O Que É A (Suposta) Nova Ordem Mundial

Todos estamos a viver uma realidade na qual pontificam a corrupção, a demagogia, a violência, a desordem social camuflada em arranjos disciplinares de ocasião, a perversidade política, a anuência das supremas Cortes com seus crimes do colarinho branco, a farsa dos sistemas educacionais (a educação para a burocracia kafkiana) de saúde, habitação, transporte. A segurança uma piada criminosa de mal gosto (todos riem dela, de humor temeroso e negro) a precariedade das atitudes morais, a raridade do comportamento ético nas instituições governamentais, o abandono da infância, dos idosos, das leis. Pelas Cortes supremas que deveriam zelar pela prevalência do Estado de direito. E de fato.

Todos estamos vivendo calados (quem cala consente), silenciosos, passivos, condescendentes, covardemente nos recolhemos à nossa insignificância civil, como se não fôssemos a força social que deve a si mesma a atitude de reagir a esse conformismo demencial. Social, globalizado.

Todos (supostamente) estamos de acordo com a corrosão e a decomposição de qualquer valor que possa ser considerado ético, sem que se reaja um mínimo em favor de comportamentos institucionais e sociais que possam servir para exemplificar uma atitude, por mínima que seja, no sentido de mudar os paradigmas políticos que geram modelos comportamentais deletérios nos quais se espelha a sociedade.

As instituições políticas chegaram ao limite máximo da decomposição moral mais explícita. Parte substancial das forças policiais está em estreito conluio com a marginalidade que deveria combater. E as forças armadas estão aí para garantir a continuidade desse nosso belo quadro social. Ou seja: esse caos institucional busca se vender enquanto ordem social. Nesse contexto político globalizado, demencial, o ciberterrorismo expande suas possibilidades de ação. A transparência da burocracia oficial é radicalmente combatida pelos governos e seus representantes parlamentares.

Veja-se, um exemplo nacional, as atitudes de José Romão Sarney para proteger e acobertar as maracutaias e os desvios de verbas para os bolsos e as contas bancárias dos agentes da perversão administrativa (tipo atos secretos da Casa Grande Senado) de seus empreendimentos oficiais em prol da política nacional da corrupção congressista: TSCM Spectrum Analyzer (200 mil reais) — Rei Talan DPA-7000 (120 mil reais) — Luxxor Video KIT BLV-1000 (25 mil reais) — Flexible Borescope — BFI 1000 (14.000 reais) — Rei VPX-64 Video Poli Camera (17.000 reais) — UVP 100 Ultraviolet Invisible Marketing Pen e outras aquisições do tipo que torna mais difícil a visibilidade e a transparência de seus atos que deveriam ser, se respeitada a letra da Lei constitucional, cada vez mais transparentes e não cada dia mais intensamente esconsos em seus contrabandos institucionais de malfeitorias. Contra os interesses de seus eleitores.

E, para camuflar todo essa desesperança dos eleitores, essa decadência, essa queda em parafuso do avião dos poderes simbolizado pelos dezesseis quilômetros do Eixo Monumental que liga a Rodoferroviária de Brasília à Praça dos Três Poderes, as mídias eletrônicas tipo TV e Internet, funcionam como máquinas caça-níqueis no grande cassino nacional do consumo que vende em seus jornais, como se fosse mero entretenimento documental, as ações desses parlamentares contra os interesses nacionais de investimentos em educação, saúde, transporte, habitação, segurança. Os bilhões que seriam canalizados para essas finalidades sociais tão desesperadamente carentes, vão para os bolsos e as contas bancárias desses honoráveis bandidos.

Na vigência da segunda década do século XXI, as massas de eleitores globalizadas pela propaganda da compulsão do fator econômico, que abusa da lei da oferta e da procura para vender mercadorias a partir da propaganda, dos carrões aos cotonetes, mantém plugada a sociedade do consumo pelo consumo na corrida cega (“Corre, Coelho, Corre”) para aumentar os índices de produção ou os valores em moeda corrente de todos os bens e serviços finais.

Não há um mínimo olhar que seja em direção da humanização e espiritualização (progresso do caráter dos atores sociais) dos costumes políticos, jurídicos, Paleolíticos. Vigentes. Globalizados pelos detentores dos cargos no Parlamento. Nas Cortes. Muito pelo contrário. A corrupção se quer cada vez mais protegida dos olhares da sociedade. Reinando, seus agentes, cada vez mais garantidos pela proteção que a blindagem de seus atos (que deveriam ser de interesse público) garantem aos assaltantes das verbas roubadas dos interesses sociais de sobrevivência dos eleitores.

Cada cidade do planeta globalizada pela demência consumista mantém o delírio das multidões inconscientemente plugadas na excitação dos programas de auditório, nas salas de jantar explicitamente entregues aos intervalos comerciais gerados pela cadeia de produção de bens e serviços que só aumentam a quantidade de lixo (interno e exterior), criando e mantendo uma mentalidade social domesticada pela necessidade de mais corrupção institucional nas escolas que não ensinam nada de pertinente ao saber mais elementar e à ideia central, vital em qualquer democracia: a ideia de cidadania. E valores. E princípios civilizados sem os quais o corpo orgânico da sociedade estará infestado por todo tipo de câncer. E metástase social.

E a poluição visual, sonora, olfativa, do ar, da água dos rios, dos oceanos, das ideias, dos fazeres, nas paisagens domésticas e públicas na via-sacra contemplativa das multidões diariamente submetidas à fermentação mental e física, na agitada convivência com a indomável violência da voracidade consumista nas ruas, praças e avenidas das cidades à Las Vegas.

Cidades tomadas pela oferta e a busca de meios de sobrevivência no jogo de cartas marcadas pela roleta das instituições viciadas no fornecimento precário de uma educação (fundamental, média e “superior”) para a prostituição, o tráfico e a aceitação incondicional de todos os “paradigmas” impostos pelo totalitarismo democrático dos Três (Podres) Poderes sediados no “O Cortiço” particular do político oligarca José Romão Sarney: Brasília.

E o que diz o diretor desse Cassino do Planalto Central? O diretor da Polícia Política Legislativa, Pedro Ricardo, disse que os equipamento serão usados para garantir a privacidade dos parlamentares (revista Veja, página 77, 30/11/11).

Nessas cidades (à Las Vegas) globalizadas pela carência de qualquer item relativo à qualidade da cultura de costumes e à veneração incondicional (disseminada pelas mídias eletrônicas) ao “Totem Fator Econômico”, todos parecem ter se rendido à evidência de que qualquer atitude que possa trazer alguma espécie de lucro financeiro ou econômico se impõe às demais. A moral e a ética nem sequer são cogitadas. E o exemplo vem de cima para baixo. Veja-se as atitudes institucionais da Casa Grande Senado, seu Conselho de Etitica. Que de titica tem tudo. De ética não tem nada.

E que joga HOJE, AGORA, descaradamente (impunemente) na lata do lixo da história milhões e milhões de crianças e adolescentes no lixão fedorento das periferias eleitorais das metrópoles fritzlangueanas que carecem de tudo e de um mínimo de qualidade de saneamento básico, escolas que ensinem mais que a possibilidade de um futuro direcionado à prostituição e ao tráfico. Nas ruas tomadas literalmente pelo medo à violência generalizada, financiada pelo Parlamento que deveria, por força das leis, combatê-la. E não o faz. Em nome de uma criminosa concentração de renda e de poder político, jurídico. Inconsticucional.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 25/12/2011
Reeditado em 28/12/2011
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