Pequena amostra de um pais que ainda vive de futuro

Parece que serão mais duras as penas para os que estacionam os veículos em local indevido, mais especificamente em vagas especiais. Resta saber se haverá fiscalização e se deixam brechas na lei por onde sempre escapam os espertos e os abastados. De fato parece ser essa - infelizmente – a única forma de impedir que a preguiça, o egoísmo e a falta de empatia não adicionem mais dificuldades aos que já tem sua própria carência ou deficiência de uma ou mais capacidades.

Vejamos algumas amostras: o cúmulo da preguiça que tem até uma ponta de arrogância do indivíduo porque se acha no direito, é parar o carro bem na frente da escola em fila dupla, atrapalhando o trânsito para que o filho, ávido por gastar toda a energia acumulada no sofá do apartamento, tenha apenas o trabalho de dar dois passos até a sala de aula. Isso em manhã de sol quando estacionar mais distante é uma oportunidade para ambos caminharem um pouco.

O requinte em falta de empatia é a do cidadão depois de guardar os produtos no porta-malas do carro, largar o carrinho do supermercado no meio da vaga ao lado, obrigando o próximo a descer do automóvel se quiser estacionar na vaga que ele atrapalhou. Imagine isso em dia de chuva num estacionamento descoberto e com vagas limitadas quando há grande movimento.

O extremo do egoísmo – isso acontece todo dia na minha cidade – é quando abre o sinal e o primeiro da fila pensando que tem todos os sessenta segundos só para ele, continua pensando na própria vida e sai feito uma lesma pouco se importando com os que estão atrás. Pior, é que alguns dos que tiveram que esperar o próximo verde por causa da soberba do primeiro, quando estão na frente fazem a mesma coisa.

Enquanto isso, a corrupção anda à solta, a violência é coisa corriqueira, o desamor é moderno e o futuro está cada vez mais distante.