NÃO ME FAÇAS PEGAR NOJO!

FlávioMPinto

O bordão do humorista gaúcho André Damasceno está na moda. As crises por que passam o Brasil não deixam dúvidas. As maquinações da Petrobras já delineiam os contornos de nível de corrupção jamais alcançado em qualquer país do mundo. Inconcebível comunhão de funcionários corruptos com políticos corruptos com agentes públicos todos corruptos. Inacreditável.

A ganância de um partido cleptocrata com outros segmentos do mesmo padrão existente na sociedade aliados a leniência da nossa administração fiscalizadora, permitiu chegar-se a esse estado de coisas verdadeiramente lamentáveis. Impressionante.

Chega a dar nojo ler as mesmas notícias semanalmente nas revistas e artigos de jornalistas de opinião sobre a corrupção atual no Brasil.

O que mais entristece é a incerteza da punição. Sabe-se que a Justiça está na cola dos responsáveis pelo rombo na Petrobrás, mas sabe-se, também, que não chegará nos verdadeiros mandantes, aqueles que deram as ordens e protegem o esquema desde priscas eras. Os grandões escaparão da escrachada corrupção como nas novelas da Globo.

O sentimento de impunidade reinante já pode ser projetado a um possível julgamento no STF com a maioria governista. Será a confirmação do Estado-bandido. A sensação de impotência para influenciar nesse estado de coisas é tamanha.

O povo mantido na ignorância com polpudas bolsas dá respaldo a políticas assistencialistas e atos lesivos ao país do partido do governo.

Quem não concorda com as ações do governo, 48% da nação, já se vê preocupado com a dificuldade em ajeitar-se as contas do governo após 4 anos de maquiagens e manobras fiscais, a famosa contabilidade criativa, uma forma malandra de tentar ludibriar o mercado. Mas este sabe onde pisa o governo e como age, posto que sofre com as consequências. E sem alarde vai mostrando suas garras no aumento da inflação, déficits crescentes nas contas públicas e perda da credibilidade do governo face ao não cumprimento de promessas eleitorais.

O Estado-bandido, diga-se de passagem o partido e o governo federal, está embretado e próximo de um Impeachment, embora alarde que isso é golpismo.

As cartas estão na mesa, a oposição parece que acordou, mas não se sabe se terá gás para continuar a apertar o torniquete.

O que não se pode esperar é uma reação do povo que mais parece enjoado e cansado de tantas patifarias. Mas não esquecer que ainda faltam a ser abertas as caixas-pretas da CEF e do BNDES.