Paraguaizinho: preocupações burguesas, falta de solução popular em Ponta Grossa

O comércio, dito popular, comporta contradições nada desprezíveis, interesses empresariado, vinculado à classe dominante, monopolista, politicamente forte e pequenos comerciantes, de outras camadas. Essa liberalização diminui a violência cotidiana porque ocupa as pessoas, numa época de desemprego. Mas o Poder público falta deve intervir na questão, tratando-a sob o prisma econômico e social. É urgente regulamentar a prática que acentua questões morais da sociedade brasileira, civismo, para exemplificar. Num país com escola pública e gratuita até a pós-graduação, atendimento público de saúde feito através de impostos cobrados de todos os cidadãos é injusto qualquer drible ou privilegio. O incentivo desse comportamento dá legado jurídico à corrupção e ao famoso jeitinho, ferindo o princípio da cidadania e da brasilidade. É frágil o argumento que os produtos comprados nesses locais são baratos. Sua qualidade é duvidosa e o cliente não está isento de prejuízos que encarecem a mercadoria e sua manutenção. Melhor organização do comércio paralelo é necessária, pautada num processo de educação comercial e cívica, possibilitando que nessa modalidade de negócios, práticas escusas e suspeitas e atentatórias a dignidade sejam evitadas, como drogas. Ao invés da atuação fascista da Polícia Federal, é primordial construir um diálogo estabelecido entre Governo, Prefeitura, Associação Comercial e os comerciantes autonômos. Consultar a opinião do povo é passo interessante, cabe arriscá-lo.