O nascimento de um bandido

De alguma forma já entendemos que a desigualdade social, o desemprego e a miséria estabelecem uma justificativa para o crime, isso é real. Questiono-me, por direito, a partir da proporção da massa desamparada, sendo a maioria de bem, em qual momento a criminalidade toma conta da vida de um jovem?

A necessidade mais básica do ser-humano segundo Abraham Maslow é a fisiológica, suportando esta todas as demais necessidades. Em seguida, o bandido passa a ser o motivo da existência da segunda linha na pirâmide: A Segurança.

Sendo ele vitima de uma sociedade, onde a maioria dos seus cidadãos são de bem, deverá ser tratado como um desfavorecido da graça humana?

Há casos de roubo e assassinatos por mera fome, mas friso que a maioria é por status, ostentação e vagabundagem, causado pela natureza do ser e influenciado pela impunidade. Pelo contrário não haveria os criminosos do meio social: Políticos e Empresários milionários, que negociam desvios de merendas de crianças que passam fome, seguidos de roubos de seringas dos idosos doentes, mas esses, incrivelmente, não são taxados vitimas de uma sociedade. Seria este mais um preconceito social?

Os criminosos negros, pobres e sem acesso a educação são mais atingidos pela justiça e com mais tempo encarcerados! Sendo este a consequência do após e não do antes.

A justiça cega inicia a prisão de homens ricos e estes devem ser tratados exatamente como se deve tratar aquele que tira o pão ou o pai de uma criança, e não abraçar ambos, minimizando seus atos por decisões escolhidas, pelo roubo da carteira ou pelo contrato manchado!

Como humanos e possíveis transcendentais, chegamos em algum momento e decidimos como seremos lembrado pelos que nos cercam. Nem todos se importam com a sua própria vida, alguns apenas querem ser lembrados, e ás vezes, por ter tirado várias outras vidas...

Bandido bom não existe nem morto e nem vivo – E eu sempre rezarei para que o policial possa dar mais um abraço em sua esposa e em sua pequena filha.

SSC

Samuel Souza
Enviado por Samuel Souza em 30/01/2017
Reeditado em 31/01/2017
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