A ordem de alerta da caserna
A ORDEM DE ALERTA DA CASERNA
FlávioMPinto
Os recentes pronunciamentos de oficiais generais o Exército abordando a situação atual do Brasil muito dará o que falar.
Sim, pois os militares estão muito quietos, aparentemente acuados num canto e sem voz de ação. Nem quando são brutalmente atacados, como foi agora pouco, dentro de suas linhas por integrantes do Ministério da Defesa.
Aparentemente resolveram as divergências na surdina e sem alarde, como no caso da cassação da medalha do José Genuíno.
Particularmente a entrevista do Comandante da Força terrestre foi de uma silenciosa contundência: para os bons entendedores meia palavra basta e assim a maior autoridade terrestre se manifestou. Sem dúvida nenhuma, apesar das imensas restrições orçamentárias, o Exército se encontra cada vez mais vigilante, movimentando-se como nunca nos bastidores.
A tônica do pronunciamento do Gen Vilas Boas foi a coesão, altamente necessária num período de crises.
A pressão que a sociedade impõe á classe política é a mesma que as diversas classes de reservistas impõem á Força Terrestre, mas sem exigir nada: apenas se colocando á disposição. Voluntariamente e aguerrida e conscientemente comungando com os mesmos princípios dos militares da Ativa.
O que se pode notar é uma forte alquimia entre Reserva e Ativa na missão a ser desempenhada pelas forças militares. Espírito bem diferente da Brigada Militar do RS que , num momento crítico do governo do Estado, abandonou a segurança pública ocasionando, semanas atrás, o maior índice de criminalidade jamais visto no Estado. Foram dias de ira e fúria para o regozijo da criminalidade.
Portar-se dentro das normas vigentes sempre foi uma obsessão dos militares, portanto, não se espere golpes ou quarteladas. Se alguma ação ocorrer, ela será absolutamente cirúrgica e saneadora, para não termos resquícios do que ocorreu em 64 quando, verdadeiros agitadores , não foram neutralizados como deveriam e voltaram a destruir o País.
A ordem de alerta já foi dada pela mais alta autoridade e , com certeza, foi assimilada pelos militares da Ativa e da Reserva.
Estamos prontos!