A legalização da maconha no Brasil

Prólogo

Não. De forma nenhuma, NÃO vou fazer apologia ao uso da maconha ou de quaisquer outras drogas alucinógenas. No primeiro capítulo de "Folha Explica - A Maconha" você caro leitor, amigo e cônscio de suas responsabilidades familiares e sociais poderá ler: “Dizer "maconha" é espalhar um rastro de discórdia. Há quem afirme que ela destrói o cérebro e conduz ao crime.”.

Há quem, como o escritor Carl Sagan, a considere maravilhosa. Há os que duvidam, os que ignoram, os que pesquisam e chegam a resultados frontalmente antagônicos.”.

Eu, WILSON MUNIZ PEREIRA sou a favor de tudo aquilo que se queira fazer, de acordo com o livre-arbítrio, dentro dos limites das leis e desde que não prejudique direitos alheios. Sou assim: Simples e direto, grosso e rasteiro.

"Dizer 'maconha' é espalhar um rastro de discórdia". A frase de Fernando Gabeira, autor do best-seller "O Que É Isso, Companheiro?" e articulista da Folha de S.Paulo, abre o livro "A Maconha" (Publifolha), da coleção "Folha Explica".

Neste delicado momento é chegado o instante de Eu gritar, sem receio de ser mal-interpretado, sem pejo do ridículo: Atenção falsos moralistas e hipócritas não menos amigos meus... "A Maconha", de Fernando Gabeira, esgotou na Livraria da Folha. Isso não é um acaso. O livro é oportuno e foi muito bem escrito.

Não faço apologia ao uso de nenhuma droga, mas recomendo a leitura do livro para ajudar a evitar que pessoas do bem adquiram conhecimentos deturpados (deformados ou distorcidos). É ótimo ter argumentos próprios para o exercício do livre-arbítrio. A sociedade, mormente o lado reprimido no âmbito familiar, quer saber os prós e os contras dessa erva maldita ou santa a depender dos fins do seu uso. Nos últimos dois meses, houve um aumento na procura pelo título, coincidindo com a maior visibilidade do tema na mídia.

DEFENSORES DA MACONHA

Praticamente todos os países do mundo possuem alguma lei de proibição do uso, posse, venda ou cultivo da cannabis. Já os produtos produzidos com o material da cannabis (fibras e sementes do cânhamo) são legalizados em muitos países.

Diante deste cenário, muitas organizações já utilizam a cannabis para fins medicinais, e outras tentam a sua liberação para uso comum (Esse é o caso que se discute para o Brasil).

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, defende a descriminalização do consumo da maconha. Nas últimas semanas, o país assistiu a uma ação da polícia e das forças armadas em morros cariocas, que resultou na apreensão de toneladas da droga, incinerada na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

Em "A Maconha", Gabeira conta a história da erva e apresenta os prós e contra, procurando entender de quem ataca ou defende o hábito de fumar maconha. De forma sintética e dinâmica, Fernando Gabeira explica no livro o que é a maconha, sob sua ótica quais são os prós e contras do uso da erva. Em linhas gerais, o livro responde às perguntas mais frequentes recolhidas por Gabeira nos debates que participou em torno da elaboração da política nacional de drogas.

"As pessoas querem saber, por exemplo, se a maconha é uma escada para outras drogas, se provoca dependência física e psíquica, se causa perda de neurônios e da memória, e se tem poder medicinal", diz (escreve) Gabeira. Pessoalmente, Gabeira defendeu durante anos a legalização da maconha e seu uso industrial mais amplo possível.

"São 350 subprodutos derivados da canabis", diz. A atual política nacional de drogas não separa a maconha de outras drogas. Pela lei, o usuário não é preso, mas arca com penas alternativas e multas. Está mudando. Tudo muda quando se entende que os costumes sociais são dinâmicos e evolutivos. É por esse motivo que as leis mudam com vistas a acompanhar a sociedade inquieta e ávida por mudanças, às vezes, demasiadas radicais.

