A LOUCURA E O SUICÍDIO

A LOUCURA E O SUICÍDIO

"Antes de pretendermos o congresso nos mundos venturosos e redimidos, salvemos o chão em que nos firmamos , construindo o mundo mais feliz de amanhã pela melhoria de nós mesmos. Não vale contemplar sem agir, nem sonhar sem fazer. A beneficência alivia a provação. A caridade extingue o mal. A beneficência auxilia e a caridade soluciona". (Francisco de Paula Cândido Xavier).

"É necessário que eu diminua e o Cristo cresça." (João Batista - João, 3:30). Eis algumas respostas à indagação proposta: Antídoto de muitos males, formadora de novos hábitos, indicadora eficaz do encontro consigo mesmo. Ressarcimento perante a consciência, fornalha renovadora das densas energias de culpa. A dor é a mestra insubstituível que o arroja, quais as ondas do mar, nos rochedos do sofrimento, sobretudo para que você descubra a extensão da sua falibilidade perante a vida. Reconhecendo os limites, aceitará de bom grado caminhar de mãos dadas com o Pai, destituído de pretensões que consomem seus atos lamentáveis crises de orgulho, quando você supõe poder mais do que realmente pode.

Se você aprender essa lição, estará apto e aprovado, ante as Leis Divinas, a navegar no mar da vida em segura embarcação de paz interior, guiado pelo benfazejo farol da misericórdia. No entanto, se não houver boa vontade, aliada a fé aprender essa linda lição de vida será quase impossível, visto que geralmente o hominal por "falta de tempo" ou por outras atribuições sempre se desculpa afirmando que o seu tempo é curto que não o permite se inserir nesse mundo maravilhoso da espiritualidade. Pode ser influência do orgulho, falta de paz interior, boa vontade e o farol da misericórdia devem estar apagados da sua vida e sua embarcação de paz interior entrou em parafuso e a tendência natural é o naufrágio.

Como temos seres hominais naufragados aqui na Terra! A estatística é uma grandeza, parecendo até que o homem sente-se envergonhado ou com preguiça mental, para orar e fortalecer o seu espírito. A palavra orgulho é muito forte e pode nos trazer problemas sérios. "Do frâncico "urgeli", 'excelência', pelo catalão orgull e do espanhol orgullo e bravura". Sentimento de dignidade pessoal; brio, altivez. Conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba. Aquilo ou aquele(s) de que(m) se tem orgulho. Em nossa opinião apesar das nuanças negativas a palavra "Orgulho" pode ser algo de positivo. Exemplo: "Sinto muito orgulho do meu filho por ter siso aprovado no vestibular para medicina". O orgulho negativo pode levar o hominal a fazer besteira e cometer atos que desabonam a sua conduta social e espiritual.

Num cenário lindo e altaneiro visualizei o céu azul da cor de anil com muitas nuvens esbranquiçadas e com muita desenvoltura, pois se movimentavam com intensa rapidez e a minha mente me louvou a pensar e a relatar o seguinte: No esplendor das belezas naturais, as águas das cascatas cantam alegremente, ao som das melodias divinais as suas gotas resplandecentes aliviam-no o calor extenuante da floresta. A brisa suave nos acaricia, o sol envolto no arco - Iris nos encanta no pingente solar que nos acolhe livremente com sensações gostosas, pensamentos reluzentes nos animam.

Na adrenalina dos corações que palpitam em festa, alegrias, pensamentos, saudáveis energias que não desditam, no infinito aconchego de seres apaixonados e extasiados, olhando, contemplando a Mãe Natureza. Que o Pai Maior nos oferece gratuitamente, para brindarmos as sensações de felicidade, isenta de preocupações. Com tantas coisas bonitas, relevantes, que animam e alegram nossos corações não entendemos o porquê de tanta sede de Loucura e vontade de tirar a vida. Segundo nos ensina Kardec, a calma e a resignação, haurida na maneira de encarar a vida terrestre e na fé no futuro, dá ao espírito uma serenidade que é melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.

Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura é devida à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem força de suportar; se, pois, pela maneira que o Espiritismo o faz encarar as coisas deste mundo, ele recebe com indiferenças, com alegria mesmo, os reveses e as decepções que o desesperariam em outras circunstâncias, são evidentes que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, preserva sua razão dos abalos que, sem ela, o sacudiram. O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado.

