Helicóptero policial - suas rotas

As rotas do patrulhamento em helicóptero nas atividades de rotina devem ser planificadas à semelhança dos traçados viários da sua área de atuação, com ênfase sobre os trechos habitacionais mais adensados e com movimentações flutuantes, considerando dias, horários e circunstâncias, articuladas com o policiamento terrestre e patrulhamentos afins.

O Helicóptero ou autogiro, modernamente, é o sistema móvel mais versátil que qualquer polícia possa conceber como meio de apoio e fator operacional, contudo, sem jamais desarticular ou desmobilizar os demais equipamentos de locomoção em uso, para que não haja retrocesso, como ocorreu em relação às cavalarias das polícias, que passaram a sofrer redução, inclusive desativação, quando do princípio da então concepção generalizada do automóvel, cuja máquina já chegava com a cara de progresso, isto, nos meados da década de vinte pretérita (século XX), marcada por uma frase clássica que simbolizava uma política do então governo federal: “governar é construir estradas”, fazendo generalizar o uso do automóvel nas nossas vias terrestres. Reparando o então erro administrativo verificado na segurança pública, ultimamente o policiamento montado vem assumindo sua importância no concerto das políticas de segurança pública, à medida que vão compreendo que para cada terreno existe um tipo de transporte policial efetivo e adequado, sobretudo, em algumas operações, principalmente, em razão das peculiaridades do piso e largura de algumas vias ainda não alcançadas pelo processo de urbanização. De um modo geral, apesar do crescimento da indústria automotiva, o cavalo continua sendo símbolo da força e sempre haverá espaço reservado à sua participação no progresso da humanidade, como assim também coexiste o mais antigo meio de locomoção que é o trenó, sem que seja considerado ultrapassado, mesmo que, algumas versões mais conservadoras ainda mantenham características originais, mas ainda subsistem como transportes, sobretudo, em razão da via.

Uma vez decidida pela utilização do helicóptero como seu próximo equipamento de apoio às atividades de segurança pública, quando do processo de concepção e escolha do tamanho e do tipo dessa aeronave que mais possa se adequar à grandeza do projeto do seu novo serviço policial ou afim, a princípio, devem levar em consideração, a natureza da estrutura e à destinação da instituição, e que as características do aparelho possam atender convenientemente às peculiaridades do serviço e suas fronteiras territoriais, de forma a ser justificada a relação custo-benefício, valorizando a decisão do administrador. A aeronave deve apresentar espaço que comporte um efetivo básico de um grupo tático e seus equipamentos e armamentos, inclusive, um mínimo de armas consideradas de alta resolução ou a aparelhagem peculiar a outra diligência, com a possibilidade de comportar ou adequar espaço para eventual resgate de feridos ou quem tenha fenecido e a segura condução de elementos presos, além de ser apropriado às evoluções que a equipe pode assumir para desencadear suas atividades sem a necessidade de qualquer aterrissagem, desembarcando ou não. Portanto, o modelo a ser concebido tem que atender à complexidade da atividade policial específica ou qualquer outra similar, portanto, o vulto das operações e a natureza do serviço são os que ditam o tamanho e outras características da aeronave a ser adquirida. O projeto ainda poderá constar se a máquina será equipada ou não com instrumento para executar voos noturnos com instrumentos (IFR). Há sempre um helicóptero à sua espera. Por se tratar de uma máquina de elevado investimento financeiro na aquisição e de alto custo operacional entre outras despesas agregadas, não se pode fazer uma aquisição de um modelo qualquer, apenas porque existe garantia de pronta entrega. Esta precipitação pode gerar uma série de especulação pública e insatisfações internas. É prudente aguardar um pouco mais para não se mostrar muito limitado quanto às operações policiais aéreas, apesar do alto investimento, frustrando a expectativa da população e futuramente da corporação. Em resumo, a aeronave deve apresentar características que respondam com eficiência a autonomia de voo, velocidade cruzeiro, espaço interno útil, versatilidade quanto às manobras aéreas, pouso, decolagem, resistência, durabilidade, garantia, fácil manutenção e boas condições de pilotagem. Estamos nos referindo quanto ao modelo adequado à demanda operacional. Reconhecidamente, todo helicóptero é resultado de grandes projetos e com elevada tecnologia de ponta, existindo sempre um tipo para cada serviço.

