Cuidado com as más interpretações!

São várias as razões pelas quais pode haver enquadramento pela má interpretação das palavras, gestos, escritos, posturas, etc... utilizadas em nosso dia a dia!

Há de se guardar (e se ter...) certos cuidados em tudo o que se vive ou se faz no dia a dia de sua vida!

Aprendemos em nossa língua portuguesa (não sei precisar em outros idiomas, pois não os domino, apesar de frisar que também não domino perfeitamente o nosso próprio... rs), que a simples colocação de uma vírgula em uma frase elaborada, pode ocasionar sérios transtornos aquele (a) que a elaborou.

Em turma de faculdade, em Curso de graduação que recentemente concluí, houve um verdadeiro ‘frisson’ quando um nosso catedrático, Mestre e Doutor em línguas, com mestrado e doutorado realizados em notórias Universidades localizadas fora do nosso país, simploriamente exemplificou: “Certo elemento, já avançado na idade, extremamente respeitador, que sempre foi conhecido e respeitado por sua esmerada educação, tendo ao lado sua companheira com quem estava casado há mais de 50 anos, querendo ser gentil com uma jovem que se encontrava na mesma comemoração que eles e que no momento encontrava-se em suas proximidades, totalmente absorta somente observando o luar, aproximou-se conduzindo ao seu lado sua esposa e, languidamente vociferou: - Está admirando a noite, gostosa?. De imediato, formou-se um clima tenso. A jovem, olhar raivoso, virou-lhes as costas e, com passos rápidos retirou-se de suas proximidades.

A esposa, com ar totalmente recriminador e severo olhar reprovador, esbravejou recriminando-o pelo gracejo inconveniente e sem propósito que havia direcionado àquela jovem que poderia ser sua neta.

Atarantado, utilizando o termo que melhor se encaixava com a aparência que era demonstrada pelo ‘casto’ cidadão, extremamente melindrado balbuciou: “ Nada estou entendendo...". Eu só disse: - Está admirando a noite gostosa?

Uma simples respirada após a pronúncia da palavra NOITE, denotou a presença de uma vírgula e modificou totalmente o sentido da inocente indagação!

Houve ainda o caso de um amador poeta/escritor que portava um rol considerável de Amigos e Amigas com quem trocava constante comunicação. Lia e comentava os textos que eram postados por eles e por eles era lido e comentado nos textos que postava

Como é comum, havia alguns com os quais detinha uma maior afinidade e trocava com maior constância estas comunicações. Dentre estes, havia uma sua conterrânea por quem nutria um especial apreço e por quem detinha desde os primeiros contatos uma grande afinidade.

Como eram conterrâneos eram delineados vários causos entendíveis por ambos oriundos daquela região do país de onde eram originários. E as histórias iam se sucedendo, inclusive com narrações hilárias de ocorrências do dia a dia.

A correspondente conterrânea, em seus comentários, acabou contando uma particularidade que envolveu um jovem seu amigo no trabalho, que por algumas vezes a acompanhou na condução que a levava de volta para casa e que também era a condução que o servia.

Em seu comentário/resposta a uma visita recebida, o amador poeta/escritor enviou em suas saudações finais, um abraço ao jovem mencionado, fazendo questão de enfatizar que já por ele nutria um grande apreço, pois, amigos de seus amigos, amigos seus também eram.

E seguia normalmente envidando, juntamente com os cumprimentos que de forma contumaz fazia, cumprimentos e recomendações pelo jovem que não conhecia e não tinha qualquer contato, nem internauticamente, através sua GRANDE Amiga, com quem trocava comunicação.

Literalmente teve um choque, ao receber inesperadamente uma visita de sua AMIGA em sua caixa de entrada, na qual de forma áspera, pura e simplesmente disse que ele havia confundido as coisas e que lhe faria um FAVOR se NUNCA mais comentasse NADA do que postava. Era uma ‘persona non grata’. O resumo da ópera é simples: Como o amador poeta/escritor tinha por principio não dar vazão às coisas que verificava estar caminhando para um final não muito feliz, optou por, pura e simplesmente, atender à solicitação de sua, até então, AMIGA, excluindo-a do seu rol. Mas, de vez em quando sente remoer em seu íntimo, um resquício da injustiça a que foi submetido!

E, finalizando, há o caso de um já não tão jovem estudante de Direito que em comunicado escrito solicitando créditos ao MESTRE supervisor de Atividades Complementares, arguiu estranhar, pois a jovem encarregada de sumarizá-los era muito ladina e não poderia ter olvidado a informação para esta atribuição. Decorridos alguns dias, recebeu uma reprimenda do MESTRE supervisor acerca do tratamento que havia dispensado à jovem servidora. Inconformado, o estudioso não jovem estudante, certo de que não havia em momento algum menosprezado a jovem, pesquisou o significado da palavra empregada, enviou novo e-mail ao supervisor no qual anexou a recuperação que havia conseguido que continha a seguinte explicação: Uma pessoa ladina tende a ser prestativa, que não tem preguiça, uma pessoa eficiente. Obviamente, recebeu pedido de desculpas envidadas pelo MESTRE supervisor...

Que os doidos exemplos acima, nos sirvam de lição e que tomemos as devidas precauções para que, se não extinguirmos totalmente a possibilidade de ocorrência, pelo menos minimizemos de forma que elas sejam imensamente raras.