WHO knows (Quem sabe)

WHO poderia ser a famosa banda de rock britânica, um das melhores que conhecemos. No entanto, WHO no pequeno texto a seguir significa World Health Organization, mais conhecida entre nós como OMS ou Organização Mundial da Saúde.

Vejamos o que diz uma pequena pincelada sobre um estudo realizado pela OMS = WHO:

“A OMS estima que onze milhões de crianças morrem todo ano no mundo dos vitoriosos da Guerra Fria (“o mundo em desenvolvimento”) por causa da falta de vontade dos ricos em ajuda-las. A catástrofe poderia ser rapidamente evitada, segundo estudo da OMS, porque as doenças de que as crianças sofrem e morrem são facilmente tratáveis. Quatro milhões morrem de diarreia; cerca de 2/3 desse total poderiam ser salvas de desidratação letal por meio de alguns tabletes de açúcar e sal ao custo de alguns centavos de dólar. Três milhões morrem todo ano de doenças infecciosas que poderiam ser evitadas através de vacinação ao custo aproximado de US$ 10 por cabeça. Em reportagem no London Observer sobre este “virtualmente desconhecido” estudo, Annabel Ferriman cita o diretor-geral da OMS, Hiroshi Nakajima, que observa que este “genocídio silencioso” é uma “tragédia que poderia ser evitada porque as nações desenvolvidas têm recursos e tecnologia capazes de erradicar doenças comuns em todo o mundo”, mas falta “vontade de ajudar as nações em desenvolvimento”.

Muito poderiam objetar que o mundo subdesenvolvido deveria fazer a sua parte. Por meio do trabalho tudo se resolve ou muito se consegue. O que é verdadeiro. Só que as nações em desenvolvimento encontram-se nesse estado, em muitos casos, pela imposição de governos ditatoriais a partir do mundo desenvolvido. E toda sua cartilha econômica “sugerida” pelo FMI, Banco Mundial e outros organismos e acordos. Sob a alegação da necessidade de restauração ou implantação da democracia. Quando na verdade, segundo a dissidente liberiana e ex-ministra de governo, Ellen Johnson-Sirleaf, um oficial de uma dessas grandes potências lhe teria declarado bruscamente que “os nossos interesses estratégicos são mais importantes que a democracia”.

Rio, 27/12/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 27/12/2016
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