BOBINHOS

Quando em 2003, um operário (Luiz Inácio Lula da Silva) foi eleito para governar o Brasil, ele e seus correligionários, bradavam aos quatro ventos, que a esperança vencera o medo. A esperança, segundo eles, se renovou quando o operário foi reconduzido ao ápice do poder, para nos governar por mais quatro anos. Antes mesmo do primeiro mandato, a criminalidade já existia, porém não tão alarmante como nos dias atuais, fato, aliás, que não é novidade para nenhum citadino. Basta que se averigúe o número de atentados e assaltos no ano corrente, aqui e alhures, mesmo que a propaganda governamental tente de todas as formas, mostrar o contrário. É notória a preocupação do cidadão comum com o crescimento desenfreado de roubos e assaltos. Como se não bastasse, observa-se o descaso com a educação de crianças, jovens e adultos em todos os níveis. Para se comprovar, basta que se diga que biólogos formados pela UESPI, muitos não conhecem sequer um microscópio, segundo informação de um deles. O compromisso governamental de promover cidadania para os brasileiros perpassa, obrigatoriamente, pela educação de nossa juventude. Muito recentemente, assistimos a uma greve da polícia civil em nosso Estado, onde os grevistas clamavam por instrumentos essenciais para o exercício profissional. São inúmeros outros descasos governamentais com a sociedade brasileira e o que nos estarrece é constatar que em 20.07.2010, através da Lei nº 12.292 o ex-presidente Lula doou vinte e cinco milhões de reais para a autoridade nacional palestina, visando contribuir com a reconstrução de Gaza. Não questionamos as necessidades financeiras de Gaza, porém perguntamos por que socorrer a autoridade nacional palestina e reduzir aqui no Brasil os investimentos em áreas prioritárias como educação e segurança. Comungamos com o ditado popular que diz: de onde se tira e não se bota, o buraco fica. Se a motivação que levou Lula a conceder a ajuda foi comercial, seria bom que ele mesmo explicasse o ganho que por ventura tivemos em razão de seu ato. Pelo andar da carruagem, o medo provocado por atos governamentais pode derrotar a esperança. Felizmente, o presente artigo não faz apologia ao comercial de “lingerie” da Gisele Bündchen e por isso não merece censura ao que pensa um dos bobinhos brasileiro.

Rui Azevedo - Professor

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 14/10/2011
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