O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores. O suicida é uma alma falida que arrasta em ciclo imenso de anos de desolações e de cor, o peso tremendo das suas indignidades e das suas desventuras. É o imaturo desajustado na escola da vida, fugindo da consciência culpada para despertar de coração e de mente estraçalhados. O suicídio é um espírito criminoso, falido nos compromissos que tinha para com as Leis sábias, justas e imutáveis estabelecidas pelo Criador, e que de vê obrigado a repetir a experiência na Terra, formando corpo novo, uma vez que destruiu aquele corpo que a lei lhe confiara para instrumento de auxílio na conquista do próprio aperfeiçoamento.

O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais. O auto-homicídio é um novo e pesado crime gerador de maiores e irremediáveis sofrimentos. A loucura é tempestade que estala no cérebro por efeito de uma paixão chegada ao apogeu. Provém de certo estado patológico do cérebro, instrumento do pensamento, estando o instrumento desorganizado, o pensamento fica alterado. A loucura é, pois um efeito consecutivo, cuja causa primária é uma predisposição orgânica, que toma o cérebro mais ou menos acessível a certas impressões, e isto é tão real que encontrareis pessoas que pensam excessivamente e não ficam loucas, ao passo que outras enlouquecem sob o influxo da menor excitação.

A loucura pode levar o homem ao suicídio ou a praticar atos violentos, pois seu cérebro não está bem regulado e suas ações podem se tornar daninhas para quem lida com pessoas assim ou que passam a discutir com ele sem saber realmente o seu estado psicológico. Uma ira desmedida acaba em loucura, por isso, evita a ira, para conservares não apenas o domínio de ti mesmo, mas também tua própria saúde. (Sêneca). Bezerra de Menezes diz que até hoje, a Ciência só conhece a loucura que resulta de um modo permanente, da perturbação do pensamento, com sua sede no cérebro. Podem variar causas e formas, mas o estado patológico do indivíduo é sempre o mesmo: a loucura caracterizada pela perturbação mental e pela sede no cérebro.

Sem que o cérebro sofra, não pode haver, para a Ciência, o fenômeno psicopatológico da loucura. Esta é a doutrina corrente esta é a lei invariável para a ciência. Entretanto, o célebre alienista Esquirol atesta a existência de casos, por ele observados, de loucura sem a mínima lesão cerebral - e essa afirmação do ilustre sábio é robustecida pela observação de outros não menos considerados no mundo científico. Está, pois, verificado que há loucura com e sem lesão cerebral; e, portanto, que há dois casos bem distintos de loucura - ou que há loucura de duas espécies.

Bezerra em seus estudos diz que: "Para a determinação da natureza da nova espécie de loucura, é indispensável resolver as seguintes questões: "Existe a alma"? Qual a sua natureza? Como se relaciona a alma com o corpo? Qual a origem do pensamento? E quais as relações do pensamento com o cérebro"? Temos que praticar o bem para receber os frutos benéficos dessa prática. Vamos esquecer a loucura e o suicídio por um momento e nos relacionarmos com coisas mais aprazíeis e benfeitoras. A psicosfera bendita ínclita que Deus nos proporcionou vamos tirar bons proveitos para melhorar o nosso estilo de vida e mantermos nosso cérebro sadio e sem ideias perniciosas.

Onde estávamos ouvíamos aves a cantar alegremente agradecendo nossa presença fortuita naquela psicosfera de ares saneadores. Brisas calorosas afagam nossas almas encantadas no belo semblante de relva refrescante do lugarzinho. Afável e aconchegante no banquinho de areia, ouvimos as aves gorjear, o trilar das mariposas deslumbradas festejando. Sem pensamentos de suicídios e loucuras a união de dois seres pelo coração, pelo amor da floresta lucilente, o Astro-rei a se esconder tenta nos avisar que a noite começa a chegar. As aves noturnas fazem sua dança magistral, vão e voltam numa singeleza alegria a bailar.

Incitando-nos a recolher num lugar mais caloroso para nos abrigar ao longe uma cabana singela nos convida. A um descanso salutar, é o abrigo, o recanto querido das doçuras e loucuras que as carícias irão nos oferecer. A vida tem suas nuanças, boas ou más, mas pensamos em sonhos e realidades. O sonho sem realidade é uma fuga frustrante e alucinante, o sonho recompondo-nos, alimentando-nos na realidade realizamos , executamos e vivenciamos tudo de bom que o Pai Maior nos ofereceu. Para que loucura tirar a vida aquilo que de mais belo Deus nos deu. Jamais! Almejando felicidades, saúde, tranquilidade e paz e para aqueles que estão em parafuso com perturbações cerebrais que a bênção divina recaia sobre eles e que a saúde volte a reinar e seus corações imantem para sempre a felicidade. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 05/01/2015
Reeditado em 06/01/2015
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