Orgulho e Humildade

Escrever sobre valores e sentimentos humanos é um grande desafio, ainda mais quando o texto é remetido a leitores que não conhecemos e de, alguma maneira, chegaremos a cada um de forma singular. Não há grande pretensão por aqui, mas arriscarei falar de orgulho e humildade, não como especialista, mas como propositor de reflexão sobre tais assuntos.

Ouvindo um pouco as pessoas sobre orgulho, há sempre uma relação com o estado de espírito de cada um sobre o assunto. Uns preferem tratar o orgulho como sentimento de auto-apreço, satisfação pessoal ou sensação boa quando alguém que conhecemos conquista algo importante. Para outros orgulho é um sentimento feio de rancor e fechamento sobre si e os outros. Quem está certo nesse quesito? Não se sabe!

Deixo em aberto o assunto orgulho para escrever sobre humildade. Também outro desafio, pois é difícil ser unívoco a esse respeito. Para uns somos humildes quando nos colocamos numa condição de subserviência ou introspecção diante dos sofrimentos, para outros é encarar a realidade com serenidade. Alguém está certo sobre isso? Também não é possível afirmar que sim. Podemos resolver tal dilema humano?

Sim, podemos.

Há um pensador macedônico da antiguidade que pode nos auxiliar nessa empreitada. Aristóteles propôs que os valores se encontram sempre na justa medida em relação a cada indivíduo. A busca do meio termo aristotélico se dá quando conhecemos os extremos, não é bom nem o excesso, nem a falta, mas o equilíbrio.

Para quê se esforçar pelo equilíbrio?

Para poder lidar com o autodomínio e com a relação eu-outro. Estes já são bons motivos!

Como colocar em prática tais valores?

A convivência e a avaliação de nossas experiências vividas são um bom momento para isso.

Portanto, se colocássemos orgulho e humildade como extremidades em nossas vidas, podemos examinar qual seria o justo meio entre os dois. Um dos grandes valores como meio termo entre inúmeros extremos é o respeito que temos por nós mesmos e pelos outros num mundo tão plural e em constantes mudanças.

filopoeta
Enviado por filopoeta em 26/08/2014
Código do texto: T4937926
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