NÃO VOTE

R$ 3,50 este é o valor da multa para quem não votar e nem justificar a ausência, nas eleições de domingo.

Na minha modesta opinião o voto livre é um dos alicerces da democracia, absolutamente necessário para que haja lisura nos pleitos que elegem alguns na sociedade para representar os demais, de tal importância que não pode ser negociado a troco de favores, pois aquele que o fizer será punido com lei específica e há muito em vigor.

Há 2 itens principais que colaboram para que os índices de faltosos nas eleições cada vez aumente mais, a saber, este que lhes apresento, ou seja a multa insignificante de R$ 3,50 e a retrógrada e fascista lei que obriga ao voto, são itens que se interligam porque um item é continuação do outro. Não é mais questão de desobediência a lei o não votar e sim uma resposta da sociedade em forma de protesto, num recado claro de que esta atitude autoritária da República tem que ser revista imediatamente.

Nega-se ao voto por descrença nos políticos, assume-se a desobediência de não votar, pelo valor pífio, assemelhado a esmola, da dita multa, e sobre este cabresto mal colocado, ri-se até o mais desafortunado dos eleitores, riem-se muitos, de mais uma lei, e esta parecendo mais um enfeite de palhaço em dia de circo.

Quando finalmente vamos nos libertar do estigma de ser um povo que deve ser guiado como súditos de alguma ditadura afeita à manipulação em proveito próprio?

Será que não evoluímos desde os primórdios dos Mobrais da vida brasileira, que devemos hoje aceitar imposições retrógradas como esta do voto obrigatório?

Quem somos nós, e em que grau de cultura nos encontramos para aceitar quais escravos de um sistema, que nos digam, como se diz a uma criança o que devemos fazer, como se consciência não tivéssemos para escolher entre o bem e o mal, não somos condenados de uma nação que só agora no limiar do século 21 começa a dar certo, não, somos cidadãos que sabem exatamente quando querem nos jogar goela abaixo alguma lei para manter a ferro e fogo, um modelo de democracia ultrapassado. Podemos ser condenados sim, mas a sermos convocados uns pelos outros a dizer não a uma obrigatoriedade que há muito é resquício de ditadura em muitos países, o tal de voto obrigatório.

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 02/10/2012
Código do texto: T3913092
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