Espasmos da não lucidez

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Espasmos da não lucidez

Posicionamentos maniqueístas, num fechar-se em si mesmo, nunca me agradaram muito.

O senso comum pensa que jogador de futebol vive bem. Alguns pernas-de-pau da nossa época ganham bem, pegam uma e outra maria-chuteira da vida, mas a imensa maioria trabalha pra comer! Claro que a mídia não fala sobre isso, pois o que vende é endeusar pseudo-estrelas, exemplificando: escuso-me a exemplificar porque quanto mais se fala nesses medíocres mais fortalecemos “a marca”.

Quando pensei estar vendo telescopicamente, cometi erro primário: olhei pelo lado oposto e observei apenas a escuridão.

O público que me lê não precisa entender de literatura. Já pensou se todos fôssemos engenheiros? Alguém precisa fazer a comida pra outro comer... Se a comida for boa, maravilha! Não precisamos saber que tempero foi usado, mas degustar e nos sentirmos feliz ao final.

É difícil fazer o simples, mas só "complica" quem domina o que faz; pra dominar, entretanto, temos que passar por etapas. Agora, subir o morro e ao chegar lá em cima esquecer do primeiro passo, não nos revela como seres humildes, mas pedantes.

Pode parecer esdrúxulo o comentário, mas arte, música e sexo são pedaços da realidade que se vivencia na solidão, a dois, a três ou diante de multidões. O que não se pode, nunca, é tremer na hora H.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/01/2012
Reeditado em 27/12/2020
Código do texto: T3470597
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