Marcos Valério quer “Botar a boca no trombone?”

Prólogo:

No site (Blog) do Vicente Cascione li o que abaixo transcrevo, “ipsis litteris”, para a reflexão dos meus notáveis leitores. Mas, quem é esse irreverente cidadão Vicente Cascione? Ora, Vicente Fernandes Cascione (Santos, 14 de julho de 1942) é um advogado e político brasileiro.

Sua carreira talvez não seja tão brilhante a ponto de ofuscar o fosco e opaco pretenso brilho das atrapalhadas do PT, mas ele soube e sabe escrever aproveitando O DESLEIXO dos eleitores que, sem saber o porquê vota por protesto elevando às alturas energúmenos que gritam na mídia "o nada saber".

Gosto do estilo desse colega que, em sua pequena autobiografia escreve sem pejo do ridículo:

“Sou um homem torto, meu lado direito é o avesso. Sou este ser com suas entranhas a flor da pele. Tenho a alma na palma das mãos. O pensamento impresso nos olhos. O sentimento dissecado ao sol. O segredo tatuado no rosto. Sou politicamente incorreto.

Minhas explícitas mentiras desmentem verdades vigentes. Ressuscito de meus pecados mortais. Corto as veias como um louco, e feito um poeta escrevo estrofes de sangue, e como um médico, tinjo as mãos nesses versos hemorrágicos de sentimento.” — (Vicente Cascione).

MINHA IDENTIFICAÇÃO COM O NOBILÍSSIMO COLEGA CASCIONE

Identifico-me com este colega por ser assim, meio irreverente e contraditório, provas disso dou quando afirmo sobre mim mesmo:

“É minha palavra magnética, licenciosa, embora considerada difusa, por ousar mergulhar na corrente do rio que representa o ser em êxtase, inseguro de suas potencialidades; impetuosa por usurpar pensamentos complexos, pontos nevrálgicos, metas intransponíveis e a deixar no cúmplice leitor a inquieta ideia de perseguir essa aventura orgástica, impudica, talvez pervertida, revelada de forma simbólica, subliminal, mas satisfatória e lírica, pelo menos para mim.”. — (Perfil de Wilson Muniz Pereira).

OPINIÃO DE CASCIONE SOBRE MARCOS VALÉRIO QUERER "BOTAR A BOCA NO TROMBONE":

"Marcos Valério: haja ventilador pra tanta m...!

Marcos Valério disse o que disse.

No entanto ele ainda pode desdizer o que disse.

Mas, se ele não desdisser o que disse ninguém pode fingir que ele não disse.

Deu no Jornal Hoje, da Rede Globo, edição desta terça-feira que:

1 - o procurador da República, Gurgel, disse que ainda não sabe se pedirá nova investigação sobre as coisas que o Valério disse.

2 - o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, foi perguntado sobre se deve haver nova investigação, e respondeu: -“Creio que sim”.

Gurgel ainda não sabe? Pois já devia saber! E saber que sim!

Barbosa disse creio que sim? Pois devia ter dito: -”claro que sim”!

Gurgel virou indeciso?

Barbosa mudou de estilo?

Roberto Jefferson disse que a fala de Valério é “coisa de canalha”, e que ele quer ser beneficiado pela delação premiada. Jefferson entende de delação. Por isso ele teve pena menor.

Joaquim Barbosa e a maioria dos ministros reconheceram que Jefferson merecia pena menor (e teve) por sua delação no caso da mensalada.

Deixa o Valério falar, Jefferson! Você já teve a sua vez. Agora é a dele! E quando você falou não disseram que era coisa de canalha...!

Ah! O poder! Quando você está ao lado do poder, você pensa que o vê, e o conhece por dentro, e em profundidade.

Mas não conhece, não. É como ver o oceano de longe. Vê-se a tona, o azul, a imagem da superfície. Mas não se vê nada abaixo da linha d’água, onde está tudo." — (Texto extraído do "Blog" de Vicente Cascione).

MINHA SIMPLES CONCLUSÃO

Não adianta colocar o Tio Lula no “Pau de Arara”, na “Cadeira do Dragão”, ameaçar uma emasculação sem anestesia, enfiar ratos e escorpiões vivos em sua ampola retal etc... Ele nega e negará até o último instante de sua vida material ter tido uma promíscua relação assistencialista ou troca de favores com o condenado Marcos Valério.

