O HOMEM UM SER IMPERFEITO

O HOMEM UM SER IMPERFEITO

Um homem se baseia sempre na experiência do outro para chegar as suas conclusões. A tecnologia nos conferiu um poder extraordinário. Com ela transformamos tudo em objeto de consumo e lucro, estamos acabando a biodiversidade e com o meio ambiente. O grande estudioso Olinto Pegorato diz: “Hoje, perdemos a globalidade. Debilitamos a nossa dimensão mediante. Não há mais a capacidade de entender a totalidade faz coisas humanas e materiais como uma totalidade do sentido”. O homem jamais chegará a um denominador comum, visto que as inter-relações humanas são grandiosas. O homem ensina a outro homem e esse deixa o seu legado para ser analisado a posteriori. Assim se faz a história da humanidade.

A dimensão humana se concentra em seu cérebro e nas condições sociais em que vive. O clichê popular que diz que o homem é o produto do meio, é a mais pura realidade, quer queiram quer não. Fala-se muito na bioética. O que representa a bioética para o ser humano? A bioética é o estudo dos problemas e implicações despertados pelas pesquisas científicas em biologia e medicina. Abrange questões como a utilização de seres vivos em experimentos, a legitimidade moral do aborto ou da eutanásia, as implicações profundas da pesquisa e da prática no campo da genética.

Legitimizar moral do aborto, da eutanásia com certeza trariam implicações profundas e desagradáveis, pois em nossa modesta opinião, quem é a favor do aborto ou da eutanásia, seria também a favor da pena de morte. O homem tem a pena de morte às mãos, visto que agindo pelo instinto não mede proporções dos seus atos deletérios e para satisfazer a sua vontade bestial mata sem ver para que. Por que o homem se torna um assassino em potencial? Por que o egoísmo domina seu ego? A ética e a filosofia podem explicar essas indagações, no entanto, não denotamos a ausência da violência no meio hominal, através da evolução humana.

Nem o homo sapiens evoluiu a contento para conviver harmonicamente com seu semelhante. Como o homem ainda é um ser imperfeito suas opiniões sobre a complexidade dos mundos e a Divindade não passam de meras especulações. Uma discussão em Jungen Habermas e Hans Jonas cria uma controvérsia tremenda quando eles falam sobre a morte de Deus e o filho do humano e ainda afirmam que: "O Deus Onipotente e Onipresente, para quem as responsabilidades eram atribuídas, foi desmascarado pela força empoderante das tecnociências".

Eles pensavam assim, mas não podemos afirmar que eles estavam certos, visto que as afirmações também partiam de homens imperfeitos. A moral e os bons costumes são elementos que levam o homem a interagir melhor com a realidade. Jungen Habermas e Hans Jonas nem sequer imaginam como vieram parar aqui em nosso sistema solar. O homem jamais terá condições de chegar à verdade absoluta, pois está absorvido plenamente pelo materialismo e o radicalismo. (O próprio absolutismo é o nome dado ao sistema político e administrativo que predominou nos países da Europa na época do denominado “Antigo Regime”, que compreende os períodos entre os séculos XVI e XVIII).

Pelo que se tem conhecimento do que seja absolutismo nós humanos ainda estamos vivendo resquícios dessa era, principalmente quando se fala em regime político, poder, burguesia e nobreza. Qualquer oposição oriunda das camadas mais populares podia ser violentamente reprimida pelas forças do rei. Note-se que absolutismo e despotismo, apesar de similares, diferem pelo fato de o absolutismo ter uma base teórica (Jean Bodin, Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel) e o despotismo ser uma espécie de corrupção do absolutismo, onde o monarca age deliberadamente sem qualquer preocupação teórica, social, política ou religiosa.

É o que vivemos nos dia de hoje onde a predominância é a corrupção. Não diríamos que um homem é um ser político, mas sim um ser dotado do senso de politicagem. A bioética fala em três vertentes da vida, ou seja, a inteligente, a sensitiva e a vegetativa. Kant diz que: “Todas as coisas têm valor de troca; só o homem tem dignidade”, está explicita em fundamentação da metafísica dos costumes. Essa sentença teria aplicabilidade nos dias atuais? A prudência existe em quem se dá o trabalho de refletir sobre a vida no seu acontecer ao longo do tempo: a vida julga-se no seu acontecer biológico, histórico e ético. Como pode o Creador da ciência ser desmascarado por uma simples tecnociência?