Quanto ao fator helicóptero, indiscutivelmente, ele pode ser considerado o mais pulsante meio de locomoção, revolucionando o patrulhamento da policia, o qual pode compor qualquer operação policial, ostensiva ou reservada, desde o pronto emprego ou atividades de rotina, a uma implacável perseguição contínua aos fugitivos, independentemente da topografia do terreno, enquanto que espaço aéreo é transcontinental, obedecidas as normas aeronáuticas. Desempenha com muita propriedade, as funções de batedor de algo muito relevante, o qual deve ser transportado através do tráfego terrestre, fluvial, marítimo, lacustre, ferroviário ou onde for, inclusive aéreo, fazendo com toda segurança, como é o caso do translado de presos de elevado risco; esta diligência que se faz com bom desempenho, ocorrerá sem a mínima vulnerabilidade, considerando o efetivo apoio do helicóptero, portanto, com garantia de segurança para quem se locomove pelas vias utilizadas, em razão de poder sobrevoar nas mais diversas posições contíguas à viatura patrulha de qualquer espécie ou comboio policial, fazendo por uma lateral mais conveniente, preferentemente à direita quando se tratar de tráfego terrestre ou em função da projeção dos raios solares, podendo ir mais à frente ou atrás, avançando ou recuando para atender às situações, elevando-se ou se aproximando verticalmente, tudo conforme seja necessário explorar mais a rota e observar aqueles que se afastam ou se aproximam por qualquer sentido, longitudinal ou transversal, além de manter constante comunicação com a composição térrea, podendo ainda informar a real situação reinante à vanguarda.

A atividade da policia em helicóptero vai de uma simples observação a um cerco ou ato policial de captura; observa o mais leve movimento na via pública, acompanhando o menor deslocamento num inacessível esconderijo em áreas privadas ou de difícil acesso em razão do relevo e de outros obstáculos, dominando a situação; pela altitude, a distância de visibilidade é ampliada. Identifica pontos de incêndio distantes, congestionamentos e fluidez comprometida, detecta sítios de acidente de trânsito, localiza áreas ocupadas por elementos desocupados, acompanha movimentos de massa em marcha ou concentrada em algum local. Aterrissado ou pairando em um local de qualquer ocorrência, a máquina alada prontamente pode iniciar uma rápida manobra radical para qualquer direção em que um novo ponto objetivado possa se encontrar, seja na terra, na água, no espaço aéreo, no meio social ou em qualquer estrutura física. A manobra radical é uma das grandes características do helicóptero; pode estabelecer o mais curto caminho entre pontos equidistantes e relacionados com seus objetivos ou destinos, praticamente, sem a menor concorrência de nenhum outro transporte convencional atual, exceto, em áreas onde o tráfego aéreo já se encontre congestionado, mesmo assim, pode ser orientado pelas torres de controle, até porque segurança deve ter prioridade, pois qualquer deslocamento pode ser entendido como serviço em caráter de urgência e como sobrevoa em qualquer altitude, é bem possível compatibilizar com outras máquinas de vôo sem prejudicar o tráfego aéreo num mesmo instante.

Por ser uma máquina aérea versátil pode elevar-se o suficiente para alargar a amplitude do seu cone de visão vertical e horizontal, visão de águia, permitindo maior poder de observação, domínio, acompanhamento, fiscalização, campana, visualização, coordenação, etc; quem vê do alto vê melhor. Pousa em qualquer terreno, dispensando heliporto, aeródromo ou qualquer edificação específica, como também suas operações de aterrissagem e decolagem independem da existência da “biruta”, dispensando-a.

