INVISÍVEIS

Mundo globalizado, super população, demandas variadas, consumismo, competição, acirramento da violência urbana, desigualdades sociais, extremada corrupção, impunidade, caos urbano, imigrações, insatisfações, cansaço...exaustão! Atos de uma mesma peça: Um homem, seu tempo, seu espaço! Invisibilidade! Será que estamos nos tornando cada vez mais insensíveis? Já não conseguimos nos emocionar mais diante de tantos infortúnios, tanta barbaridade, crueldade; o perigo é esta frequencia naturalizar este sentimento. Não estamos olhando mais para os lados, pois a pressa exige respostas imediatas para os nossos interesses pessoais, quando não uma checada instantânea em derredor para nos certificar que não estamos sendo perseguidos, acompanhados à espreita pelas ameaças cotidianas. As expressões da derrota humana não se escondem mais, estão debaixo de nossos narizes, resolveram se expor como consequencias do egoismo, do individualismo, do "salve-se quem puder". E as políticas públicas? Uma ou outra medida paliativa, remediadora que não atinge o cerne da questão. A indiferença é pior que o Ódio; maltrata, humilha, despreza, isola. E todos nós, enquanto sociedade, lamentavelmente nos comportamos assim, viramos as costas por não ser nosso o compromisso, a responsabilidade. Não consigo imaginar a dimensão do sofrimento de quem vive em situação de rua; é uma realidade que ainda não experimentei, teoricamente sei verbalizar aquilo que observo, e sofrendo um pouco quando tento me colocar no lugar destes sujeitos "inexistentes".

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 16/08/2013
Código do texto: T4437711
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