Corrida contra o tempo

O “Tempo” sem dúvida sempre foi um obstáculo a ser superado, o problema é que contemporaneamente parece que o mesmo passou por certa aceleração, nos dando a leve impressão de que está passando mais rápido do que o normal.

Há quem diga que isso seja efeito da própria evolução humana, onde os as horas, os dias, os meses, os anos, estejam sendo poucos para a execução de inúmeras atividades. Ainda assim, percebe-se que essa possível aceleração seja apenas consequência do acumulo de ações que foram advindas do processo intelectual ascendente do próprio homem.

A agonia e a impotência do “ser enquanto dono do próprio Tempo” em muitas vezes não acompanhar tal processo tem sido motivo de preocupação constante, pois, no corre-corre do dia-a-dia o desgaste físico e psicológico vem moldando as pessoas em um ritmo onde ter Tempo para a família, para o lazer, para o descanso, entre outras coisas, vem sendo deixado sempre para último plano.

Em alguns lugares percebemos que as pessoas respondem a pressa com mais pressa e não param para tentar equilibrar essa desenfreada sensação de “rapidez do Tempo”, talvez o próprio processo capitalista de mover o mundo tenha decodificado isso em nossas mentes. Ao refletirmos a frase “tempo é dinheiro” nos submetemos a ideia de que não é interessante desenvolver atividades que não tragam certa lucratividade, e assim, nos prendemos mais uma vez ao lema onde a “corrida contra o tempo” se faz necessária.

Vive-se tempos em que 24 horas não tem sido o suficiente para um turbilhão de ações, as quais a tendência é só aumentar. Sendo assim, pode-se até pensar que o Tempo está passando rápido, mas, é apenas impressão. “O período de rotação da Terra aumenta cerca de 0,002 segundo por século, ou seja, serão necessários 100 mil anos para que ele aumente 2 segundos. Portanto, a velocidade de rotação do globo não influência de maneira real a passagem do tempo para nós”, esclarece Adilson de Oliveira, doutor em Ciências e professor associado do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), autor de A Busca pela Compreensão Cósmica (Edufscar).

Compreende-se dessa maneira que é preciso aprender a controlar o tempo, talvez, não seja o Tempo exterior, mas, o Tempo interno do próprio homem, já que uma vez escolhemos viver nesse ritmo acelerado da contemporaneidade.

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 16/06/2013
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