Feminismo Funkeiro!

Eu sei que o assunto está velho,mas infelizmente não deu para postar antes,porem eu não poderia deixar de enviar sobre,já que é um tema bem controverso "Funck é cultura",no pais onde eu moro realmente nem deveria ser discutido isto,pros estrangeiros não tem duvida nenhuma disso,e para os políticos e cia daqui também não,então não sei da polemica; Não nego que de inicio da uma certa graça entre outros,porem pensando melhor até faz sentido,com o desenvolvimento do Brasil a cada ano,ser relacionado Funk e especificamente o carioca (nacional),ao Feminismo de todo não é indiferente,pois as "cachorras" representarem as percursoras da classe lá do passado,realmente combina com o termo Feminismo, como mulheres de todas as idades se portarem como "bonecas sexuais", da orgulho para as primeiras que saíram nas ruas em protesto e se arriscaram a ter igualdade com os homens (machistas);Não pensem que estou sendo irônica ao comentar e sim em defesa do movimento (risos),afinal qual o problema de confundir alho com bugalho?,liberdade com libertinagem?,não faz a minha diferença não é mesmo?;Eu não me considero feminista e nem o contrário disto,porem se fosse pra ser representada por alguém,não seria nem por aquelas submissas do passado,tão pouco pelas cortesãs do presente,o problema é que as pessoas não sabem dosar,é açúcar ou sal e nunca um pouquinho dos dois,no fundo as feminista tem medo de admitir que são de certo modo a favor do machismo e vice verça,eu tenho a minha opinião formada a respeito,(não gosto deste gênero musical e nem semelhante,que isto não vem ao caso agora),mas depois de tanta coisa que somos submetidos,que não da mais para se impressionar (ficar chocado) com mais nada,porem nem aceitar tudo o que nos empurram,de todo o modo é rir da situação ou ver no que vai dar,afinal no estrangeiro se estuda Lady Gaga e aqui Valesca Popozuda (risos).

Observação: Após dar a noticia a apresentadora de tv,deu o seu depoimento contra,que acabou gerando a indignação da estudante,quanto do "objeto de estudo" a cantora Valesca P.,mais detalhes eu comento no meu blog.

(Autoria: Violeta Azul)

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Aluna passa em 2º lugar em mestrado com projeto sobre Valesca Popozuda

Mariana Gomes agora é aluna de Cultura e Territorialidades da UFF, no RJ. Projeto discute ideia de que funk seria o último grito do feminismo.

Mariana Gomes, de 24 anos, passou em segundo lugar na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, com o projeto “My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural. Entre os objetivos do projeto está a desconstrução da ideia de que o funk seria o último grito do feminismo através das músicas de Valesca Popozuda, Tati Quebra Barraco, entre outras. Recentemente, Valesca foi escolhida como patronesse de uma turma de calouros de Mariana.

A ideia do projeto começou a surgir em agosto de 2008, quando a estudante ainda cursava a graduação em Estudos de Mídia, na mesma universidade. Ao estudar o funk e a sociabilidade da classe trabalhadora no município do Rio, ela visitou bailes funks em lugares como a Rocinha, na Zona Sul, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e na Ladeira dos Tabajaras, também na Zona Sul.

“Eu fui observando que havia poucas mulheres cantando e que este papel ficava com os homens. As mulheres só estavam presentes dançando e quando havia erotismo. Parecia que não tinha espaço para a participação feminina em outros assuntos. E o público do baile é em sua maioria feminino”, explica a mestranda. A pesquisa deu origem ao seu projeto de conclusão de curso intitulado "Melancia, Moranguinho e melão: frutas estão na feira - A representação feminina do funk em jornais populares do Rio de Janeiro."

Ao longo do curso, a aluna pretende discutir se as letras de funk cantadas por Valesca Popozuda e outras intérpretes do gênero são um caso de libertação feminina ou apenas um atendimento da demanda do mercado erótico.

“A MC Dandara, que escreveu “Funk de sainha”, sucesso gravado pela Valesca, escreve músicas de protesto, como o rap “Nossa banheira”. É uma música muito politizada. Mas ela precisa escrever músicas para vender. Então é possível que o erotismo nas letras de funk seja um fator mercadológico. A questão do corpo é o que mais me interessa. A relação entre feminismo e erotismo é perigosa, inclusive para a Valesca. Ela se diz feminista, mas será que é mesmo?”, questiona Mariana, reiterando que em uma das músicas, a cantora de funk diz Mulher burra fica pobre/ Mas eu vou te dizer/ Se for inteligente pode até enriquecer/ Por ela o homem chora/ Por ela o homem gasta/ Por ela o homem mata / Por ela o homem enlouquece / Dá carro, apartamento, joias, roupas e mansão / Coloca silicone / E faz lipoaspiração / Implante no cabelo com rostinho de atriz / Aumenta a sua bunda pra você ficar feliz.

Segundo Mariana, as letras trazem o valor da mulher interesseira. “A cantora afirma o corpo como espaço de liberdade, mas ele pode ser uma prisão, neste caso, porque o objetivo é conseguir bens materiais. Não chega a ser uma prostituição, mas é um jogo perigoso”.

Abertura na universidade:

A aprovação da aluna em segundo lugar no curso com o tema e escolha de Valesca Popozuda para patronesse de uma turma de Estudos de Mídia indicam uma abertura na Universidade Federal Fluminense para um assunto que nem sempre foi acolhido pelo mundo acadêmico.

"Aquela turma ter escolhido a Valesca foi uma atitude ideológica. Estamos aqui para dizer que não existe baixa cultura. A minha turma escolheu o Saramago [José Saramago, escritor português morto em 2010]. Colocaram os dois em pé de igualdade, talvez para mostrar que a hierarquização da cultura só é prejudicial para a discussão", considera a estudante.

Pronto falei:

Reforçando a discussão da hierarquização da cultura, a jovem lembra das expressões "pronto falei" e "vou confessar que" utilizadas pelas pessoas que dizem que gostam de funk. "É comum você ouvir: vou confessar que gosto da Valesca. As pessoas já sabem que serão julgadas, ou elas mesmas se julgam. É importante quebrar este paradigma de séculos. Fazer isso vir à academia é muito importante", encerra Mariana.

(Isabela Marinho | Do G1 Rio)

http://www.recantodasletras.com.br/autores/vanessaz & http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/04/aluna-passa-em-1-lugar-em-mestrado-com-projeto-sobre-valesca-popozuda.html
Enviado por Violeta Azul em 29/08/2013
Reeditado em 29/08/2013
Código do texto: T4457455
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