RESPOSTA AO TEXTO "Parabéns, atingimos a burrice máxima"

Circula por aí um texto, intitulado “Parabéns, atingimos a burrice máxima”, que busca ridicularizar quem criticou a inclusão de um trecho da obra feminista de Simone de Beauvoir na última prova do ENEM. A autora do mesmo dá a entender que tais críticas foram feitas por pessoas “burras e fascistas”, provenientes de uma parcela da população que ainda defende posturas “reacionárias e conservadoras”, segundo ela típicas da Direita. Além disso, declara que o simples fato de o feminismo ter sido abordado com tanta ênfase na referida prova não indica uma “Doutrinação Ideológica” esquerdista.

Pois bem, vamos aos fatos. A Esquerda, em nível mundial, vem há décadas se utilizando de algumas minorias supostamente “perseguidas” a fim de manipulá-las politicamente. No Brasil, isso ocorre com negros, índios, gays e, é óbvio, mulheres. Os dados reais, no entanto, quando submetidos a uma análise objetiva e imparcial, revelam que não há nenhuma “perseguição” a qualquer um desses grupos. O que há, isto sim, é manipulação e oportunismo a serviço de partidos e movimentos sociais de esquerda. O Feminismo, portanto, está intimamente ligado às estratégias políticas esquerdistas.

Continuando: A simpatia de Simone de Beauvoir pelas ideologias de esquerda é notória e muito bem documentada. Seu companheiro (companheiro, nunca marido, pois uma feminista não haveria de ceder à “convenção social do casamento”), o filósofo Jean Paul Sartre, foi um marxista convicto – e virtualmente cego aos horrores produzidos pelo Comunismo mundo afora. De fato, em pleno auge do terror ditatorial e genocida de Stálin, Sartre viajava para a extinta U.R.S.S e retornava à França dizendo que por lá vigorava a mais perfeita e completa democracia.

A autora do referido texto também negligencia, talvez propositadamente, aquela que talvez seja a mais poderosa tática de disseminação das ideologias de esquerda: a “Ocupação de Espaços”, como preconizada pelo teórico marxista Antonio Gramsci ainda na década de 1920. O que isso quer dizer? Que o esquerdismo deve ser instilado na mente das pessoas de modo sutil porém persistente, preferencialmente por meio dos órgãos de cultura, da mídia e das instituições de ensino. O MEC, no Brasil, vem seguindo à risca os ensinamentos de Gramsci há muitas décadas, embora poucas pessoas se deem conta do que está acontecendo.

Por fim, resta dizer que a utilização do termo “fascistas” para se referir a quem criticou (mesmo que de maneira mais mordaz, em alguns casos) o modo como a prova foi elaborada é no mínimo contraditória, tendo-se em vista o viés esquerdista do texto em questão. Isto porque, diferentemente do que pensam os energúmenos metidos a intelectuais, o Fascismo, tendo sido um modelo político centralizador e estatizante, tem muito mais a ver com a Esquerda do que com a Direita. Vale lembrar que Mussolini, antes de criar o Fascismo, foi um membro fiel do Partido Comunista da Itália. Hitler, por sua vez, inspirou-se diretamente no modelo unipartidário soviético para criar, na Alemanha, o Nazi-Fascismo, dando ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães o controle total do Estado.

Em um ponto, no entanto, devo concordar com a autora do texto: a burrice tem realmente se tornado epidêmica no Brasil. Prova cabal disto é o número de compartilhamentos que esse lixo literário vem tendo nas redes sociais ultimamente.