O CAOS ANUNCIADO, POR QUÊ E PARA QUÊ

O CAOS ANUNCIADO, PORQUÊ E PARA QUÊ.

FlávioMPinto

No fim do ano passado-2012, o ministro da Casa Civil, sem que lhe fosse perguntado, declarou em entrevista que...” no ano que vem o bicho vai pegar!”. Como ninguém da imprensa havia perguntado nada, também não questionou a afirmação. No entanto, a frase foi dita num tom de que algo estava em gestação.

Neste ano-2013- a mídia revelou as atividades de 5 agitadores atuantes ligados a radicais políticos e lotados na Casa Civil.

Em junho os protestos levantaram o país e a conta então fechou.

Soube-se depois que o tal MPL-Movimento Passe Livre possui fraternais ligações com determinado partido político, inclusive com a identificação do IP do site que coordena a bagunça e seus donos, militantes partidários.

Ante os abusos de marginais de toda espécie nos protestos, dizem que não mais os convocarão. Mas vale dizer que foram os causadores do caos.

O movimento começou apartidário, no entanto radicais ligados a partidos políticos tentaram tomar as rédeas e foram rechaçados e assim foi até a identificação dos reais responsáveis pelo movimento.

O caso é que os protestos populares que fugiram ao controle dos organizadores deram toda motivação que o governo, para não dizer a seu partido político, precisava para decretar um verdadeiro golpe branco no país, a começar pelo controle da mídia e passando pela importação de médicos cubanos em massa, tal como ocorreu na Venezuela e no Chile de Allende. Além de bisturis trouxeram armas. Não podemos esquecer.

E o que desejavam acabou acontecendo: uma convulsão social sem precedentes na história do país, bem ao gosto dos golpes marxistas. Convulsão social e implantação das reformas. Muita violência e aparente falta de controle da situação. Mas seu objetivo foi atingido: mexer com as estruturas e iniciar as reformas que desejam, particularmente na área de segurança, educação e saúde, não esquecendo o controle social, inclua-se aí a mídia que tudo vê e mostra.

É preciso mexer com essas estruturas para alterar a ordem social que pretendem.

A gestação do golpe branco já foi iniciada e é irreversível, a não ser que outra convulsão social o impeça.

No conserto do estrago ou sua justificação, a fala da atual presidente na TV insalubre, monocórdia, sem a mínima vibração ou remorso, revela claramente seu desconforto, não com os protestos, mas na imposição de ter que justificar á Nação os acontecimentos. Pareceu que foi mandada ler no teleprompter e cumpriu a missão a contragosto.

A recordar, o primeiro teste para as massas foi aprovado com a falsa notícia sobre o Bolsa família e agora sua mobilização efetiva. Num os mais pobres e devedores do governo e noutro a parcela mais esclarecida da população.

Os testes foram efetivos embora alguns bandidos tenham tumultuado e dando mostras do que podem fazer em situações de descontrole popular.

Mas não deixam de posar de vítimas alegando, já na Internet com um abaixo assinado, de que há um golpe da burguesia a caminho. É seu modo de agir. Não fogem dele.

O país está se revelando no momento certo para a implantação dos conselhos populares tão ao gosto do partido que está no poder. Conselhos tão amplos que abrangem desde relações exteriores a segurança e justiça.

Será um Deus nos acuda quando isso acontecer.

Agora, porém, parece que o movimento rachou: atropelados pela massa que deseja mudanças em outras áreas além do passe livre, os organizadores altamente politizados e ligados a partidos, decidem não mais convocar protestos, mas são novamente pautados pelas massas que os rejeitam, pois apresentam pautas de esquerdismo extremista, que a sociedade claramente repele.

O Brasil dos protestos clamou por ordem, justiça, saúde, educação, melhor infraestrutura, menos corrupção, enfim, precisamos refundar o país em bases democráticas, transparentes e livres.

Embora estejamos longe de identificar as verdadeiras consequências dos protestos, não podemos esquecer que a memória do brasileiro é muito curta e, possivelmente, daqui a um mês ninguém mais lembre dos protestos e para quê.