Mas, por que não ouvir as lamúrias de uma celebridade que tinha trânsito livre, também, no Governo do FHC e hoje é apenas um decrépito condenado? A quem interessa a “blindagem” do doutor “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, Luiz Inácio Lula da Silva?

Não nos esqueçamos de que O instituto, conhecido como "Sciences Po", foi fundado em 1871 e premiou apenas 16 personalidades desde então. A homenagem foi entregue na capital francesa. Lula mereceu tão honroso título? Ah! Certamente mereceu, pois se assim não fosse como teria sido indicado para receber a distinção honorífica?

Claro que uma nódoa nigérrima, semelhante a uma nuvem de dejetos se espalhou por ventiladores gigantes na roupagem do PT, por conta da acusação do Marcos Valério, mas quem liga para isso? Desde que deixou a Presidência da República, Lula já recebeu, de outras instituições, seis vezes o título de doutor “honoris causa”. Detalhe: O Tio Lula nunca frequentou uma faculdade!

A QUEM CABE O ÔNUS DA PROVA?

Culpado ou inocente uma verdade precisa ser lembrada aos acusadores e incrédulos: O ônus da prova parte do princípio que toda proposição precisa de sustentação, de provas para ser levada em consideração. Se tais provas e argumentos não são oferecidos, essa proposição não tem valor argumentativo e deve ser desconsiderada em um raciocínio logico.

O problema surge no momento em que se tenta definir a quem cabe o ônus da prova, e é nessa hora que muitas pessoas se confundem. O risco aqui é atribuir esse ônus para a pessoa errada, invertendo assim a lógica do raciocínio e destruindo a sua sustentação. Não só isso há também o risco de se presumir que certas proposições não necessitam de provas para serem consideradas válidas.

A inversão do ônus da prova é uma falácia muito comum em diversas discussões filosóficas, científicas e jurídicas. Exatamente por isso, é preciso ter muita atenção ao se julgar quem deve ser o responsável pela sustentação de um argumento. O pensamento lógico se dá por etapas, como se fosse a construção de um prédio.

Quando um andar está bem sustentado, partimos então para o próximo. Cada andar que é construído é também a base para o próximo andar. Sendo assim, cada etapa de um raciocínio é também base de outro. Quando um desses andares está sem sustentação, todos os outros acima dele também estão. E o prédio desaba, assim como o raciocínio ou uma afirmação (acusação) sem provas.

Sabemos então que o ônus da prova recai sempre sobre a proposição primordial, a base de todo o raciocínio lógico. Enquanto essa proposição primordial não for provada, todo o raciocínio deve ser desconsiderado. Porém mais uma vez, o funcionamento dessa ferramenta se assemelha a construção de um prédio. Quando uma proposição é comprovada, o ônus é transferido então para a próxima proposição.

Ou seja, quando o primeiro andar já está construído, a questão agora é a construção do segundo. E assim por diante, em um processo aonde o ônus da prova sempre é transferido quando suas condições são satisfeitas.

Vamos entender então, como funciona exatamente a questão do ônus da prova. Para isso, é preciso entender que todo raciocínio parte de um princípio. Vamos chamar esse princípio de "proposição primordial". Essa proposição pode ser qualquer coisa que não seja baseada em um raciocínio anterior. Pode -e deve- ser baseada em fatos, mas não em outra proposição. Em geral, são proposições que fazem um julgamento de valor a respeito de um conceito, definindo ele como verdadeiro ou falso.

Um exemplo de proposição primordial é gravidade existe. Pegamos um conceito existente, e atribuímos a ele um valor de verdade. Agora, o ônus da prova recai sobre a pessoa que afirmou que essa gravidade existiria. Vamos supor que nesse momento, outra pessoa questiona essa proposição, dizendo que "não há evidências que a gravidade existe". A quem cabe o ônus da prova nessa situação? A resposta, o ônus ainda cabe a pessoa que afirmou a existência da gravidade. A segunda pessoa só contrapôs uma não provada evidência ou suposição.

RESUMO DA CONCLUSÃO

A inversão do ônus da prova é considerada um dos mais modernos instrumentos para a correta solução das lides forenses, para casos específicos, na medida em que atribui a responsabilidade da prova aquele que tem melhores condições e mais facilidade de produzi-la ou aquele que tem o dever legal de proceder de determinado modo para agir em conformidade com a Lei (Como, por exemplo, o dever do Empregador de trazer a juízo os recibos que comprovem a entrega de Equipamentos de Proteção e Segurança - EPIs aos Empregados, quando estiver sendo demandado por Adicional de Insalubridade).

