Imposto!

Há, na convivência humana um tipo de imposição velada, e aceitação passiva, tácita, de alguns conceitos e valores, não discutidos e, supostamente não discutíveis, a exemplo da existência do "invisível", a construção dos mitos, a supremacia cultural do "acadêmico" sobre o "popular", etc. Nessa esteira, seguimos como quase inanimados, aceitando que tudo "é e deve ser e permanecer como sempre foi"!

O sexo tem que ser hétero, mulheres tem que parir, sociedades tem que ter líderes, (de preferencia herdeiros, de preferencia "reis"), pessoas tem que "ter fé", produtos tem que ter grife, famílias são referencia de respeito e seriedade, fidelidade é respeito, maiorias são coerentes, preço alto é qualidade, tradição é "cultivável", doação é empatia, título é autoridade, idade é sabedoria, submissão é humildade, autoridade é poder, poder é autoridade, direito é privilégio, generosidade é mérito, amor é crédito, amor é dívida...

Importante se dar conta do quanto essas "máximas" do "inconsciente coletivo", do "senso comum", criam e estabelecem diferenças, preconceitos, violência e imposição psicológica e mantém as supremacias e predominâncias, não apenas no campo mental, mas, e sobretudo no convívio, no campo social!

É fácil encontrar quem sinta orgulho de estar submetido a tais imposições!

CrêsSer Julio Miranda

Julio Miranda
Enviado por Julio Miranda em 21/02/2018
Reeditado em 21/02/2018
Código do texto: T6260167
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