Para o que pode desenvolver como equipamento do serviço policial, justifica o valor do seu investimento, porém, é dependente de uma boa e obrigatória manutenção onerosa e exige tempo no hangar como qualquer uma grande aeronave, portanto, deve ser de emprego muito mais estratégico do que tático. Ainda que qualquer infração seja de interesse da segurança, não será coerente que se utilize qualquer aeronave para perseguir batedor de carteira ou cousa assim, a pretexto de mostrar serviço. Deve existir muito critério e disciplina Na sua utilização, pois se mostra muito vulnerável quanto ao desvio de finalidade para direções inescrupulosas e de pretextos aparentemente bem intencionados dada sua grande flexibilidade que o torna cobiçado para satisfação pessoal. Sem critério de emprego, o uso irregular do helicóptero pode assemelhar-se à utilização de uma máquina agrícola, o trator, cujo operador o utiliza até para comprar uma caixa de fósforos, de forma que dele não se afaste e nem perca a pose. Como são situações factíveis, estes defeitos e outros vícios devem ser plenamente coibidos preventivamente, a partir da estrutura ética dos que fazem o contingente, demonstrando durante a seleção. Todo movimento desta aeronave deve ser dimensionado para permitir alcançar o máximo de resultado, pelo aproveitamento da menor manobra, sempre em benefício da segurança, afinal, o helicóptero não é uma máquina feita só para voar, mas, voar a serviço, pois, o movimento das asas rotativas tem seu preço. Qualquer decolagem, saindo do seu hangar ou cousa assim, deve ser precedida de autorização e sempre de uma única autoridade, exceto quando se tratar de operações pré-planejadas, com planos de vôo detalhados e homologados pela chefia, mesmo assim, fazendo as comunicações de praxe, para os devidos controles.

Comungando-se altitude, velocidade e coordenadas é possível que a notável máquina aérea em um único sobrevoo possa se tornar visível e influente na segurança de uma grande população de uma cidade de médio porte, em pequenas frações de tempo; portanto, é mesmo um veículo bastante versátil e quase onipresente, eficiente, mais do que isto, resolutivo. Portanto, pelo tipo de voo, perícia e estratégia do comando da máquina, é possível que ela seja notada num grande raio, dando evidência de sua existência e sua importância, repercutindo no interior de cada um, conforme os diversos objetivos junto à segurança; em uns, causando sensação de confiança e alívio, em outros, inibindo e refreando suas más intenções. O helicóptero a serviço da segurança, efetivamente, ainda viabiliza o exercício de operações com finalidades sinérgicas, através de propostas distintas; umas dirigidas à população que comunga com a tranquilidade, recebendo uma mensagem de leve estratégia de defesa e de preservação, animando-a; outras enviadas ao público potencialmente delinquente e apresentadas através de uma moderada demonstração de poder, como sugestão inibidora e modificadora de comportamento, levando à reflexão. Geralmente, as mensagens pesadas da polícia devem ser dirigidas ao mundo delinquente, pois a população assimila facilmente pelos resultados alcançados. Clique em “Demonstração de Poder” para conhecer mais.

O helicóptero contribui para agilizar uma boa fiscalização, coleta e checa informes, produz informações, inibe comportamento insidioso, cobre e apoia operações, reforça o poder de um binóculo, filma, fotografa, expressa confiável segurança, produz as mais diversas diligências, inclusive, investigativas diversas; em vôo sobre um eixo longitudinal de uma rodovia acompanhando veículo sob controle detém automóvel com fugitivos, em muitos locais menos fechados é possível prender até elementos em fuga a pé, emite orientações para um esquema policial terrestre numa determinada área, enquanto articula sistema de patrulhamento motorizado integrado numa mesma operação. Pela perícia do comando da equipe e do piloto, conservando a aeronave numa posição estratégica em relação a um objetivo, pairando ou em movimento, é possível manter qualquer alvo sob observação, sem deixar ser notada a sua diligência, ainda que o aparelho seja visível por todos os segmentos, no entanto, mantendo a operação camuflada.

