UMA CATÓLICA CONTRA O ISLÃ

Asia Bibi. Já ouviu falar? É uma paquistanesa de 45 anos, mãe de cinco filhos, que está presa por ter cometido um crime contra o Islã. No ano passado, ela foi condenada à morte por um tribunal do distrito de Nankana, a 75 quilômetros de Punjab, no Paquistão. Seu crime: em junho de 2009, ela foi buscar água enquanto trabalhava no campo. Um grupo de camponesas muçulmanas, no entanto, protestou, afirmando que uma mulher não-muçulmana não deveria tocar o jarro d'água do qual elas também beberiam. As camponesas tentaram convertê-la ao Islã. Ela se recusou e afirmou: “Jesus está vivo, mas Maomé está morto. Nosso Cristo é o verdadeiro profeta de Deus, e o seu não”. Dias depois, o grupo de muçulmanas procurou um clérigo local e denunciou Asia, indicando que ela teria feito comentários depreciativos sobre o profeta Maomé. O sacerdote, por sua vez, procurou a polícia local, e uma investigação foi aberta. Segundo o juiz, não houve atenuantes, e Asia foi condenada à forca, por ter infringido uma lei antiblasfêmia. Consta que, devido às precárias condições da cadeia, ela se encontra doente e debilitada. Como se não bastasse isso, o líder extremista muçulmano Yousaf Qureshi ofereceu uma recompensa de 500 mil rupias (cerca de cinco mil euros) a quem assassinasse Asia Bibi na prisão. Apesar de tanto sofrimento, Asia Bibi não abandona as suas práticas de fé: continua firme na oração e no jejum.

A pergunta inicial deste artigo tem uma razão de ser. Poucos sabem deste caso. Apesar de ser similar ao de Sakineh Ashtiani, condenada ao apedrejamento no Irã, o caso de Asia Bibi não encontra por parte da mídia brasileira o mesmo grau de preocupação. Afinal de contas, quem está na prisão paquistanesa é uma cristã, e ainda por cima católica.

Na verdade, esse não é um fato isolado. No mundo islâmico, os cristãos, católicos ou protestantes, sofrem o duro martírio da perseguição. Seus direitos são violados. As agressões e os assassinatos são comuns. Enquanto isso, no Ocidente, os muçulmanos vivem em paz, podendo professar a sua fé, sem serem violentados.

Recentemente, o Papa Bento XVI chamou atenção para esse fato: na cultura ocidental, a tolerância é um traço cultural, mas o mesmo não ocorre nos grotões do mundo islâmico.

Infelizmente, no mundo ocidental, não são poucos os que, em nome de um ódio nada velado ao Corpo de Cristo, podem querer justificar a atitude dos muçulmanos radicais. Para isso agitam sempre os velhos espantalhos: Inquisição, Cruzadas, Galileu Galilei etc. Como papagaios, repetem as lamúrias de grupos que querem destruir por dentro a cultura e os valores ocidentais.

Mal sabem eles que, se triunfar sobre nós o radicalismo islâmicos, teremos uma míriade de Asias Bibis sob o chão de nossa terra...