CONCLUSÃO

Cada dia é dia de mudança! De reviravoltas. Sobretudo, de evoluções justas, merecidas e necessárias. Se a sociedade quer a liberação do uso da maconha, quem sou Eu para contestar? O Poder Legislativo está com a corda toda no sentido de fazer parte das civilizações mais ousadas e NÃO necessariamente mais avançadas.

Quanto mais democrática uma nação, com mais liberdade dos seus concidadãos, menos fraterna e religiosa se torna a ponto de assomar riquezas materiais em detrimento da moral e dos bons costumes familiares. A maconha foi criminalizada em quase todo o mundo no começo do século 20. Na Grã-Bretanha, a "cannabis" foi proibida em 1928 devido à convenção nacional do ópio que foi acordado em Genebra, Suíça em 1925.

Atualmente, no Brasil terceirizado pelos demais partidos ao PT, mesmo que seja entremeado de cólicas, o gozo do poder imaginário, surreal, dos que se drogam ganha força com o apoio do Poder Legislativo, benevolência da sociedade e aplausos das facções criminosas e dos viciados.

Repito: Não faço apologia ao uso das drogas e TAMPOUCO SOU CONTRA! No momento é de bom grado lembrar... Em um inglês capenga um amigo meu de Brasília diz e escreve sempre que tem oportunidade: “Who is smart does not contract with dick”.

Eu não sou tão esperto. Por ser um eterno aprendiz, autodidata assumido e simplório homem de bem, também não faço esse tipo de contrato tão arriscado e, certamente, malfadado, amoral e dolorido acerto. Claro que há fantasias (empreitadas) menos sofridas para serem realizadas a dois sem o uso dos alucinógenos. Todavia, há que se respeitar as opiniões dos outros e decisões dos burlescos que fazem as desditosas leis.

Desde os anos 60, Gabeira está atento como poucos às mudanças do mundo. Enquanto a maioria tentava conviver com a ditadura militar, foi protagonista da mais espetacular ação de guerrilha do país, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969.

Preso e exilado, começou a fazer uma (auto) crítica da luta armada.

Voltou para o Brasil com a anistia, em 1979, vestiu uma tanga e começou a falar de ecologia, sexualidade e drogas para uma plateia estupefata, que ainda tentava entender o lento e gradual processo de abertura, a qual prefiro cognominar de anarquia política.

Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são "hippies" nem "pop stars".

São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos prateados, iguais aos meus, e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México.

Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

RESUMO DA CONCLUSÃO

Com a liberação ou descriminalização da maconha: Há PRÓS e CONTRAS!

OS PONTOS A FAVOR SERIAM:

• Menos pessoas morreriam no combate ao tráfico.

• Centenas de bilhões gastos todo ano por governos do mundo todo com a repressão às drogas poderiam ser investidos em outras áreas.

• Poderia haver redução da criminalidade, pois muitos crimes são cometidos para financiar o tráfico e alimentar o vício.

• Haveria menos presos apenas por uso de drogas e, portanto, haveria mais espaço nas cadeias para criminosos perigosos.

• Poderia haver maior controle de qualidade das drogas, o que reduziria o número doentes, doidos e de mortes.

OS CONTRAS, SOB MINHA ÓTICA, SÃO:

• As violentas disputas entre traficantes pelo mercado de drogas não terminariam.

• Com mais viciados, poderia haver um aumento no número de crimes cometidos, em busca de dinheiro para sustentar o vício.

• Poderia haver um aumento no número de dependentes, pois as drogas seriam mais baratas e acessíveis. É certo: A miséria humana aumentaria.

• Grandes indústrias poderiam distribuir drogas e, como fazem com cigarros ou álcool, incentivar seu consumo.

• Os sistemas públicos de saúde gastariam mais com o tratamento dos dependentes.

PARA NÃO RESTAR QUAISQUER DÚVIDAS REPITO:

Eu, WILSON MUNIZ PEREIRA sou a favor de tudo aquilo que se queira fazer, de acordo com o livre-arbítrio, dentro dos limites das leis e desde que não prejudique direitos alheios. Sou assim: Simples e direto, grosso e rasteiro.