Uma pergunta que muitos respondem hilariamente Aos vinte e cinco anos, Jung Habermas graduou-se com o trabalho "O Absoluto e a História", sobre Schelling. Foi assistente do filósofo e sociólogo Theodor W. Adorno durante cinco anos, até 1959, na chamada Escola de Frankfurt, conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", integrando a reflexão com a sociologia. Aos 31 anos, Habermas passou a lecionar filosofia em Heidelberg e, em 1961, publicou a famosa obra "Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica", inserida em "O estudante e a Política". Habermas passou, então, a lecionar filosofia e sociologia na Universidade de Frankfurt. "Entre as obras e os artigos publicados na década de 1960, destacam-se: "Mudança Estrutural da Esfera Pública", "Teoria e Práxis", "Lógica das Ciências Sociais", "Técnica e Ciência como Ideologia" e Conhecimento e Interesse".

Mudou-se para Nova York em 1968 e tornou-se professor da New York School for Social Research. Em 1972, transferiu-se para Starnberg, assumindo a direção do Instituto Max-Planck e, em 1983, voltou a lecionar na Universidade de Frankfurt. Em 1994, Habermas aposentou-se, sem nunca deixar de contribuir para com o conhecimento por meio de palestras e de uma vasta obra publicada. O principal eixo das discussões do filósofo é a crítica ao tecnicismo e ao cientificismo que, a seu ver, reduziam todo o conhecimento humano ao domínio da técnica e modelo das ciências empíricas, limitando o campo de atuação da razão humana ao conhecimento objetivo e prático. Introduzindo uma nova visão a respeito das relações entre a linguagem e a sociedade, em 1981.

Habermas publicou aquela que é considerada sua obra mais importante: "Teoria da Ação Comunicativa". Em algumas outras obras, Habermas abordou as ciências sociais e, em especial, dedicou-se a estudar o direito. Em "Conhecimento e Interesse", publicada em 1968, Habermas apresenta uma distinção entre as ciências exatas e as ciências humanas, afirmando a especificidade das ciências sociais. Em "Mudança Estrutural da Esfera Pública", de 1962, aborda o fundamento da legitimidade da autoridade política como o consenso e a discussão racional. Em "Entre Fatos e Normas", publicado em 1996, o filósofo faz uma descrição do contexto social necessário à democracia, e esclarece fundamentos da lei, de direitos fundamentais, bem como uma crítica ao papel da lei e do Estado. (Fonte educação. uol. com.br/).

Mesmo com todo esse cabedal de conhecimento e enquanto ser humano, ele jamais poderá ser considerado perfeito e dono da verdade, visto que como citamos antes, o seu aprendizado vem de outros homens com a mesma imperfeição. Hans Jonas e o princípio da responsabilidade e ético para os novos tempos. Dizem que o princípio da responsabilidade proposto por Jonas é de ordem nacional, voltado para um agir coletivo como um bem público, sendo capaz de proporcionar um diálogo crítico e reflexivo em plena civilização tecnológica.

Através do Princípio da responsabilidade Jonas constrói categorias nomeadas de Heurística do medo. Fim e valor, bem e dever e o Ser e a relação entre a Responsabilidade Paterna, Política e Total. O entrelaçamento dessas categorias forma a base de uma configuração ética que fundamenta o Princípio da responsabilidade. (Fonte: O princípio da responsabilidade de Hans Jonas: um principio ético para os novos tempos de Cláudia Battestin e Gomercindo Ghiggi). Hans Jonas (Nasceu em 10 de maio de 1903 e faleceu em 5 de fevereiro de 1903). Foi um filósofo alemão. É conhecido principalmente devido à sua influente obra O Princípio da Responsabilidade (publicada em alemão em 1979. E em inglês em 1984). Seu trabalho concentra-se nos problemas éticos sociais criados pela tecnologia.

Jonas quer sustentar que a sobrevivência humana depende de nossos esforços para cuidar de nosso planeta e seu futuro. Formulou um novo e característico princípio moral supremo: "Atuar de forma que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana genuína". Embora se tenha atribuído a "O Princípio da Responsabilidade" o papel de catalisador do movimento ambiental na Alemanha, sua obra "O Fenômeno da Vida" (1966) forma a espinha dorsal de uma escola de bioética nos Estados Unidos. Leon Kass referiu-se ao trabalho de Jonas como uma de suas principais inspirações. Profundamente influenciado por Heidegger, "O Fenômeno da Vida" tenta sintetizar a filosofia da matéria com a filosofia da mente, produzindo um rico entendimento da biologia, em busca de uma natureza humana material e moral.

A biologia filosófica de Hans Jonas tenta proporcionar uma concepção una do homem, reconciliada com a ciência biológica contemporânea também escreveu abundantemente sobre Gnosticismo, pelo que é igualmente conhecido, interpretando a religião como um ponto de vista existencial filosófico. Jonas foi o primeiro autor a escrever uma história detalhada do antigo gnosticismo. Além disso, foi um dos primeiros autores a relacioná-lo com questões éticas nas ciências naturais. 1 A filosofia de Jonas se viu influenciada pela filosofia de Alfred North Whitehead Sempre diremos assim: é a inteligência hominal buscando aprendizados por outras inteligências hominais.

