O BRASIL DAQUI A 25 ANOS.

O BRASIL DAQUI A 25 ANOS

FlávioMPinto

É , de fato, um exercício de futurologia definir como se comportará o Brasil daqui a 25 anos.

Será o Brasil desenvolvido que desejamos? Ou continuaremos a ser a pátria de chuteiras , passional e sem desenvolvimento?

A grande massa afastada dos bancos escolares e outra, embora tenha passado por lá não identifica nada além do seu horizonte, pouca margem de dúvidas deixa a um bom final. Agravam o quadro o elenco de péssimas decisões que são tomadas por quem deveria pensar no futuro e apresentar projetos com a necessária clarividência.

As regras básicas que regem a vida nacional precisam ser mudadas, mas a cada tentativa, as coisas pioram. Ser ou não otimista, eis a questão.

Vejam o caso do Estatuto da Criança? Invés de dar um alento contra a crescente criminalidade, criou mais um enclave na sociedade: a proteção aos menores infratores, que se criam como uma nova classe de meliantes totalmente impunes. E cada vez mais violentos e amedrontadores da sociedade que os protege e se enjaula.

No campo, sabidamente é o agronegócio com sua pujança que carrega a bandeira da salvação do caixa nas transações internacionais brasileiras. No novo código penal, juristas ensaiam a definição de terrorismo do bem, não criminalizando as ações, que estamos acostumados a ver, acometidas por entidades que nada de sociais são. Caso aprovado, o novo código avalizará a revolução violenta no campo. Um barril de pólvora, que será acionado por movimentos internacionalistas que volta e meia aterrorizam fazendas e estâncias no Brasil afora. Oficializar-se-á a insegurança real e jurídica no campo, pois os movimentos irão querer as fazendas produtivas para si, obviamente. O caso Ana Paula, no RS, é emblemático. Que tal implementar uma reforma agrária no Nordeste brasileiro e fazer um projeto de kibutz á la Israel? Seria redenção do Nordeste. Mas interessa?

Na educação, acaba-se rapidamente com o maior incentivo ao progresso individual do aluno: a não reprovação. Faz-se pular de ano sem a necessária aprovação e merecimento, aumentando consideravelmente o universo de analfabetos funcionais, agora nos mais altos níveis escolares. Quem dará a mais violenta resposta a isso , sem dúvidas, será o mercado. Se hoje já se tem vagas ociosas por falta de qualificação profissional, amanhã esse quadro se agravará. As consequências serão danosas para o país, que marchará com pés de barro rumo a uma pretensa necessidade de maior escolarização. Nada adiantará aumentar as vagas públicas em universidades se os estudantes lá chegarem sem o mínimo preparo para tal.Em universidades americanas, então....

Provavelmente as únicas escolas que progridem com as bênçãos do Estado são as escolas do crime nas cadeias de todos os tipos.

Que tal falarmos sobre as obras e políticas de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento? Energia, transportes, logística, comunicações, saúde, segurança pública...Sabidamente essas políticas e obras são a longo prazo e como os últimos governos não possuem a mentalidade de previsão nesse sentido, sequer projeto de governo, pode-se prever um verdadeiro caos em busca das obras que permitam o desembocar do país a um novo patamar. As estradas de rodagem estão aí para não me deixar mentir. As férreas são um traço na estatística de transportes. Apenas reluzem em alguns ramais.

O entravamento e nó burocrático, notadamente no setor empresarial , precisará ser desatado para liberar o setor produtivo das amarras que impedem seu pleno funcionamento. Acompanham esse “desatar” acabar-se com a política de impostos escorchantes que encarecem os produtos e serviços, tirando competitividade de setores importantes na vida nacional, levando-nos a um dos países que mais protegem sua economia e fechando-a a concorrência internacional, com graves reflexos internamente. Cai a qualidade e sobem os preços com a falta de concorrência.

Quanto ao Judiciário, em todos os escalões, é corrupto, indolente e preguiçoso como a sociedade que o abraça. Basta acompanhar a lerdeza das decisões e essas próprias decisões em si. Não temos a quem nos socorrer.

Em relação á política, ela só dará seu salto de qualidade com a melhoria do nível intelectual do povo, e como vemos, será difícil com os homens que fazem as leis do país. E ainda teremos a Câmara e Senado, para não falar dos ministros e presidentes da república, com a cara do povo, ou seja, sem as condições mínimas de tomar decisões que assegurem um futuro feliz, digno e próspero para o Brasil. São homens comuns que carregam os problemas, aflições e mentalidade do povo que os elegeu. Não queiramos, hoje, almejar nem nos alimentar com soluções mirabolantes e inteligentes dos atuais representantes. Desde os vereadores.

Se já foi uma verdadeira epopeia colocar em prática a Lei da Ficha Limpa, mudar o pensamento dos políticos será algo impensável com o atual modelo.

Precisamos de homens diferenciados na esfera de comando e no Legislativo, principalmente, em todos os níveis.

Sem dúvida nenhuma o Brasil está fadado a crescer, tal como inevitável impedir o acesso da China ao patamar maior dos países produtores. Mas crescer sem lastro é algo muito catastrófico. Crescer cercado de problemas não é bom, é arriscado.

Estamos longe de ser um país resolvido por regras claras e ao alcance de todos. Hoje, tem algo errado na contas do Brasil: quase pleno emprego com milhares de vagas abertas por falta de qualificação profissional; 6ª economia mundial com IDH ocupando a 70ª posição! E índices de educação comparados aos países mais pobres do planeta. Sim, tem algo muito errado e são os pés de barro com que são feitas as fundações do quadro sócio-político e econômico do país.

Um país grande não sobrevive com alguns bolsões de prosperidade.

Moral nacional. Que esperar de um futuro num país cada vez mais assolado com escândalos? Sim, o moral nacional sacudido a cada escândalo é uma pedra no sapato do partido que domina o teatro político. Um partido que deseja ardentemente transformar o país numa férrea e totalitária ditadura igual ás socialistas do séc XX. Isso está bem dito em todos os seus documentos oficiais e êles, claro, negam, mentindo a cada instante, mas são desmentidos pelos atos que cometem.

Um Brasil mais livre, desamarrado, com comércio aberto a todas as partes do mundo gerando concorrência e qualidade nos seus produtos é o que se espera.

Implica também em investir em doutrinas que catalisam liberdades, esse bem que dota o ser humano de livre arbítrio para ser, se expressar, ir e vir, e porque não, progredir. É a democracia plena que garante o progresso e se reinventa a cada crise mundial , pois age dentro de uma verdadeira liberdade.

Pensando bem, 25 anos passam rápidos demais e logo estaremos em 2037 com os mesmos problemas e anseios que temos agora e pensando o que seremos nos próximos 25 anos.

Ainda temos tempo para fazer surgir o Messias para liderar a geração de 2037.

FLAVIO MPINTO
Enviado por FLAVIO MPINTO em 16/04/2012
Código do texto: T3616262