O PRESÍDIO DE ALCAÇUZ, PRESIDIÁRIOS DEGOLADOS E FACÇÕES.

O 'EU' HUMANO, O HOMEM QUE SOU, A CRENÇA DE QUE O BEM PODE VENCER O MAL E A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MELHOR, JUSTA E HUMANA!

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Fico cá comigo a imaginar se pegássemos um destes homens do Presídio de Alcaçuz - Natal / RN., de índole perversa, criminoso feroz, embrutecido, um verdadeiro demônio e o puséssemos em uma cela absolutamente limpa e humanizada, assemelhando-se a um pequeno quarto de um lar e dar-lhe sempre, roupas limpas, objetos dignos de uso pessoal e asseio, e um tratamento essencialmente humanizado! A partir dai ele jamais teria contato com os outros demônios com os quais conviveu, mas sim, com pessoas comuns da sociedade escolhidas para o visitar de vez em quando. Um grupo de jovens estudantes acompanhados de guardas, uma criança idem, uma família toda, idem; alguns trabalhadores comuns, pequenos empresários, artistas, escritores etc. Além disso, um acompanhamento semanal de psicólogos e assistentes sociais, pastores, padres e outros religiosos. Ensinar-lhe a ler, dar-lhe bons livros de auto ajuda e crescimento pessoal, romances lindos, livros do cotidiano que o levem a pensar, fazê-lo conhecer uma religião (qualquer uma), a assistir bons filmes de cunho familiar e que lhe mostrassem bons exemplos. Como complemento, ensinar-lhe uma profissão que o possibilitasse um ganho suficiente, trabalhando, lá no seu futuro de esperança, que um dia virá! Claro, além de possíveis visitas íntimas (sempre tem), nesta prisão também exerceria alguma atividade de labor, que lhe permitisse um ganho ainda que pouco. Isso se faria por 10 anos, por exemplo. Não sei, em assim se fazendo, afastando dele o contato da maldade absoluta e o imergindo naquilo que é bom, tenho a impressão que essa pessoa mudaria sim, e se tornaria um novo homem. É um sonho? Uma utopia? Ficaria caro? Bem, todas as respostas obviamente serão afirmativas, pois ainda temos que nos deparar com essa imensa população carcerária que nos assusta, amedronta e nos desgoverna. Contudo, fica aqui a minha colocação à respeito. É só pensar!

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Grande abraço leitores!

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Athos de Alexandria - 21/01/2017.