O ser humano desde os primórdios sempre procurou na fé e na espiritualidade o motivo para tornar a sua vida mais saudável e não entendemos o fato de pessoas com bastante conhecimento ainda serem descrentes e totalmente ateus. Como movimento político, o neoateísmo é essencial para elucidar a importância da laicidade do Estado como forma de garantir as liberdades individuais dos cidadãos. Esse fato se verifica quando estudamos a Escola de Frankfurt que consistia em um grupo de intelectuais que na primeira metade do século passado produzia um pensamento conhecido como Teoria Crítica.

Dentre eles temos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamim. Com a II Guerra Mundial, eles saíram de Frankfurt, na Alemanha, para se refugiar nos Estados Unidos, voltando apenas na década de 50. Na Europa do início do século XX, os rumos e os resultados a que se chegaram com os feitos políticos em nome do proletariado e de uma ideologia marxista começaram a ser reavaliados por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre burgueses e proletariado iria resolver as coisas era questionada ao se perceber o crescimento de uma classe média.

Segundo consta, esta geração (subsequente aos primeiros marxistas) que conciliava a teoria (o trabalho intelectual) com o comando do partido socialista tinha o mal-estar de não possuir uma definição exata do marxismo. Marxismo é o conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Frederich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores. Baseado na concepção materialista e dialética da História interpreta a vida social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e das lutas de classes daí consequentes.

O marxismo compreende o homem como um ser social histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas. A luta comunista se resume à emancipação do proletariado por meio da liberação da classe operária, para que os trabalhadores da cidade e do campo, em aliança política, rompam na raiz a propriedade privada empregadora do proletariado, transformando a base produtiva no sentido da socialização dos meios de produção, para a realização do trabalho livremente associado - o comunismo -, abolindo as classes sociais existentes e orientando a produção - sob controle social dos próprios produtores - de acordo com os interesses humano-naturais. (Fonte: Wikipédia).

Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. O marxismo foi utilizado desvirtuadamente como base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, nas sociedades pós-revolucionárias. No entanto, o marxismo ultrapassou as ideias dos seus precursores, tornando-se uma corrente político-teórica, que abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes e assumindo posições teóricas e políticas às vezes antagônicas, tornando-se necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências, especialmente a socialdemocracia, o bolchevismo, o esquerdismo e o comunismo de conselhos.

Toda uma história de estudo, inteligência e sabedoria que vem passando de gerações para gerações. De onde o homem teria tirado a sua inteligência? Do nada? Claro que não. O homem é dotado de inteligência, livre-arbítrio e o instinto que é inerente aos hominais. O homem seria fruto do acaso? Claro que não, pois essa palavra tem sinonímia à causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades: confiou no acaso e venceu. Acontecimento imprevisto: o acaso daquele encontro. Imprevistamente, porventura: se acaso voltar, faça-o esperar.

Ao acaso, a esmo, sem refletir, sem medir as consequências. Por acaso, acaso, porventura. O homem quer queiram quer não é criação Divina e nós não estaríamos aqui se não existisse a força da espiritualidade, por isso afirmamos que Deus é um terror para os comunistas e os seguidores de Marx e Engels. Deus é eterno, se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou teria sido criado, ele mesmo, por um ser anterior. É, assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e a eternidade.

É imutável, se estivesse sujeito às mudanças, as leis que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade. É imaterial: quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, de outro modo ela não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria. É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder no ordenamento do Universo. É todo-poderoso; porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele; não teria feito todas as coisas, e as que não tivessem feito seriam obras de outro Deus. (Allan Kardec). É soberanamente justo e bom: a sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores coisas, com as maiores, e essa sabedoria não permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade. Poe estes grandes e insuperáveis motivos que nós cristãos acreditamos em Deus, o nosso Pai Maior ou a maior Divindade de todo o mundo.

A ética do homem é a fé, pois sem fé ele se torna um símbolo oco e sem nada a produzir de bom. A lealdade, a verdade, o livre-arbítrio está intrinsecamente ligada à ética e a fé. William Shakespeare diz: “Não é o perfeito, mais o imperfeito, que precisa de amor”. Oscar Wilde diz: “O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!” Joshua Cooke diz: “ Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugná-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito. O grande Machado de Assis assim se expressou: “A preguiça é a mãe do progresso. “Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda”. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

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Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 25/11/2015
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