O CELULAR E O VÍCIO - PARTE II

O CELULAR E O VÍCIO - PARTE II

Voltemos ao celular, esse aparelho essencial se utilizado na medida e viciante para quem não consegue discernir que o seu uso exige lugares e momentos adequados.

Falando em lugares, moro numa cidade linda e importantíssima, Brasília, a capital amada de nossa República. Mas acreditem, sou um apaixonado por viagens, pessoas e lugares. Por isso mesmo conheço quase que a totalidade de nosso país e o que tenho visto é estarrecedor, para não dizer extremamente preocupante, com relação à utilização de celulares dentro de agências bancárias em todos os lugares que visito, contribuindo para a insegurança dos funcionários, clientes das instituições e ainda os transeuntes.

É certo que o artigo 144 da Constituição do Brasil de 1988, diz: "A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio...". No entanto, na maioria das agências bancárias de todo território nacional, não existe um dispositivo seguro e preciso para a proibição do uso desse equipamento no interior das agências, embora algumas cidades brasileiras já possuírem leis municipais que proíbem tal violação. O que vemos são crimes como a "saidinha bancária" e sequestros relâmpagos acontecendo por falta de uma legislação federal que iniba tal comportamento. Não cabe aqui relatar como se processam esses ilícitos criminais.

Outro aspecto preocupante, diz respeito ao uso de celulares na direção de automóveis, motocicletas e, por incrível que possa parecer, nos parques as pessoas pedalando suas bikes e manuseando o aparelho.

Diariamente tenho necessidade de transitar por uma das principais vias da cidade em que moro e, todos os dias, sem exceção, observo pessoas dirigindo e falando ou pior, digitando no celular. Elas atrapalham o trânsito e, podem provocar acidentes, isso por que, nessa via, o limite da velocidade é de 80 Km por hora, mas vejo pessoas reduzirem a velocidades baixíssimas. Por estarem concentradas no equipamento, não conseguem perceber o fluxo da via, muito menos a dinâmica dos carros. Se alguém tentar chamar a atenção pelo uso indevido do celular, ainda é xingado e recebe um horroroso sinal do famoso dedo em riste.

Essa é uma rotina que parece que levará algum tempo para ser inibida, e veja, não é por falta de fiscalização, haja vista a infinidade de multas aplicadas mensalmente, além da perda de pontos na carteira de motorista. Seria necessário então ampliar o valor da multa e dos pontos na carteira para pôr fim a essa prática prejudicial à coletividade? As campanhas de educação no trânsito têm sortido efeito? Ao que tudo indica é preciso ampliá-las.

A situação está tão absurda que dia desses vi uma pessoa com o notebook aberto sobre o painel do carro, digitando enquanto dirigia vagarosamente, chamando a atenção de todos que por ela passavam. Mais ainda, é muito comum ver motociclistas com o celular preso ao capacete, interagindo e colocando em risco a sua segurança e a de terceiros.

Como se vê, o celular hoje no Brasil assim como no mundo é motivo de muita preocupação com relação à segurança das pessoas, à distração que é gerada por seu mau uso, sendo que, muito seria evitado se, prudentemente, o seu usuário conseguisse frear por alguns minutos o desejo de estar ligando e enviando mensagens, num momento tão arriscado como é a condução de um veículo em via pública.

Agora é com você, tire suas conclusões.

Muitíssimo obrigado!!!

DEUS É BOM!!!

João Carlos Lima Ferreira
Enviado por João Carlos Lima Ferreira em 23/05/2016
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