Homo, hetero, fobia de quê

A luta de classes, minorias, sempre existiu na história social humana. Afinal, faz parte da formação de consciência do individuo, a luta pelos direitos individuais e coletivos. O que chama atenção no Brasil, é que há uma luta que está chegando aos extremos, mas não um extremismo minoritário, e sim um extremismo generalizado: a luta dos homossexuais.

O Ministério da Educação tentou distribuir nas escolas do ensino médio uma cartilha de combate ao preconceito contra os homossexuais. Digo, tentou, pois antes mesmo de haver a distribuição, a cartilha já causou polêmica e foi condenada tanto por alunos, professores, quanto pela população em geral. Tudo por conta do conteúdo de alguns vídeos que mostram homo e transexuais tentando serem aceitos na sociedade e o quanto é difícil e normal eles serem como são. Contudo, os vídeos foram considerados incentivadores do homossexualismo, e não propriamente ferramentas contra o preconceito.

O que se vê é que o MEC caiu numa armadilha atual, colocou-se de um lado da moeda. Há uma exagerada exploração de muitos setores da sociedade sobre esse assunto, de um lado os próprios homossexuais e simpatizantes, que confundem combate ao preconceito com uma mudança radical de todo o pensamento familiar e religioso de milhões de pessoas. De outro lado, há grupos religiosos e de extrema direita, que não aceitam de modo algum, os direitos dos homossexuais.

Parece que em nosso país, o bom senso e o meio termo se esconderam. Estamos chegando numa fase em que as pessoas vão ter que opinar se são contra ou a favor dos gays, quando o foco não deveria ser esse e sim o respeito mútuo. A questão não é se a pessoa é contra ou a favor de algo, a questão tem que ser o respeito que esta pessoa deve a quem pensa diferente. Por outro lado, a sexualidade de cada uma não deve de maneira nenhuma ser influenciada pela escola ou pelo Estado, quer seja a heterossexualidade ou a homossexualidade. È uma questão pessoal que deve ser discutida no âmbito familiar, a família sim, deve estar preparada para acolher o individuo e sua, e só sua, escolha.

O papel do Estado é garantir o direito de escolha de cada um, e garantir o respeito aos homossexuais, aos heterossexuais e a qualquer cidadão. É para isso que nós machos, gays, lésbicas, brancos, negos, índios e etc., vamos quase todos os anos as urnas, para sermos iguais. Para buscar nossa felicidade, onde quer que ela esteja.