontecimentos ocorridos a partir de 1850, como a criação da Província do Amazonas (1850), a introdução da navegação a vapor (1852) e o decreto imperial que abriu a navegação do rio Amazonas ao comércio estrangeiro (1871) já prenunciavam os anos de riqueza promovidos pela exploração da borracha.

O ciclo ocasionou um processo de transformação urbana durante a segunda metade do século XIX nas capitais dos estados do Pará e do Amazonas. Esse processo configurou-se a partir do modelo de modernidade européia. No tocante à capital paraense, Guardadas as devidas diferenças em relação às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a cidade de Belém do Pará, apresentaria, assim, a partir da segunda metade do século XIX, tentativas de adaptação aos modernos costumes europeus, num profundo contraste com a realidade amazônica.

É de grande relevância enfatizar que quase todas as tentativas de cultivo intensivo da seringueira na Amazônia fracassaram devido à incidência do fungo microcyclus.

Pois, o impacto na economia extrativista da Amazônia foi muito forte. As tensões cresceram entre proprietários de terras e de usinas e os seringueiros, há muito tempo pressionados por um regime de trabalho e uma remuneração injusta. No entanto, os investimentos em pesquisa agrícola também explicam o forte crescimento da produção do látex na Ásia. A grande disponibilidade de mão-de-obra naqueles países foi outra característica que permitiu o avanço do cultivo, uma vez que o processo de sangria exige bastante trabalho manual que atualmente, Tailândia e Indonésia são os maiores produtores do mundo, respondendo por 27% e 29% da produção total mundial, respectivamente. O Brasil, que no início do século XX detinha o monopólio da produção mundial, hoje responde por apenas 1%, não conseguindo sequer suprir as necessidades da indústria consumidora instalada no país.

2 BORRACHA LUCRO CERTO

Identifica que os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, às populações da hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império brasileiro conseguiram concretizar ações governamentais que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos (Drogas do Sertão), acompanhando o interesse do mercado nos diversos recursos naturais da região. Para extração da borracha neste período, acontece uma migração de nordestinos, principalmente do Ceará, pois o estado sofria as conseqüências das secas do final do século XIX. Onde ao avaliar, o desenvolvimento tecnológico e a Revolução Industrial, na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto muito procurado e valorizado, gerando lucros e dividendos a quem quer que aventura - se neste comércio. Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço. Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na intenção de conhecer a seringueira e os métodos e processos de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma com esta riqueza. A partir da extração da borracha surgiram várias cidades e povoados, depois também transformados em cidades. Belém e Manaus, que já existiam, passaram então por importante transformação e urbanização. Manaus foi a primeira cidade brasileira a ser urbanizada e a segunda a possuir energia elétrica - a primeira foi Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os produtos da flora e da fauna tropical sofreram intenso processo de transplante e migração entre continentes e países, a partir dos séculos XV e XVI, durante e após o ciclo dos grandes descobrimentos. Os colonizadores portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, belgas e holandeses tiveram papel importante na difusão e propagação dos produtos tropicais entre os povos e países da Ásia, Oceania, África e América. Troca e intercâmbio, que muito contribuíram para ajudar os países tropicais a enriquecer e buscar alternativas de desenvolvimento, graças ao seu diversificado patrimônio biológico e genético e pela aclimatação de novas espécies e cultivares de híbridos mais resistentes às pragas.

Não parece considerar, ao referir-se à escravidão do mundo à borracha amazônica, que os ingleses se beneficiavam com essa escravidão tanto na comercialização da borracha quanto na venda de seus produtos aos consumidores amazônicos. Portanto, não se tratava simplesmente de acabar com a escravidão da humanidade à produção de borracha amazônica, mas sim de obter um meio de exploração ainda mais lucrativo.

Mediante a exposição na introdução, afirmamos que a problemática levantada é verdadeira, juntamente com as hipóteses e os objetivos.

Afirmamos que, é considerado por muitos estudiosos a interdependência de políticas externas Mesmo com dois adventos da borracha, nunca nos preocupamos em determinarmos outras vias para a economia para sermos independentes de um só produto.

A história da borracha nos leva a acreditar na eficácia dos produtos e da flora e fauna no comércio nacional e internacional, em prol do social.

REFERÊNCIAS

BARSA, Enciclopédia. Borracha. São Paulo: Enciclopédia Britânica do Brasil publicações, 1995

FAUSTO, Boris (Org). História Geral da Civilização Brasileira. Vol. 9. São Paulo: Difel, 2004

FRAGOSO, João. Economia Brasileira no Século XIX: mais do que um plantation escravista-exportadora. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: companhia das letras,2007.

PRADO, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: brasiliense, 2008

VEJA-SE O JORNAL: A Confederação do Trabalho, de 1909. reproduzido em: PINHEIRO, Luís Balkar Sá Peixoto e Imprensa Operária no Amazonas

ilza launé
Enviado por ilza launé em 04/04/2011
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