Que homem é o homem que não torna o mundo melhor?

Editorial junho 2009

Estive ultimamente vendo um filme: “Cruzada”, e uma frase me fez pensar: “QUE HOMEM É O HOMEM QUE NÃO TORNA O MUNDO MELHOR?”

É tremendamente cômodo não intervir, quando chamados à responsabilidade de cidadãos. Nós estamos nos acostumando a não fazer nada, a não ser nada e não colhermos nada. Afinal, de que adianta? ´?E melhor sermos omissos e não nos comprometermos com nossos “amigos”! Afinal não vamos mudar nada mesmo... O caminho da mudança nunca foi um caminho fácil. O “caminho mais fácil” é o caminho do medo e da covardia, mas aquela covardia permeada de cinismo que diz: “Se todo mundo faz... por que não eu?” Porque não compactuo com SAFADEZA! Deveria ser esta nossa resposta instintiva e indignada.

Com que cara deslavada, caso ajamos com esta sem vergonhice, poderemos encarar no outro mundo, pessoas como nós: Gandhi, Martin Luther “King”, Winston Churchil, Dom Hélder Câmara... Somente para citar alguns. Como estaremos no meio deles? Ou mesmo no céu (todos nós vamos prá lá um dia), continuaremos a ser “DALITS”? Como seria quando iniciassem as perguntas de praxe: “E aí amigo, como você se saiu? Fez algo para mudar o mundo?” e outro ainda completasse amorosamente: ”Você não se omitiu, não é mesmo?”. Nossa resposta com certeza será titubeante: “Bem... eu... sabe como é... não era de minha alçada...” quando olharmos para os rostos à nossa frente, completaremos: eu não tive o poder para mudar nada!” Nossos interlocutores, certamente, entre sorrisos benevolentes, dirão: “Realmente esperamos muito do amigo... a mim coube tornar a Índia livre sem guerras...” Um outro completasse: “eu tive um sonho e morri por ele, mas Obama o realizou...” o senhor gordo do charuto falaria gentilmente: ”Minha parte foi salvar a Inglaterra da destruição total, mesmo me custando os amigos...” o último completaria com um sorriso largo: “Não se preocupe meu filho. Eu nunca cheguei a Cardeal, mas também nunca me calei...” se até aí nós ainda não estivermos caindo em prantos de vergonha, iremos argumentar: “Eu não tenho o cacife dos senhores...” A resposta virá contundente, absoluta, cristalina: “Era apenas para ser honesto! Não concordar com os erros alheios. Ser amigo do certo, nada mais...” O ápice da vergonha virá quando nossos avós perguntarem tristemente: “Que fizeste com nossos nomes?”

Nossa consciência, aquela mesmo que quando não queremos ouvir não se cala nos dirá: ”QUE FIZEMOS COM NOSSO NOME? Que mundo estamos deixando para os nossos descendentes? Fomos covardes, frouxos, concordamos com a “Lei do Gérson”, concordamos com falcatruas e trambiques, demos nossos pequenos golpes nos trocos e nas passagens dos ônibus, já que “todo mundo faz...”

É por não podermos concordar que o mundo não tem jeito. É por ainda acreditar nos caráter de pessoas de bem, que não nos entregamos à tentação de uma vida fácil, vendida a “trinta dinheiros”. Que não podemos e não queremos nos ver como uma chusma de famélicos em busca de mamar nas “TETAS PRÓDIGAS DO PODER”. Não iremos vender nossa dignidade e nossa consciência. Seremos grandes por sermos fortes e seremos fortes por sermos DIGNOS. Isto é a Associação Guararapes de Amigos do Conjunto Residencial Ministro Marcos Freire e Adjacências.

“Que homem é o homem que não torna o mundo melhor?”

Barbalho
Enviado por Barbalho em 19/01/2013
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