Na verdade, o helicóptero é um transporte que quase não reconhece barreiras para o perfeito desempenho da atividade policial, exceto aquela relacionada com a sua autonomia de vôo, em função do seu reservatório de combustível. O limite está no poder de criatividade da chefia geral e da equipe de serviço, na estrutura de cada organização e na segurança do espaço aéreo sob o controle do órgão federal específico. Quanto às rotas, estas podem ser dinamizadas, fazendo aumentar a confiabilidade e o seu poder de influência junto ao público de uma região considerada. Conhecendo o poder de articulação de um helicóptero é impedido de ser utilizado empiricamente.

Para efeito de aplicação, talvez em algumas oportunidades de vôo a maior distância ou caminho entre dois pontos seja a reta, portanto, em situação normal, a hipotenusa torna-se o espaço mais longo entre dois extremos, considerando o que pode ficar de positivo em cada manobra mais angular sobre vias ortogonais, aumentando um pouco mais o percurso, consequentemente a vigilância; isto o povo agradece. Para o melhor aproveitamento desse equipamento aéreo, o qual é muito eficiente e verdadeiramente oneroso, é sempre recomendável considerar o direcionamento dos seus percursos, priorizando artérias de tráfego terrestre ou outro polo gerador de aglomerações, como é o caso das praias e qualquer logradouro público movimentado, sempre em razão dos motivos que o levarão ao espaço, com acatamento à normatização específica. Nada é mais importante do que o helicóptero ficar em sobrevoo num ponto estratégico e próximo a um ajuntamento público, sendo interpretado por muitos, de que todos ali estão sendo observados e que prontamente pode conter a menor reação de qualquer indivíduo do grupo em terra, e, na verdade é possível, ainda que esteja num plano vertical mais elevado, porém se mantém articulado ao sistema de patrulhamento terrestre.

Outro aspecto relevante é a concepção de critérios técnicos para o estabelecimento de suas bases em relação à sua área de operação, devendo levar em consideração os fatores da sua destinação local específica, por exemplo: se o helicóptero tem uma atividade no âmbito do complexo rodoviário, quer seja afeta ao tráfego, quer de patrulhamento ordinário; para indicação de sua base deve observar as extensões daquelas rodovias e seus pontos críticos dispersos no trecho fiscalizado; se a função é estrita a estabelecimentos específicos como presídios, condomínios residenciais, conjuntos habitacionais, segmentos de unidades bancárias, regiões fronteiriças, etc., o local mais indicado como base, realmente, será sempre o centro geográfico de cada um desses equipamentos, podendo ser estabelecidos centros geográficos mediantes o traçado de coordenadas. Se a base situar-se em local relativamente ocupado por habitações ou outras construções, quando das constantes operações de decolagem e aterrissagem, o piloto deve esforçar-se para que as rotas nunca iniciem e nem terminem sempre sobre as mesmas construções, mesmo que tenha que observar a direção do vento, porém, fazendo sempre quase que horizontalmente, aproveitando o grande poder de manobra da máquina, quando já no alto toma a direção desejada, de forma a não saturar sempre as mesmas pessoas pela poluição sonora, evitando causar problemas para a saúde dos moradores mais próximos e não interromper constantemente as suas atividades normais de rotina. A poluição sonora e a percepção da frequência do voo são muito estressantes.

É necessário tirar proveito de qualquer mobilidade e do poder das manobras radicais, tendo sempre o cuidado de entender que, o ponto de equilíbrio entre o investimento, manutenção, operação e emprego nem sempre está localizado na linha reta das movimentações do helicóptero que une dois extremos, ou seja, a leitura mais indicada é aquela que define que a melhor ou menor distância entre dois pontos não é a reta, é a rota. A rota sempre está vinculada a uma cadeia de acontecimentos em potencial, pois, deve-se admitir que o helicóptero não é apenas para reduzir alguns caminhos e ganhar tempo, ficando indiferente ao que pode encaminhar como segurança junto aos observadores, principalmente, deve ser utilizado para minimizar esforços, enquanto amplia os resultados, sob o ponto de vista de uma segurança efetiva, objetiva e subjetiva, que se implantam no campo emocional de cada cidadão, enquanto desestimula e desarma ânimos inquietos de delinquentes pela mensagem forte que a máquina pode transmite por si só, quando sobrevoa sobriamente toda extensão de qualquer via; portanto, o helicóptero não é um mensageiro solitário como pode parecer para alguns, acima de tudo ele propicia a oportunidade de uma estratégia eficiente de segurança pública quando adequadamente empregado, cuja mensagem se dissipa contrastando com qualquer intranquilidade, notabilizando a função policial.

