VOZ QUE CLAMA NO DESERTO

“VOZ QUE CLAMA NO DESERTO”

Quase diariamente encontro conhecidos meus, senhores idosos, respeitáveis matronas pela rua pajeando um cãozinho com toda paciência. “Meu Deus, que falta de sentido de vida!”, exclamo então para os meus botões. “A pessoa trabalha um vida inteira, pra depois se aposentar e virar babá de cachorro? Que triste fim!

Eu sei que muitos vão me criticar, mas não faz mal. Não é por isso que vou deixar de expor meus pensamentos, meus pontos-de-vista e até minha revolta diante de fatos com estes, de tantos absurdos vistos, lidos e ouvidos. Sei também que muita gente comunga os meus pensamentos, mas por medo ou vergonha de ser diferente, de ser criticada, se acomoda e se deixa levar pela onda.

Não me importa o fato de ser uma “voz que clama no deserto”, mas não posso ficar indiferente a esse modismo estúpido (pra não dizer nojento) de tratar cães e gatos como se fossem gente, membros da família, recebendo beijos carinhosos e toda sorte de atenção devida a um filho: roupinhas da moda, caminhas fofinhas, rações caríssimas, festinhas de aniversário e sei lá quantas babaquices mais.

Não sou contra a adoção de um animalzinho de estimação. Dizem até que a zooterapia é forte auxiliar no tratamento de certas doenças. Mas que o animal seja tratado como tal, sem passar dos cuidados devidos a sua saúde e higiene!