— Pergunta para ele.

Essa foi a única resposta dada pelo doutor "honoris causa" e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ser bombardeado com perguntas sobre se ainda acreditava que Marcos Valério estava mentindo, mesmo depois de o empresário afirmar que entregou provas ao Ministério Público que mostrariam o envolvimento do ex-presidente nos episódios denunciados.

Marcos Valério Fernandes de Souza é um empresário brasileiro da área publicitária, tornado nacionalmente conhecido em 2005 por seu envolvimento no chamado escândalo do mensalão. Operador do mensalão e condenado a mais de 40 anos pelo caso, o empresário Marcos Valério disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que entregou ao Ministério Público Federal documentos comprovando acusações feitas em seu novo depoimento, que envolvem o ex-presidente Lula no escândalo.

Entre os documentos, segundo a publicação, está o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que, de acordo com Valério, foram usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo. O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula.

Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse. Não há registro do que foi comprado com o dinheiro repassado. Em depoimento, Freud alegou que o recurso foi empregado em gastos com segurança da posse. Procurada, a defesa do empresário não detalhou que outros papéis foram entregues.

Em resposta aos que desqualificam suas acusações, Valério afirmou que os documentos foram entregues em setembro, quando falou à Procuradoria Geral da República. Numa breve declaração, queixou-se: "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá". Entendo que o nobre colega Vicente Cascione tem sobejas razões para ter escrito em seu Blog: “haja ventilador pra tanta m...!”. Concluo meu arrazoado texto escrevendo:

Toda essa merda que boia no lamaçal fétido que representa um comportamento espúrio esta sendo produzida por uma disenteria sem-fim da politicagem brasileira que, hoje, supostamente está (até que se prove o contrário) sendo orquestrada por uma força que se elevou acima dos bons propósitos de uns poucos políticos sérios e comprometidos com a lisura.

DEPOIMENTO DE MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA

Em depoimento à Procuradoria Geral da República, Valério contou que, em vez de gritar, Lula balbuciou um ‘ok’. Fez isso para avalizar verbalmente os empréstimos fictícios do mensalão. Depois, Lula teve despesas pessoais pagas com verbas de má origem, disse o operador do escândalo.

Quem acompanhou a reação do PT já sabe: Lula é o homem mais ético e honrado que o seu partido já conheceu. E Valério não passa de um reles condenado, um sujeito sem autoridade moral para atacar o benfeitor do Brasil. A artilharia petista não exterminou o problema. Mas transformou em pó crença dos eleitores e o discurso do PT.

O que vinha dizendo o PT? Três coisas: 1) O Supremo Tribunal Federal rendeu-se à pressão da mídia e virou um tribunal de exceção; 2) José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e até Delúbio Soares foram condenados injustamente. 3) O mensalão não existiu. Era caixa dois.

O que passou a sustentar o PT? Duas coisas: 1) Esqueçam aquele Valério genial, mago das finanças, recebido com honrarias nos gabinetes do partido e da República. O julgamento do STF fez dele um criminoso indefensável. 2) Como Lula não se envolveu com esse desqualificado, os cúmplices dele no PT e no governo são outros.

Marcos Valério quer botar a boca no trombone? Deixem o homem já desacreditado e condenado falar e gritar! Veremos no que isso vai dar. Esse é o meu sussurrado apelo. Ademais, quem irá acreditar em um resssentido, recalcado bandido que se aproveitou de alguns políticos MUITO BEM INTENCIONADOS e seriamente comprometidos com quem honra a honra?

Provavelmente esse NÃO É o pensamento dos que fazem (Comandam) o Partido dos Trabalhadores (PT), mas, certamente, também será o dos milhões de eleitores que, à boa-fé ainda acreditam que o Brasil NÃO É a "casa de mãe Joana".

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NOTAS REFERENCIADAS E BIBLIOGRÁFICAS

– Wikipédia, a enciclopédia livre;

– Jornal Folha de São Paulo;

– Jornal Hoje da Rede Globo;

– Todos os noticiosos que representam a mídia falada e televisiva;

– Blog de Vicente Cascione;

– Blog do Josias (Josias de Souza);

– Anotações e papéis avulsos do autor.