Quanto ao desempenho nas suas trajetórias, as rotas podem ser classificadas em três tipos diferentes, em razão da finalidade policial: rotina, urgência e especial. Em caráter de rotina, as rotas devem ser previamente estabelecidas, planejadas conforme o grau de violência que a região apresenta como tendência, visando o exercício de uma segurança preventiva. A atividade de rotina exige uma boa articulação da máquina perfeita com o traçado urbanístico da região considerada, de forma que os movimentos impostos pelo patrulhamento sejam, além de exatos e seguros, devidamente oportunos. As rotas do patrulhamento de rotina devem ser de forma tal que se evite ao máximo que o helicóptero divague sobre quadras construídas, cruzando telhados e espaços menos importantes, a exemplo de terras de sítios e outras áreas similares, às vezes em altitude que se torna imperceptível, portanto, devendo fazer normalmente sobre o prolongamento longitudinal das avenidas e das demais vias, de sorte que a aeronave seja sempre percebida e vista pela maioria da população que habita ou circula ao longo dos logradouros sobrevoados; portanto, é um desperdício navegar com o helicóptero sobre espaços construídos ou outras zonas compactas que não apresentem imediato interesse para segurança pública. Preferentemente, que o sentido do movimento do helicóptero acompanhe o mesmo sentido do tráfego quando sobre vias de mão única, para evitar que a curiosidade dos motoristas não cause acidente ao levantar a vista para acompanhar a rápida passagem da imponente e bela máquina voadora sobre seu auto; se o fato exigir que o helicóptero sobrevoe no sentido contrário ao trânsito de uma via de mão única, a rota deve ser feita sobre a margem que está à direita dos veículos e à esquerda do helicóptero, de sorte que os motoristas mais curiosos não desviem a visão da sua faixa de tráfego, isto, na hipótese de não contrariar a operação ou outras situações de ordem técnica, sobretudo, a própria segurança da máquina e da tripulação, devendo, em qualquer caso, adaptar-se ao espaço com relação às construções verticais, afastando-se do potencial de risco; quando se tratar de via secundária de mão dupla, é recomendado que se sobrevoe em altitude mais elevada, sempre um pouco mais à sua direta e fora da pista de rolamento, paralelamente a quem trafega no mesmo sentido da rota do helicóptero. Esta mesma providência pode ser adotada para as avenidas com duplo sentido, inclusive com pistas de rolamento separadas por canteiros centrais divisores ou outros obstáculos, fazendo sempre mais à direita da pista cuja corrente de tráfego tenha o mesmo sentido da rota imprimida. Altitude, velocidade e posição quanto à via terrestre devem se adequar às finalidade do patrulhamento, de modo que possa ser impressa a marca de uma segurança de observação aérea, preenchendo os vazios através da imponência da máquina que voa, pelos seus ruídos, cores, história, modelo e frequência, de forma que aproveite a sua permanência sobre todos, para marcar presença forte e deixar sua influência. Deve haver uma sincronia entre rotas, altitudes e velocidades, tudo compatibilizando interesses da segurança pública com as restrições aeronáuticas, inclusive quanto ao fator de poluição auditiva nas rotas de grande frequência. Em atendimento em caráter de urgência, urgentíssimo, nestas circunstâncias, com destinação certa, o caminho mais curto é sempre uma rota reta, considerando que não se pode derivar da direção do objetivo definido, portanto, traçada do ponto de origem onde se encontra a máquina ao local da ocorrência, observada a carta ou a experiência da tripulação. Geralmente, a urgência trata-se da necessidade de se implantar uma inadiável medida de caráter preventivo diante de algum fato que possa conduzir a uma iminente tragédia, ou já carecendo de um tratamento repressivo. Tudo solucionado ou equivalente, já no retorno, sem que tenha que transportar algo com o mesmo grau de importância, nada impede de desenvolver outras trajetórias do complexo patrulhamento de rotina; portanto, se a aeronave já se encontra no espaço aéreo, para que não divague em sobrevoo stand by, a melhor prática é que seu comando logo se incorpore ao esquema de patrulhamento, e, se for o caso que programe ou solicite orientações ao centro tático, quanto ao novo voo para seguir uma rota desde sua decolagem ou local da ocorrência até um novo destino, exceto se já estivesse praticando anteriormente, ocasião em que se reintegra automaticamente. As atividades consideradas especiais são aquelas que eventualmente ocorrem e normalmente estão relacionadas aos acontecimentos sociais, religiosos, políticos e esportivos, portanto, obedecem aos planejamentos específicos, que se tratando de helicóptero é sempre necessário avaliar se existe a efetiva necessidade de empregá-lo, em razão de se tratar de uma operação muito demorada e onerosa, esgotando horas de vôo precocemente, considerando a inativação a que deve ser submetido durante o tempo parado para manutenção periódica compulsória. Para se evitar desgaste desnecessário e emprego diverso da atividade específica de polícia, é de bom alvitre que se conceba uma regulamentação de articulação e emprego do patrulhamento aéreo, mediante decreto, mecanismo legal que é de elevado interesse para o equilíbrio da utilização de um super meio de transporte, tornando o emprego exclusivamente em objeto de serviço; as movimentações em apoio aos comboios de transferência de presidiários e outras relacionadas diretamente com a segurança pública são atividade eminentemente policiais, que dizem respeito à segurança e como tal devem ser sempre entendidas como em caráter de urgência, portanto, não se enquadram como atividades especiais.

