EXPLOSÃO À ANTIGA...

--- Prô... Quando vai ser a sua prova? Será tipo teste ou haverá

questões dissertativas? Não vai cair tudo o que o Mestre deu, né?

Questionamentos deste tipo são comuns nos diversos cursos que vigoram atualmente na área de ensino do país...

Para aqueles mais antigos, que conviveram com estudos que eram moldados pela liderança dos professores, que eram tratados por senhor ou senhora e que detinham o poder para decidir TUDO o que dizia respeito à docência, soa como uma agressão, um desrespeito àqueles encarregados de propiciar ensinamentos aos discípulos.

Os Mestres, como únicos responsáveis pelos ensinamentos e pela forma que deveriam proceder para angariar a captação daquilo que repassaram aos alunos, tinham total autonomia para decidir qual seria a melhor forma para avaliação...

Os tempos mudaram, as rédeas mudaram de mãos... Hoje, com o ensino quase que igualado a um comércio, onde se vende ensinamentos e não se transmite ensinamentos, vigora o poder aquisitivo e aqueles que têm condições de manter seus dependentes em ensinos mais elevados, com instalações, corpo docente, segurança e pessoal administrativo, ditam as regras do ensino da instituição!

Para uma indagação como a que encabeçou o inicio deste trabalho, qualquer resposta que não seja um esclarecimento ao que foi de forma, analisada ao pé da letra, indagada com um pouco de velada grosseria, coloca literalmente a cabeça do antigo endeusado Mestre a prêmio!

Imiscuídos entre discentes que procuram um bom aprimoramento naquilo que se propuseram seguir em sua vida profissional (casos raros atualmente, a bem da verdade...), os ‘festeiros, paraquedistas, não estão nem aí, etc.’ são ‘useiros e vezeiros’ em literalmente malhar os Mestres e até colegas de turma que ‘ousam’ tratar bem os docentes, colegas de turma, funcionários (desde aqueles que ocupam posições mais humildes aos que ocupam posições de maior destaque...) e até servidores terceirizados que pouco ou até nada interferem no cotidiano da instituição!

Algumas vezes estressadíssimos pela ‘caça ao tesouro’ que são obrigados fazer em virtude da época de total capitalismo selvagem que vivemos, alguns Mestres ‘engolem sapos, cobras e lagartos’, buscando aqui e ali, condições psicológicas que permitam que não explodam e ‘chutem o pau da barraca’, expondo-se ao perigo de serem colocados à margem, em virtude da total parcialidade em prol daqueles que pagam em detrimento a eles, que recebem...

Porém, há ocasiões, que o espírito que norteava a atuação no relacionamento docente-discente ‘dos antigamente’ recai sobre alguns Mestres que resolvem, à revelia de uma possível retaliação que venham enfrentar com sua atitude, ‘enfrentar de igual para igual’, as demonstrações de falta de respeito, o desinteresse, demonstradas de forma inequívoca pelo entra e sai nas salas de aula, o constante atendimento ao toque dos celulares, o uso indevido de funções internáuticas, o bate-papo infindável, as perguntas não pertinentes com o assunto que está sendo abordado.

O Mestre, no âmago de sua revolta, não consegue conceber que o universo de inteira competência docente, seja invadido pelos discentes, que resolveram interferir, de forma quase nunca coerente, com a forma de condução dos ensinamentos, com o teor daquilo que lhes é transmitido e até, da forma que será medido o seu conhecimento!

E então, este saudosista, num rompante de fúria incontrolável, no qual não há o mínimo desejo de mensurar o que advirá, recorre a uma EXPLOSÃO À ANTIGA, numa tentativa de resgatar valores colocados tão em segundo plano nos dias atuais.