Vergonha! Sob âmbito geral. (EC)

Há tantas e tantas razões para que expressarmos a interjeição: Que vergonha! Nesta nossa passagem por uma vida!

Há algum tempo, destacou-se na TV, em um dos inúmeros noticiários veiculados, um apresentador que a cada noticia que contrariasse o uso e os bons costumes inerentes aos procedimentos daqueles pertencentes aos quadros funcionais que tem como finalidade precípua cuidar das coisas públicas, que em close dizia: “Isso é uma vergonha!“.

Obviamente a assertiva acima embutida é uma das muitas que poderia ser enquadrada dentre os motivos da vergonha que poderia nos assolar.

Na esfera dos procedimentos exclusivamente éticos, sob meu ponto de vista, é que efetivamente residem as principais e mais marcantes razões para o sentimento ‘de pudor’ oriundo da situação enfrentada.

Ou não há comumente utilização da expressão quando nos defrontamos com situações vexatórias que contemplam atentado ao pudor, abuso de poder, citações utilizando palavras de baixo calão, maus tratos dos seres viventes em geral, desperdício de elementos da natureza que muito em breve farão falta, corrupção, libertinagem, prostituição, etc.?

Exemplo marcante de vergonha coletiva sentida ‘na pele’ por grande parte da população mundial ocorreu e ainda está repercutindo em solos brasileiros! Que vergonha!, estão lamuriando maior parte do povo em razão da debacle sofrida pela seleção nacional de futebol, tida e havia dentre os aficionados ‘em exagero’ torcedores pátrios, como o ‘suprassumo’, imbatível e que melhor pratica o esporte no planeta!

Para os mais comedidos, que nunca chegaram às raias das considerações daqueles ditos fanáticos, bairristas e que não admitem derrota, mesmo que seja em esporte que, por vezes, o estilo, a cadência, a malandragem o nome (peso da camisa, como apregoam alguns...), são sobrepujados pela organização, competência, dedicação humildade, companheirismo e busca incessante por um ideal, há a certeza absoluta de que esta pobre ‘performance’ pode ser classificada como a mais vexatória participação de uma seleção ‘de ponta’ em campeonato de tamanha envergadura, principalmente em se tratando da elasticidade do placar da disputa na qual foi praticamente alijada da competição e por estar frustrando sonhos e esperanças em sua própria casa!

Desde 1930, quando de sua primeira participação, NUNCA houve humilhação maior!

Então, rendo-me à letra da canção de um vencedor, não raras vezes tachado BREGA por intelectuais e componentes da escala mais alta de nossa pirâmide, quando compôs, obviamente não visando especificamente ao evento ocorrido tanto tempo depois de sua criação, na qual evidenciou: “O show já terminou, vamos voltar a realidade, não precisamos mais, usar aquela maquiagem, que escondeu de nós, tanta verdade que insistimos em não ver...“.

Ao povo da parte baixa da escala social, então, acabrunhado, restou VOLTAR AO TRABALHO, à sua realidade e acoplar o slogan dito pelo citado apresentando do inicio deste: “ISSO É UMA VERGONHA!“.

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Que Vergonha!

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