A composição da patrulha aérea deve ser constituída, além da tripulação, pela presença de um técnico em observação aérea e reconhecimento de interesse da segurança, o qual pode acumular com o desempenho da função de copiloto ou do comandante do contingente, se quaisquer deles estiverem habilitados às duas atividades, incluído o comandante, chefe ou líder da fração e demais componentes executores, atendida a lotação prevista para o aparelho.

O helicóptero tanto pode desempenhar um sobrevoo de reconhecimento ou de efeito psicológico sobre um único ponto ou circunscrito a um pequeno raio, na dimensão que as circunstâncias estejam a exigir em razão de um foco de insegurança ou violência localizada e identificada ou mesmo presumida, até a emissão de mensagem através de frases de efeito escritas sobre placas metálicas e afixadas à fuselagem, lateralmente ou na parte inferior, com dísticos e cores adequadas quanto a perceptibilidade e visualização numa altura mínima de vôo, mantida a segurança do helicóptero e sua composição; na ocasião também é valido o lançamento de folder que expressem mensagem de confiança à população.

Além dessas diligências, digamos mais convencionais, o helicóptero ainda permite que sua equipe policial assuma ou ocupe posições verticais a qualquer altitude sobre os mais diversos tipos de construção, inclusive em crateras naturais ou arquitetônicas abertas à superfície, terrenos com cadeia montanhosa, encostas ou depressões acentuadas de acesso perigoso, superfície aquática, pantanosa ou coberta com florestas nativas densas com difícil acesso, grandes áreas desabitadas ou desérticas, cujas circunstâncias estejam exigindo a presença tática da polícia de reação ou de resgate; igualmente, o helicóptero viabiliza que policiais façam a transposição de muralhas para o interior de áreas construídas ou defendidas por cercas aparentemente intransponíveis por meios convencionais, como os complexos parques prisionais, empresariais, navios ancorados ou à deriva em alto mar, rios, lagos ou nas áreas dominadas por bandidos de qualquer natureza ou onde estes estejam sitiados por qualquer outra proteção ou obstáculo instransponível por terra.