JOVENS NO LIMITE DA VIOLÊNCIA

A violência praticada por jovens em nosso país, pinta uma aquarela sangrenta de um rubro fervente, transformando-se num grave quadro social. As manchas da maldade, da crueldade, vem dar um banho de sangue na comunidade que se desfigura em desespero e medo. Jaraguá do Sul é a bola da vez. Exemplo de violência gratuita, onde jovens entram numa briga sem motivos, e ligam o alerta de como estamos educando esses meninos que despontam para a vida.

A Situação é critica, caótica, onde à noite o que prevalece é a ronda exercida pela criminalidade que cresce assustadoramente e totalmente sem limites.

O que nos assusta cada vez mais, é que ao contrário das revoluções da história mundial, surge uma criminalidade violentíssima, onde não se vislumbra nenhum grupo organizado, mas compostos por indivíduos sem perspectivas sociais, com uma desmotivação pelo futuro hedionda. Jovens que estão á margem da sociedade, que tomam como exemplo as atitudes dos senhores de Brasília que se espalham por todo o país e são dominados pela corrupção, imersos na ganância e na exploração das classes sociais de menor poder aquisitivo. Fui educador do Estado de Santa Catarina por muitos anos e é dolorido pensar que a situação hodierna já foi discutida e analisada muitos anos antes por vários movimentos no Brasil, incluindo o Movimento Juventude Revolucionária, mas mesmo assim nossas autoridades fizeram tão pouco. Todos nós sabemos que uma juventude que cresce sem oportunidades, onde não há projetos sérios, atenção e políticas especificas, irá inexoravelmente baixar para o banditismo; para o crime organizado, associados ao uso de drogas ilícitas e ao contrabando que corrompe nossas fronteiras. No Brasil os órgãos responsáveis por tais políticas, não funcionam. São na maioria das vezes fachadas administrativas, onde prevalece o interesse da promoção pessoal, onde seus coordenadores agem de forma á beneficiá-los; elevando seus nomes; e sempre de olho numa candidatura. A Lei é cheia de boas idéias, bonitas de se ler, de se estudar e analisar, mas que não sairão da prancheta, enquanto que nossos jovens continuarão à matar, violentar, roubar, totalmente desesperados por uns trocados. Temos que acordar e não deixar que nossos jovens encontrem um único meio de resolver seus conflitos através da violência, para ganharem as páginas dos jornais e terem seus rostos estampados na página policial, o que se tornou cotidiano.